Pv. Anastácia
— Eu te avisei para ficar longe do meu filho sua golpista, o que pensa que está fazendo? Destruindo um casamento?
— Mãe a Senhora enlouqueceu de vez? — Christian pergunta nervoso, ficando ao meu lado.
— Eu já disse que não vou aceitar isso Christian, você está cego meu filho.
— A Senhora não tem que aceitar nada, a minha vida não pertence a você, sou grato por ter me dado a vida, mas não te devo satisfações do que faço dela.
— Isso é o que você pensa, você me deve sim a sua vida a mim e ao seu pai.
— Me esquece. — Christian grita alto que me assusta.
— Seu filho não te deve a vida, a Senhora não é dona dele, que tipo de mãe exige que o filho seja infeliz em um casamento ao qual nem ele e nem a mulher querem seguir?
— Quem você pensa que é para se intrometer em nossas vidas? Você não passa de uma golpista da filha da.... — Não a deixo terminar de falar.
— Da faxineira da Carla pode nomear como quiser, mas eu posso bater em meu peito e dizer que tenho orgulho da mãe que tenho, não sei se seus filhos podem dizer o mesmo.
Me assusto quando alguém passa por mim e dá um tapa no rosto da mãe de Christian.
— Lave sua boca para lavar da minha filha, quem a Senhora pensa que é? Eu nunca a desrespeite, sempre fiz tudo que me pediu, por vezes cuidei mais dos seus filhos do que da minha própria filha, quem pensa que é para dizer do que ela é ou não digna? Você não tem moral para falar de ninguém, a Senhora tem a vida mais suja do que muitas pessoas que não tem o seu dinheiro por aí.
Dona Grace olha para minha mãe completamente assustada, Christian não está diferente assim como eu, minha mãe sempre foi uma pessoa de paz, mas não a julgo, porque se fosse eu em seu lugar faria pior se fosse com um filho meu.
— Você não é ninguém para falar da minha vida, você não passa de uma coitada que foi abandonada pelo marido, que a largou para ficar com uma mulher de classe, você não sabe o significado disso, agradeça a mim e aos meus filhos por ter o que comer em sua mesa, mas a sua filha não vai se enfiar na minha família achando que pode conviver conosco de igual para igual, funcionário e seus filhos devem saber seu lugar. — Grace grita com raiva.
— É verdade, em algo a Senhora tem razão, por anos a comida em minha mesa foi sim proveniente do meu trabalho na casa da sua família, e não me envergonho disso, pois se fosse preciso para não faltar o de comer para a minha filha eu cataria reciclável, mas sabe o que me surpreende Grace. — Minha mãe dá um sorriso que não consigo definir o que passa em sua mente. — Você diz que funcionário deve saber o seu lugar e concordo com a Senhora, mas se me permite gostaria de lhe fazer uma pergunta, o que você pensava quando estava traindo seu marido com o seu segurança? Neste momento ele não deveria saber o lugar dele?
— Mãe? — Falo para que ela não continue.
— Sua.. — Grace vai até minha mãe entro na frente dela.
— Até agora eu respeitei a Senhora, mas se encostar na minha mãe, eu não me responsabilizo pelos meus atos.
— O que Carla quer dizer com isso mãe? — Christian pergunta nervoso.
— Isso é conversa da criadagem Christian, não acredito que vai dar importância para o que essa mulher diz.
— E porque a Senhora não desmente?
— Porque ela está querendo plantar dúvidas em nossa família.
— Christian me perdoa, mas todos os empregados da casa principalmente os mais antigos sabem que sua mãe teve um caso extraconjugal e que você pode ser fruto deste relacionamento.
Christian olha para minha mãe com os olhos cheios de lágrimas, volta a encarar Dona Grace que não o olha e não desmente o que mamãe acabou de contar.
— Sinto muito. — Digo o abraçando, ele não responde simplesmente se afasta e faz o caminho de volta para sua casa em silêncio.
Grace nos olha com raiva, se fosse possível ela nos mataria apenas com o olhar.
— Nunca mais volte a insultar minha filha, não direcione uma palavra a ela, você não é digna disso. — Mamãe diz, o ódio em sua voz é quase palpável.
Grace se afasta e entra no carro que até então eu não havia percebido estar ali, quando volto meu olhar para minha mãe ela respira com dificuldade, corro até ela e a abraço, sinto seu corpo amolecer e por um momento penso que a deixarei cair, até sentir alguém segurá-la, quando vejo quem é, Elliot me encara e não consigo definir o que pensa.
Ele me ajuda a leva-la para dentro de casa, assim que a coloca na cama sai sem dizer nenhuma palavra, vou atrás dele.
— Elliot? — Chamo, ele se vira e me encara.
— Meu irmão precisa de mim, e sua mãe precisa de cuidados, ligue para Mia, ela vai poder te ajudar, mas eu realmente preciso ver Christian agora. — Apenas concordo com a cabeça sem saber o que dizer.
Ligo para Mia que chega rápido, na verdade a casa de Lúcia é cercada pelas casas dos Grey, Christian mora a duas ruas daqui, Mia na rua lateral e Grace pouco mais a frente, o único que não mora no mesmo condomínio é Elliot.
Enquanto Mia avalia minha mãe, me pego pensando em como Christian está, chateado, magoado, não chega perto do que deve estar sentindo, passar a vida pensando que uma pessoa é seu pai e agora descobrir que Sr. Carrick pode não ser, deve ser devastador, principalmente para ele, que foi criado para o ser o filho perfeito.
— Ana? Ana? Está me ouvindo? — Mia me chama e só então percebo que falava comigo.
— Me desculpa. — Peço sem graça.
— Sua mãe passou por algum estresse?
— Sim.
— Não é bom que isso aconteça, ela está com os batimentos alterados e a pressão também está alta, dei um calmante para ela relaxar e dormir, mas não quero que isso se repita.
— Tudo bem, não vai acontecer novamente.
— Está tudo bem? Você também não me parece bem.
Penso em contar tudo para Mia, ao mesmo tempo que não devo intrometer na vida deles, e se alguém tem que contar para a irmã esse alguém é Christian e não eu.
— Vou ficar, obrigada Mia!
Assim que ela sai do quarto volto minha atenção para minha mãe que agora dorme calma, me viro para sair do quarto e dou de cara com Elliot, seu rosto passa preocupação.
— Ele não quer falar com ninguém.
— Sinto muito, não queria que nada disso estivesse acontecendo, ele não merece.
— Não é culpa sua Ana, nada disse é culpa de vocês, só tem uma culpada em tudo isso, minha mãe. — Me mantenho calada pois realmente não sei o que dizer. — Posso te pedir um favor?
— Claro.
— Você pode ir e tentar falar com ele? Talvez você ele ouve.
Olho para minha mãe, num impasse.
— Eu fico aqui com tia Carla Ana. — Kate diz.
— Tudo bem. — Digo já saindo do quarto.
— Obrigado, meu irmão não merece passar por isso, ao mesmo tempo acho que o que aconteceu vai ser bom para ele. — Elliot diz, mas não entendo onde tudo isso pode ser bom.
— Não sei como ele está ou como vai reagir com a minha presença, mas vou tentar.
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O Mundo Dentro de Mim
FanfictionO casal queridinho do momento Olga e Christian Grey, são casados há cinco anos, e a família começa a cobrar um herdeiro. Ele tem o sonho de ser pai, ela nem pensar, se apavora sempre que a palavra filho é mencionada. Christian sente que seu sonho es...