THE ORIGINS - A sede de Sangue

Capítulo 12

Realmente Cyllian queria entender aquilo tudo, pois era tão absurdo que não tinha certeza se havia compreendido corretamente, afinal se tivesse que trabalhar com eles precisava saber o que Uriel havia reservado para os dois, quando o vampiro não respondeu seguiu.

― A pergunta que realmente não quer calar, e que vale um milhão, porque nós? Em meio a tantas escolhas, fomos nos os escolhidos para sermos os perseguidores de seu objetivo contra Maquiavel? Já que o mesmo ameaça a tantas espécies, não seria mais fácil deixar os Volker cuidarem dele? ― a vampira avaliava tudo de forma racional, porque apesar do que foi dito, muitas coisas ainda não se encaixavam, era como se houvesse mais por trás das palavras de Ivanov.

Entre os questionamentos da vampira, o paradeiro real de Maquiavel era uma delas, mesmo sabendo que não teriam todos os detalhes por parte de Uriel, afinal era uma segurança pessoal dele, possuir algumas cartas nas mangas, apenas o essencial estava sendo revelado, o velho apenas aguardava em silencio, ignorando a oferta de sangue.

― Já disse para não ser imprudente... Maquiavel não esta revoltado, muito menos liga para linhagens, ou qualquer coisa do tipo, nem sequer tem Caim como um pai e os Volkers como seus irmãos, mas é considerado um bastardo, pois Caim escolheu transformá-los e ensiná-los, enquanto ele teve compreender e aprender tudo sozinho, através dos séculos. ― Darwin se virou para a vampira, tento paciência em explicar para ela, mesmo com a dureza que trazia em sua voz, não parecia ser direcionada a ela.

O velho homem sentiu os olhos da vampira sobre ele, mas tudo que precisava para se sentir bem novamente era uma lua cheia, que o brilho prateado derramasse sobre seu corpo o despindo da carcaça moribunda e acabada dando lugar a sua real pele, a de um lobo, uma fera indomável que habitava seu interior o permitindo esquecer-se de tudo, sendo mais fera do que homem.

Mesmo para alguém tão velho como ele era ainda existiam tolices que o deixava aborrecido, como o fato de "pessoas", sejam vampiros, ou humanos serem tão simplórias e despreocupadas diante das coisas que se apresentavam diante seus olhos, as varias perguntas e questionamentos que provinha dela parecia mais um interrogatório sem fim, o que fazia aquela conversa não terminar nunca.

― Por um momento pensei que você apenas se fingia de tola, mas parece que você de fato não sabe de nada, a ameaça que Maquiavel representa, envolve todos, sejam humanos, vampiros, lobisomens ou qualquer outra espécie. ― Uriel observava a interação dos dois, ainda sentado na poltrona.

Darwin se ajeitou em seu acento, sentido o desconforto que percorria todo seu corpo, não via a hora de tudo aquilo acabar. Foi à fez de Uriel chamar a atenção dos dois para si.

― O plano de matar Caim, é apenas um dos objetivos dele, após conseguir isso acabará com os Volker, se alimentará dos humanos e matará qualquer um que entrar em seu caminho, talvez consiga viver tempo suficiente para compreender este terror, mas se quer continuar agindo como uma idiota o problema é seu e não me importo! Mais quando for chamada seja onde e quanto for quero prontidão e eficiência, será que me fiz ser claro? ― Os olhos de Uriel olharam fixamente para a vampira, por alguns instantes antes de olhar para o velho lobo.

O céu do lado de fora começava a clarear lentamente, não iria demorar a o amanhecer, e com isso o nascer do sol, Uriel ainda tinha muito que fazer é precisava fazer isso o quanto antes.

― Creio que podemos encerrar por hoje, como o castelo é grande iremos ficar por aqui, tanto eu quando Darwin precisamos de descanso, sugiro que faça o mesmo, o sol logo irá nascer.

Se levantou, sendo seguido pela a vampira, o último a se erguer fora Darwin, para o velho homem iria permanecer aonde fosse conveniente, queria reclamar com Uriel devido toda aquela enrolação sendo que quase nada de fato fora dito. Não gostava de perder tempo, mas sabia das habilidades de Uriel, não queria admitir mais confiava nele quando o assunto era acabar com Maquiavel, apenas lançou uma pergunta:

― Quanto tempo temos de vantagem para agir nas sombras até chamar atenção daquele verme? Já que não fez muitas piadinhas acredito que desta vez a coisa realmente vai esquentar...

O que ficou claro com tudo aquilo era a tensão que parecia percorrer por aquelas paredes, mas Uriel estava satisfeito com aquele primeiro encontro considerando tudo que podia ter acontecido. Não podia revelar tudo que sabia, precisava ser cauteloso, uma informação vazada e todo seu esforço de séculos estaria comprometido, mas ainda faltava um integrante importante.

Este capitulo tem: 785 palavras

Pessoal aqui termina este capitulo, se gostou deixe seu voto e seu comentário, isso ajuda e incentiva a continuar trazendo o melhor para vocês.