THE ORIGINS - A sede de Sangue

Capítulo 50

Assim que teve sua sede saciada, continuou seu caminho, para onde quer que estivesse indo, bastante cautelosa, se mantinha atenta em meio a escuridão das ruas imundas daquela cidadezinha aonde seguira Nicolau na noite anterior, mas hoje seu propósito era outro, agiria como observadora apenas, vigiando o cárcere onde Lucinda havia sido aprisionada.

"― Aquele velho deve estar de guarda." ― pensou cruzando os braços em frente ao corpo.

Sua mente trabalhava no que faria a seguir, caminhou até o fundo daquela construção que mais parecia uma construção abandonada, seguiu direto até a janela se abaixando conseguiu ver Lucinda acorrentada e vendada.

"― Se pudesse entrar tirar ela daquelas correntes, tornaria meu trabalho bem mais simples."― refletiu enquanto tirava do bolso, o pequeno frasco de perfume.

A noite mantinha seu ar gélido para a maioria das pessoas, a iluminação daquela área em especifico era baixa, poucas pessoas estavam naquela área, destampando o frasco, próximo a janela deixou o aroma permear o máximo possível, em seguida fechou o vidro de perfume o colocando novamente no bolso. A ideia era fazer com que Lucinda notasse que alguém estava ali para tentar ajudá-la, que reconheceria o seu próprio perfume. "― Espero que seja o bastante..."

A vampira sabia que não poderia ficar por ali muito tempo, pois acabaria chamando atenção demais, voltou para a entrada daquela construção, ficando de frente para a porta, mas a uma distancia segura, os olhos afiados da imortal percorriam as casas próxima de onde Lucinda estava, todas pareciam abandonadas.

Enquanto a noite ia ganhando mais força, longe de onde tudo aquilo estava acontecendo um borrão passava pelas estradas, florestas e ruas, quase como uma assombração, tudo que se podia ver era um vulto rápido demais para qualquer olho humano enxergar, seus olhos estavam atentos e focados em apenas um objetivo. Mesmo que tentasse controlar suas emoções havia um misto de angustia e fúria que brilhavam como gelo em seus olhos azuis.

O vampiro sabia qual era seu destino, conhecia o caminho muito bem, entendia que tudo aquilo era uma armadilha arquiteta para emboscá-lo, mas o que talvez seus algozes desconheciam era que o mesmo já estava adiantado com aquele movimento, estando preparado para contra-atacar, seus preparativos estavam sendo finalizados, o celular que a vampira de cabelos ruivos usava havia um rastreador que indicava exatamente sua localização.

"― Fico me perguntando como ela deve estar afinal ela nunca foi muito de se submeter a ninguém... Nicolau deve querer que ela me traia, para não dizer o mínimo." ― Sorriu ao imaginar o desfecho daquela cena em sua mente, pois sabia que seria uma oferta tentadora sem sombra de dúvidas.

Uma coisa que tinha certeza era que Lucinda nunca morrera de amores por ele, mas não o odiava ao ponto de querer vê-lo morto, pois se alguém realmente pudesse entender como Ivanov se sentia este alguém era aquela vampira. Por mais confrontos e desavenças que tivessem ninguém podia ameaçar nenhum deles que o outro aparecia para tomar partido, mesmo que não dessem o braço a torcer, e não importava o lugar, nem á hora as ações falavam mais do que palavras.

Sem reduzir percebeu que estava se aproximando da localização que tinha, aquela noite não queria ser notado, ou interrompido não tinha tempo a perder, não demorou a enxergar a vampira de cabelos vermelhos, ela estava bem camuflada, se não fosse o rastreador que possuía levaria um tempo para localizá-la, dando a volta sem que ela percebesse, usou sua velocidade para segurá-la por trás cobrindo sua boca com a mão, enquanto a imobilizava com a outra mão pressa a cintura dela, a pressionando contra seu corpo.

― Precisa ser mais cautelosa... Não seja imprudente, se fosse outro estaria morta agora! ― falou ao pé do ouvido da imortal. ― Porque não fez o que pedi? ―perguntou ainda a segurando pela cintura, sua voz era quase um sussurro.

Levou alguns segundos para a vampira entender tudo que estava acontecendo, em silêncio tendo sua boca pressionada pela mão do vampiro, esperou que o mesmo a libertasse do aperto de ferro em sua cintura. Ainda nas sombras seus olhos se encontraram com os dela e perguntou:

― É Aqui que Lucinda esta sendo mantida? ― perguntou sem olhar para a construção que a vampira observa havia algumas horas.

A noite havia esfriado ainda mais a medida que a noite ia chegando ao seu pico, mas o vampiro usava roupas casuais, calça jeans, camiseta vermelha com uma jaqueta preta, visto de longe poderia parecer um humano, mas isso apenas de longe, naquele momento ele irradiava uma energia opressiva a sua volta, como se sugasse o ar.

Este capitulo tem: 772 palavras

Pessoal aqui termina este capitulo, se gostou deixe seu voto e seu comentário, isso ajuda e incentiva a continuar trazendo o melhor para vocês.