Capítulo 63

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O resto da noite passou em um piscar de olhos e quando acordou o sol já estava alto no céu, devia ser por volta do meio dia, ao abrir seus olhos, viu uma bandeja á porta, mas não se alimentou de nada além de frutas, sentia dores por todo seu corpo...

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O resto da noite passou em um piscar de olhos e quando acordou o sol já estava alto no céu, devia ser por volta do meio dia, ao abrir seus olhos, viu uma bandeja á porta, mas não se alimentou de nada além de frutas, sentia dores por todo seu corpo, o dia passou quase em câmera lenta, leu alguns livros, meditou e quando a tarde chegou, se sentiu tentada a tomar um banho, após pensar bastante decidiu ceder a este capricho, vestindo uma das roupas que estava no guarda-roupa.

A dor em sua cabeça que durante todo o dia era constante mais suportável, mas assim que a noite caiu aumentou de repente a fazendo gemer levando às mãos a cabeça, ao mesmo tempo em que sentia um calafrio subir por sua espinha. Fechou os olhos e respirou fundo algumas vezes, controlando aquela dor abriu os olhos quando ouviu a trava da porta destravar.

Sabia que aquele que se aproximava não era o vampiro da noite anterior, sua cabeça latejava como se alguém estivesse usando uma picareta para bater sem parar em seu crânio, mas não queria demonstrar fraqueza, com seus olhos atentos se apoiou na estante por um momento tentando voltar com seu equilíbrio. Sentia uma fraqueza que nunca tinha sentido antes, era como se toda sua energia fosse sugada.

Seus olhos se cruzaram com os dele, era um homem alto e forte, com uma imponência e elegância que fascinaria a todos que o vissem, mas a tocada conseguia ver por de baixo de toda aquela mascara, a maldade, orgulho e luxuria que parecia emanar dele. A aura que o envolvia era diferente das que já tinha visto, era mais terrível do que a do próprio Durval, era negra como uma fumaça que tinha manchas roxas com linhas vermelhas e pontos verdes, toda aquela energia pesada apenas disparava um alerta na mente da garota: Perigoso!

O homem se aproximou ainda mais dela, fazendo a dor aumentar ainda mais, porém a jovem tentava controlar aquelas sensações, não queria fazer o primeiro movimento, esperando que ele falasse primeiro. Aquele diante a Rhiannon, era o próprio Nicolau, que havia encontrado Noah na parte de baixo da mansão, a pressão que o original desprendia era muito poderosa era como se quisesse mostrar quem estava no controle daquela situação.

Após alguns minutos de silêncio, enquanto um avaliava o outro, o vampiro conseguia esconder bem suas emoções, com uma de suas mãos no bolso de forma casual e despreocupada, não parecia demonstrar grande perigo, pelo menos aos olhos de pessoas desavisados, toda sua postura era uma enganação se pudesse colocar desta maneira, pois aquele homem era um dos maiores matadores de todos os tempos, com diversas formas de matar, torturar e causar dores inimagináveis.

Parando a poucos metros dela, onde apenas a cama os separava, e que não oferecia nenhuma segurança ou proteção real a ela caso a intenção dele fosse ceifá-la.

— Impressionante. Então finalmente conheço a moça que esta na boca dos vampiros, desculpe pelo jogo de palavras não pude resistir... Soube por eles que consegue fazer previsões, isso é verdade? Como faz, joga os búzios, cartas, lê as linhas das mãos, borra de café, qual a sua forma de fazer? — Seu tom apesar de despreocupado havia uma pitada de curiosidade, além de uma ordem oculta e afiada.

Do lado de fora, à noite sombria parecia ainda mais escura, o frio estava intenso desafiando até os mais corajosos a saírem com pelo menos três casacos. No andar debaixo Noah estava no escritório, ouvindo toda a conversa que começava no andar de cima, com um copo em sua mão com sangue fresco, dando pequenos goles.

No quarto Nicolau não teve resposta da moça diante seus olhos, mas não se abalou com isso, deu um meio sorriso para ela.

— Acho melhor você se sentar. Temos muito que conversar, e um desses assuntos dizem respeito a sua mãe... Gostaria de saber se ela ainda esta escondida em algum daqueles templos antigos. — Apesar das palavras saírem com facilidade dos lábios daquele homem, a sensação que passava era de se tratar de um comando e não um pedido.

Quando Nicolau falou sobre a mãe da jovem, os olhos dela se arregalaram de surpresa apenas por uma fração de segundos, pensou que aquilo poderia ser uma espécie de ameaça, mas como ele saberia sobre os templos... Em seguida assumiu uma postura debochada e despreocupada, torcendo para que não tivesse notado sua expressão anterior, o que seria praticamente impossível.

A dor em sua cabeça começava a ser mais suportável, mas não menos dolorosa, ignorou a oferta dele para se sentar na cama, e puxou a cadeira que estava próximo a escrivaninha, aquela ação foi para tentar manter a mínima distância dele, quando começou a falar:

— Boa noite. Sou Rhiannon Heifadd e gostaria de agradecer as belas acomodações, sei que não terei minha liberdade de volta, e estou ciente que poderia estar em uma situação muito mais precária. — os olhos dela o seguiam, queria mostrar que entendia a situação que estava. — E sua pergunta sobre como eu faço o que faço não é muito simples de responder.

Agora sobre sua mãe não seria difícil falar, pois sua genitora era um mistério até mesmo para ela, assim como uma vidente que era, com toda certeza já sabia da situação que sua filha se encontrava.

— Não tenho muito que dizer da minha mãe, não saberia informar a qual templo se refere, mas de fato ela ainda transita pelos templos, sempre em peregrinação, com seu objetivo de reverenciar os deuses e auxiliar as pessoas que precisam. Me pergunto porque diz que ela se esconde, se fosse o caso porque me daria a liberdade de ir aonde eu quisesse?

Nicolau permaneceu de pé a olhando com atenção, cada gesto, movimento, ou respiração. De fato aquelas acomodações eram muito melhores do que outras que tinham por aí, Lucinda poderia dizer isso com mais propriedade, pensou rapidamente voltando ao tema daquela conversa.

Agora o vampiro sabia o nome dela, e Rhiannon não demonstrava surpresa sobre o que diziam sobre ela.

— Talvez exista muita coisa que não saiba sobre ela. Sua mãe viaja como uma cigana de lugar em lugar, nunca se perguntou o porquê disso? Já chegou a contar a razão por trás disso? Ou acredita mesmo nesta baboseira de reverenciar os deuses e toda esta conversa fiada?

O corpo do vampiro quase não se movia apenas seus lábios se mexiam, os olhos piscavam em intervalos compassados, era quase uma estatura grega, feita de mármore em tamanho natural.

— Vou contar uma coisa a você. Sua mãe poderia ter tido tudo, sabia? Talvez não conheça esta historia, mas a conheci há muito tempo atrás, acho que ela deveria ter um pouco mais de idade do que você tem agora... Ela precisava fazer apenas uma pequena coisa para mim, usar seus talentos ao meu favor, porém ela se negou e por alguma razão decidiu fugir e se esconder de mim, como um rato medroso que precisa se esconder para sobreviver.

 Ela precisava fazer apenas uma pequena coisa para mim, usar seus talentos ao meu favor, porém ela se negou e por alguma razão decidiu fugir e se esconder de mim, como um rato medroso que precisa se esconder para sobreviver

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Este capitulo tem: 1.170 palavras

Pessoal aqui termina este capitulo, se gostou deixe seu voto e seu comentário, isso ajuda e incentiva a continuar trazendo o melhor para vocês.

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