Ao mesmo tempo em que tudo isso acontecia no cativeiro de Lucinda, Nicolau estava no grande Hotel Royal Crescent, os acontecimentos que estava aguardando começava a se formar, algumas informações estavam sendo coletadas de vários lugares, mesmo com a ameaça de Uriel rondando, não seria o suficiente para fazer com que Nicolau se importasse, estava perto demais do que almejava para se preocupar com contra tempos tão insignificantes. Volte e meia seus pensamentos era arrastados até Lucinda, o fazendo sorrir ao lembrar-se da petulância e coragem que a vampira demonstrava diante dele, iria visitá-la mais tarde e quem sabe oferecer instalações mais adequadas para fazê-la aceitar sua proposta.
Ficou no hotel até tarde, mas quando percebeu que não teria nenhuma contato útil aquela noite, decidiu ir até o cativeiro de Lucinda, mas seu humor mudou drasticamente, ao se aproximar da velha construção, percebeu algumas viaturas na entrada, a porta estava arrancada, algumas pessoas se juntavam como abelhas no mel. Os boatos que conseguiu captar dos sussurros foi que um maníaco tinha atacado e que apenas um psicopata poderia fazer tamanha atrocidade, relataram como os policiais encontraram um homem dentro daquele prédio antigo.
O sujeito havia perdido a cabeça, seu corpo estava preso na parede por uma barra de metal, enquanto a cabeça havia sido pendurada do lado pela língua, uma cena que embrulhou o estômago de vários oficiais. Nicolau rangeu os dentes em fúria, sabia exatamente quem tinha feito aquilo e apenas um nome surgia em sua mente: "Uriel".
Tal situação lhe surpreendia, sabia que Ivanov faria algum movimento, mas não achou que seria tão rápido isso apenas revelava a Nicolau que Uriel também tinha uma rede de contatos que era maior do que esperava, mesmo com os vampiros que havia ordenado para vigiar sua prisioneira não pareceu ser o suficiente. As fofocas ainda continuavam, o que era bom para Nicolau, entender como estava à situação era importante, descobriu que dois corpos haviam sido encontrados, e estes só poderiam ser de humanos, já que os vampiros sempre se transformavam em cinzas quando morriam.
Após saber disso, não tinha mais nada para fazer naquele lugar, nenhuma pista levaria até ele, e mesmo que ocorresse poderia apenas matar todos, mas queria se manter fora de vista por enquanto, antes de chegar ao seu quarto no hotel um de seus subordinados o abordou no corredor, assim que o viu, se ajoelhou com o punho fechado no chão como uma forma de reverência, com a cabeça baixa sem encarar o vampiro nos olhos disse:
— Meu senhor... Venho informar que encontramos a pessoa que o senhor procurava. Além disso, Durval foi morto e não conseguimos descobrir quem foi o culpado. — falou o servo com a voz baixa, sem se preocupar que alguém o visse ajoelhado.
— Ótimo! Onde ela está? — perguntou Nicolau com um sorriso nos lábios, ignorando a segunda informação passada a ele. — Pelo menos uma boa notícia esta noite! A morte de Durval é um dano colateral esperado, ele sempre foi tolo, se achando mais do que deveria, sua morte não me fará falta, ou mudará alguma coisa em meus planos. — disse mais para si mesmo do que para o homem a sua frente.
Sem encarar Nicolau o sujeito ficou em silêncio, o assunto era importante demais para tratar no meio do corredor. — Se levante! Vamos para meus aposentos, lá me contará tudo que quero saber, aqui não é o melhor lugar para conversarmos. — o homem se levantou seguindo Nicolau a alguns metros de distância.
Não demorou para que chegassem ao quarto, do lado de dentro o vampiro fechou a porta a trancando, caminhou até a mesa de centro onde continha uma bandeja com várias garrafas de diversos tamanhos e cores, pegou uma pequena é se serviu de um líquido acobreado, o cheiro forte inconfundível denunciava que se tratava de conhaque, enchendo o copo, deu um gole antes de se sentar na poltrona, enquanto o sujeito imóvel quase como uma estátua permanecia em pé.
— Me conte tudo, meu humor hoje não esta dos melhores. — falou segurando o copo em sua mão enquanto engolia o líquido.
Apesar de silêncio, o homem estava inquieto, nervoso, talvez... Deveria conhecer o temperamento de seu mestre, para entender a tênue linha que separava fúria de benevolência.
— Estávamos em busca da pessoa que nos instruiu, aquela dos boatos que circulavam entre os vampiros, separamos pequenos grupos para cobrir uma área maior, Durval e eu ficamos com uma parte da Grã Bretanha, neste processo Durval se separou de mim e não voltou, o rastreando acabei encontrando suas cinzas. No dia seguinte marquei um encontro com a "taróloga", se é que podemos chamá-la assim... Foi ela quem confirmou a morte de Durval, neste instante confirmei que não era uma golpista. — deu uma pequena pausa em seu relato, evitando encarar os olhos de Nicolau.
Este capitulo tem: 801 palavras
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THE ORIGINS - A sede de Sangue
ФэнтезиO mal esta presente, em suas mais diversas formas. Muitos não a enxergam, ou apenas não querem ver. Acreditando que desta forma, ele deixará de existir. Uriel Ivanov, tem um desejo, uma meta perigosa que poderá levar ao seu fim, porém ele não se imp...