Sentimentos Perversos

46: 𝗺𝗮𝗶𝘀 𝗱𝗼𝗶𝘀.

KAYO CHARMONT

Segurei na mão de Cooper e saímos das arquibancadas assim que o jogo acabou. Todos os alunos foram liberados e então nos livramos de todas as aulas de hoje.

— Quer ir pra minha casa hoje? — Perguntei enquanto saíamos da escola.

— Não posso, estou de "castigo". — Seu rosto estava sem ânimo algum.

— Que droga, hein... — Antes que eu pudesse continuar a falar, pisei em algo e voltei para olhar, parecia algum objeto.

— O que foi? — Perguntou Eva.

— Um anel,pisei num anel masculino pelo que aparenta ser. — O peguei do chão o analisando.

— Parece ser do... — Sou interrompida repentinamente.

— Achei! — Mary pulou sobre minha mão o pegando — Achei que tinha o perdido para sempre.

— Que bom que achou. — Falei colocando minhas mãos no bolso.

— Sim, o Damon me deu vários. — Disse ela encarando freneticamente Eva de um modo estranho. — Eles caem da minha mão toda hora.

—  Se saem toda hora, não deveria usar. — Cooper diz num tom tranbordante de sarcasmo.

— Continuarei usando. — Mary rebate.

— Entendi. — Falei confuso notando um clima tenso entre as duas.

— Eu já vou indo, valeu Kayo. — A mesma passou a mão no meu peitoral antes de sair e eu estranhei completamente aquilo.

Olhei para Eva que franziu o cenho também confusa.

— Ãn?

— Ela não gosta de mim. — Disse Cooper dando os ombros.

— Aquela não é a sua irmã? — Apontei para o estacionamento onde tinha um carro prata.

— Ah é, Amber ficou de vir aqui hoje.

Fomos até ela eu fiquei mais confuso ainda.

— Oi. — A mais velha sorriu animada — A nossa mãe disse que você poderia sair se fosse comigo.

Vi Eva sorrir fraco e cruzei os braços encarando ambas.

— E então, onde vamos investigar?

Investigar?

— Espera, o que 'tá rolando aqui? — Perguntei interrompendo Amber.

— Eu contei tudo pra ela. Tudo mesmo. — Eva sussurrou as últimas duas palavras.

— Tudo? — Ri nervoso.

— Aham, inclusive sobre o nosso envolvimento no caso da Angel.

— Então tá, né. — Dei os ombros olhando em volta.