Capítulo 21

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PV. Anastácia

Minha vida nunca esteve tão confusa, nem mesmo quando meu pai nos deixou, me vi tão perdida, tudo que vem acontecendo, a doença da minha mãe, a recusa dela em se tratar, ela me julgando por acreditar que eu me envolveria com um homem casado.

Não vou negar que Christian mexe comigo, mas eu jamais me enfiaria no meio de um casamento, muito menos apoiaria separação para que ele fique comigo.

Deixo de pensar em meus problemas, respiro fundo e entro na casa de Christian após, cinco dias sem vê-lo, espero que ele ainda esteja em viagem com a esposa.

Minha teoria vai por terra ao entrar e ver Taylor me aguardando.

— Bom dia, menina!

— Bom dia, Taylor! Como vai?

— Bem e você?

— Ótima. — Sorrio para ele.

— E sua mãe, como está?

— Teimosa como sempre. — Agora quem ri é ele. — Fora isso, está bem, obrigada por perguntar.

— Se precisar de algo pode me falar.

— Obrigada! Taylor.

— Por nada, Gail voltou de férias, não é necessário que faça o café da manhã.

— Ótimo.

Sigo para o quartinho, deixar minhas coisas e me trocar, pego tudo que preciso e vou começar o dia, ao entrar na casa vejo uma Senhora que ainda não conhecia, essa deve ser a Gail que Taylor disse.

— Bom dia. — Ela se assusta com minha presença e depois sorri.

— Bom dia.— Me olha com carinho. — Você é a Ana, certo?

— Sim, Senhora.

— Me chame de Gail, pode ficar à vontade Ana.

— Obrigada, vou começar lá em cima.

— Ótimo.

Passo por ela, quando chego à sala de jantar Christian e a esposa estão sentados tomando café, rindo.

— Bom dia. — Digo passando por eles.

— Ana? — Ouço Christian me chamar, mas não me viro. — Como está sua mãe?

— Bem, obrigada por perguntar.

Subo as escadas quase correndo, me sinto uma idiota por correr deles, é um sentimento estranho, o fato da minha própria mãe me julgar por algo que não fiz. Fez com que me sentisse mal, como se realmente tivesse cometido um crime.

Como eles estão aqui, sigo para o quarto de hóspedes, acho estranho o fato de ter duas malas no canto do quarto, paro um tempo, na porta, sem entender e saber se devo ou não começar por aqui.

Enquanto ainda decido se entro ou não no quarto, meu telefone toca. Atendo sem olhar o identificador.

— Sim.

— Anastácia, é Lúcia.

— Bom dia, Lúcia, me desculpe não retornar.

— Minha querida, sei que disse estar em uma situação conturbada, mas o prazo está encerrando.

— Prazo, para o quê?

— Só posso dizer pessoalmente, quanto antes.

— Hoje à tarde estarei disponível.

— Ótimo, me passe o endereço que busco você.

— Te mando por mensagem.

— Obrigada, querida!

O Mundo Dentro de MimOnde histórias criam vida. Descubra agora