THE ORIGINS - A sede de Sangue

Capítulo 83

A diferença dos dois lugares era como comparar o céu e o inferno, o castelo tinha um ar imponente, luxuoso é espaçoso, mas acima de tudo estava completamente limpo. No cômodo havia um enorme espelho de corpo inteiro a ruiva se virou para o mesmo encarando seu reflexo, seus pensamentos voltaram a momentos antes de saírem do hotel. Não conseguia acreditar que Uriel havia deixado Lucinda se machucar tanto, e pela conversa que tiveram por telefone não parecia que iria resgatá-la, a vampira se perguntava o que tinha feito mudar de ideia...

Seus pensamentos foram trazidos para o presente rapidamente, ao ver a banheira que a esperava, deixou seu corpo imortal aproveitar aquele pequeno prazer humano, minutos depois saiu do banho com um roupão, e uma toalha enrolada em seus cabelos. Deixou seus pés a guiarem até a enorme janela de seu quarto, puxou a grossa cortina que a cobria, o céu estava perdendo seu tom escuro, dando lugar ao longe um cinza claro que ia pouco a pouco ganhando tonalidades mais vibrantes.

Fechou a mesma com cuidado para que nenhum raio de luz entrasse no cômodo, olhou para a enorme cama de casal, e sentiu um leve cansaço recair sobre seu corpo estava tão focada em seu trabalho que após um momento de tranquilidade percebeu o quanto estava esgotada, tirou a toalha dos cabelos a jogando na poltrona próximo a janela é deixou seu copo cair pesadamente sobre a cama.

O guarda real após realizar suas tarefas seguiu para a última ordem de seu mestre, mas não antes de sua mente viajar em algumas possíveis teorias do motivo de Ivanov trazer aquelas vampiras com ele, porém sabia que qualquer que fosse o jogo que estava se colocando era bastante perigoso e mortal, preso em suas reflexões deixou um leve sorriso escapar dos lábios ao se recordar do flerte que a vampira ruiva lhe lançara.

Mas sabia que não iria cair nos truques dela, afinal estando com Uriel tudo poderia fazer parte de algum plano que ainda não havia descoberto. Enquanto seguia de encontro ao original sacou do bolso um aparelho telefônico apertou apenas um botão e do outro lado alguém atendeu imediatamente.

— Sou eu. Temos convidados especiais, preciso que fiquem de olho neles, terão que ficar de vigia nas portas, o sol logo vai nascer, mandarei uma mensagem explicando como deveram proceder, e os quartos onde estão ficando, separe um pessoal e fiquem prontos, fui claro? — do outro lado da linha apenas um positivo foi escutado antes de desligar.

Mandando uma mensagem com o esquema de ronda, vigia e troca de turno, enviou a mensagem, com os quarto que cada uma estava em seguida guardou o aparelho no bolso, como um dos guardas pessoais de Azrael era dever dele garantir que seu senhor estivesse seguro e satisfeito com o que quer que desejasse.

Assim que Sebastian seguiu seu caminho Uriel saiu das sombras, havia escutado a ligação que iriam ser colocado vigilância pesada nas vampiras, Ivanov sabia que não tinha muito tempo, precisava falar com Lucinda antes que olhos e ouvidos começassem a observá-las bem de perto. Seguindo seu conhecimento parcial do castelo e as palavras que o próprio Azrael instruiu, se guiou até Lucinda havia uma ligação invisível que os unia, tanto para o bem quanto para o mal, um elo poderoso e ao mesmo tempo perigoso, assim que passou por alguns corredores chegou até o quarto dela.

Uma grossa porta de madeira estava diante seus olhos, com uma pequena batida esperava que Lucinda houvesse entendido a comunicação silenciosa de olhares que tiveram para saber que o mesmo viria até ela, o tempo deles era curto e precisava fazer isso antes que os guardas viessem e o sol chegasse.

Ao ouvir a batida se levantou com certo esforço após se recuperar um pouco, não queria reconhecer mais ainda não havia se recuperado do tempo que passou presa, mesmo após um banho demorado, caminhou até a porta a abrindo apenas uma fresta para ver quem era, assim que reconheceu Ivanov abriu a porta o jogando para dentro, fechando a mesma logo em seguida.

— Já era sem tempo! É melhor me explicar tudo direitinho Uriel.

Assim como havia imaginado Ivanov veio até seu quarto, precisou apenas esperar. Do lado de dentro Uriel deu dois passos girando até cair na cama de casal, enquanto a vampira parecia impaciente por estar completamente no escuro daquele jeito, erguendo seu corpo parcialmente se apoiou no cotovelo e sorriu para Lucinda.

— Se me queria em seu leito era só pedir "mon cheri", sei que os tempos são outros, mas sou um homem dos velhos costumes, onde são os homens que cortejam e seduzem as mulheres, sabe... — provocou a vampira olhando para seus olhos.

Mesmo com suas brincadeiras e subterfúgios, sabia que não conseguiria evitar mais aquela conversa, o momento havia chegado Ivanov apenas não tinha certeza o que mudaria depois disso.

Este capitulo tem: 816 palavras

Pessoal aqui termina este capitulo, se gostou deixe seu voto e seu comentário, isso ajuda e incentiva a continuar trazendo o melhor para vocês.