Capítulo 36

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PV. Christian

— Acho que um talvez.

— Não brinca comigo Ana.

— Se eu disser não, você para mesmo de me procurar? — Pergunta se aproximando, os olhos presos aos meus, nossos corpos quase se tocando, estamos tão perto que sinto a respiração dela muito próximo.

— É.... não... não vou atrás. — Inferno, tinha que gaguejar agora?

— Você está blefando. — Diz com ar zombeteiro, não acredito que ela está se divertindo.

Antes que eu possa responder, seus lábios encontram os meus, não penso muito, minha reação é diminuir ainda mais os milímetros que me separam dela, colo nossos corpos, sinto cada pelo do meu corpo se arrepiar, peço passagem com minha língua e ela cede, quando nossas línguas se encontram travam uma batalha deliciosa, interrompemos o beijo por falta de ar colo minha testa à dela que ainda está de olhos fechados.

— Se isso não era um sim, problema seu, o que importa é que eu entendi como um.

Abre um lindo sorriso.

— Não sei o que você tem que me impede de me afastar, mesmo meu cérebro gritando para manter distância, só peço que seja sempre sincero comigo, não me esconda nada, eu entendo os seus problemas com contratos e outras coisas, minha vida também deu um giro que ainda estou tentando entender, mas se vamos começar algo, que seja honesto e sincero não quero descobrir nada através de jornais.

— Estou totalmente de acordo, você vai ser sempre minha prioridade, agora vamos entrar e conversar.

— Não, eu saí de casa sem avisar, só vim para te entregar o cheque.

— Hum... — Dou um selinho nela. — De onde foi que você tirou o dinheiro Srta. Steele?

— Então... — Me encara séria, e logo desvia o olhar. — Eu sumi por duas semanas.

— Sim.

— Elliot me indicou para trabalhar com um conhecido dele, parece que é médico e trabalha com ele.

— Que bom, e o que você faz lá?

— É um emprego diferente.

— Diferente?

— Sim.

— Diferente como?

— Ué diferente Christian, eu só preciso acompanhar meu chefe nas viagens, jantares e alguns eventos.

Analiso seu rosto que permanece sério, não esboça nenhuma reação, não será que ela.... Não isso é coisa da minha cabeça.

— Como chama esse emprego? — Pergunto sem ter certeza se quero saber.

— Emprego tem nome?

— Anastácia... — Passo as mãos nos cabelos. — Não brinca com a minha sanidade.

— Bom, o nome correto é acompanhante.

— Mentira, eu vou matar o Elliot, aquele filho da puta me paga, aquele infeliz.

— Qual o problema? — Pergunta rindo.

— Qual o problema?

— Sim, qual o problema?

— Você ficou doida? A minha proposta da barriga de aluguel era loucura, mas você acompanhar uma pessoa que nunca viu na vida, pode? Muito bem, você está certinha.

— Quem disse que não conheço ele?

— Ah... Inferno só melhora, ótimo eu tenho uma proposta, te pago o mesmo para ficar em casa tomando conta da sua mãe.

— Não quero seu dinheiro. — Diz firme.

— O dobro e você trabalha pra mim.

— Não.

— Ana... Anastácia. — Tento pensar em algo para falar, e nada vem à mente.

— Você está bem?

— Bem? Você desconhece o sentido da palavra bem, não é possível.

— Christian é...

— Puta que pariu, puta que pariu. — Ando de um lado para o outro na rua resmungando, quando olho para Anastácia ela está se acabando de rir.

— Do que está rindo?

Ela ignora minha pergunta e continua rindo.

— Qual a graça?

— Você.

— Eu? Agora sou uma piada para você?

— Deixa de ser bobo Christian, não julgo, mas jamais faria isso, apesar de dar muito dinheiro. Pensando por esse lado, não seria ruim.

— Meu Deus! — Digo com a mão no coração. — Não faz nem dez minutos que estamos juntos e você já testou meu coração, como ele nunca foi testado em toda minha vida.

— Que bom, sinal de que ele está ótimo.

— Você não pode fazer essas coisas comigo.

— Primeiro passo para me conhecer, odeio ficar parada e adoro brincar, Kate quase me mata por isso, então acostume-se.

— Isso depende.

— De?

— Posso entrar nas suas loucuras, desde que tenha recompensas.

— Que tipo de recompensas Sr. Grey? — Pergunta piscando os cílios para mim, já entendi que com Ana minha vida não vai ser a mesma.

— Aceito beijos. — Dou um selinho nela. — Abraços, carinhos, cafuné...

— Você é carente. — Diz rindo.

— Não, eu sou carinhoso.

— Que fofo. — Diz apertando minha bochecha.

— Minha postura de macho alfa foi pelo ralo neste exato momento.

— Oh meu Deus, Christian Grey e seu ego masculino ferido, o que vai fazer para recuperar sua postura de macho alfa, Senhor? — Pergunta e dá um passo para trás.

— Bom... — Dou um passo na direção dela. — Posso pensar em várias formas para isso, mas imagino que você não aprovaria nenhuma delas.

Ela sorri e cora, quando se vira para correr eu a seguro.

— Precisa ser mais rápida Srta. Steele. — Falo próximo ao seu ouvido, e vejo os pelos do seu braço arrepiar. — Sensível Anastácia. — Deposito um beijo abaixo da sua orelha, e ela se arrepia ainda mais.

— Muito, acabo de descobrir que gosto do seu jeito de ter recompensas.

— Vou amar, pedir as minhas recompensas. — Dou uma leve mordida onde beijei, e ela geme.

Merda sinto, meu amigo se animar, não sei se fico feliz ou irritado, mas o celular dela toca.

— Oi mãe.

— Estou indo, saí para dar uma volta  não se preocupe estou bem. Bjs.

Desliga o celular e guarda no bolso, se vira e me olha sorrindo.

—Preciso ir.

— Eu te levo.

— Não precisa estou morando a duas ruas daqui.

— Como?

— Te falei que minha vida deu um giro enorme, muitas coisas aconteceram nessas duas semanas, mas teremos tempo para conversar.

— Tudo bem, vou te acompanhar até em casa  no caminho você me conta o que der.

— Tudo bem, vamos?

O Mundo Dentro de MimOnde histórias criam vida. Descubra agora