Capítulo 47

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Nicolau esperou em silêncio até que ela falasse tudo que queria, após alguns instantes quase sem voz deixou escapar:

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Nicolau esperou em silêncio até que ela falasse tudo que queria, após alguns instantes quase sem voz deixou escapar:

— Ele não virá! — tossiu. — E se lhe serve de consolo.... omoară-mă. — Poucos conheciam aquele idioma, mais o vampiro conhecia bem, e o significado dela era simples, queria dizer "mate-me" em romeno.

As palavras dela não foram surpresa para Nicolau, a vampira estava ciente que Ivanov não iria abandonar seus planos apenas para resgatá-la, isso não fazia o estilo dele, suas palavras divertiam o imortal, a arrogância e coragem não eram fingimento da outra noite, eram características reais dela, um brilho surgiu em seu rosto embaixo da fraca luz das tochas naquele lugar, um sorriso perigoso é cheio de malícia se desenhou em seu rosto, que significava que havia tido alguma ideia sombria.

Lucinda fora uma das poucas que o ofenderam e ainda continuava com a cabeça sobre seus ombros, pois mesmo irritado havia um divertimento em toda aquela situação, se aproximando dela, parou a pouco centímetros de distância.

— Es uma mulher de fibra, consigo ver isso em cada ação sua. Uriel é um tolo em arriscar você neste jogo que já sabe o resultado, mas posso compreender as razões por trás desta escolha. — falou Nicolau para Lucinda.

Voltando a caminhar naquele pequeno espaço como se tivesse divagando pensamentos soltos continuou:

— Não diria que você é devota a Uriel, mas com certeza há uma conexão, existe alguma dívida, por isso lhe ofereço algo melhor ao que ele propôs, estou disposto a fazer mais por você do que Ivanov pensou de dar... Arriscar você assim sem se preocupar, deve estar muito envolvido em seu pequeno plano. Mas não se preocupe com isso, pois vai cair como um castelo de areia.

Caminhou para fora da cela, o homem esperava o vampiro em silêncio, ao mesmo tempo inquieto nos primeiros degraus da escada, a chama das tochas trepidava, mesmo sem qualquer lufada de vento, várias sombras se formavam à medida que se moviam.

— Lucinda. Somos imortais! Vale mesmo apena morrer por alguém que sequer faria o mesmo por você? Não me parece o tipo de pessoa que jogaria sua vida fora por nada, você é destemida demais. Pense com cautela no que lhe propus, não voltarei a oferecer, terá tempo para refletir sobre isso... Afinal não a matarei. — deu uma pequena pausa antes de continuar. — Ainda pelo menos, tenho planos para você, mesmo que não aceite minha oferta, você pode servir como barganha, ou uma peça de sacrifício.

Sorrindo caminhou para as escadas, sendo guiado pelo homem que abriu a porta para ele, antes de sair ordenou que ficasse de olho na vampira e seguisse todas as suas instruções que tinha passado. As dores da vampira pareciam amenizar com o passar do tempo, mas Lucinda não tinha certeza se era isso, ou apenas estava se acostumando a elas.

O vampiro falava e falava, todas aquelas frases feitas, sedutoras, mas para a vampira eram apenas entediantes, tudo que passava na cabeça dela era: "Como pode falar tanto?".

— O que faria por mim Nicolau? Me faria jurar lealdade a troco de uma cela sobre meus ombros? — Nicolau parou antes de sair a escutando, mesmo com a voz fraca ele conseguia ouvir com clareza. — Porque não me mata logo e me poupa dos seus discursos? — tentou se mover com seus grilhões, mas por estar sendo esticada por correntes era difícil fazer qualquer movimento.

Mesmo com seus sentidos enfraquecidos e sentindo dor, ouviu o coração do humano bater de forma rápida, o cheiro que vinha dele era difícil saber se era de medo do Nicolau, ou da própria vampira. As últimas palavras do vampiro giravam na cabeça dela.

— Sobre a ameaça de morte, estamos todos mortos meu caro! — Esboçou um sorriso mesmo que não pudesse enxergá-lo. — Quanto a sua proposta medíocre, guarde para uma mula em que possa montar sem que reclame! — Cuspiu no chão como se sentisse nojo. — Diga-me Nicolau... Se achas que sou apenas uma moeda de troca, porque me quer ao seu lado? — suas palavras sibilaram quase como uma serpente.

Insatisfeito com aquelas palavras Nicolau saiu sem dizer nenhuma palavra, de fato muitos vampiros não acreditavam que estavam mortos que se transformaram em monstros poderosos, que a lei da natureza continuava valendo que precisava matar para sobreviver, para muitos como Nicolau existia apenas a lei do mais forte, do mais adaptável, o ciclo imutável onde o mais fraco perece diante ao mais forte, isso já era algo que seguia ainda quando era humano.

Insatisfeito  com aquelas palavras Nicolau saiu sem dizer nenhuma palavra, de fato  muitos vampiros não acreditavam que estavam mortos que se transformaram  em monstros poderosos, que a lei da natureza continuava valendo que  precisava matar para ...

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Este capitulo tem: 748 palavras

Pessoal aqui termina este capitulo, se gostou deixe seu voto e seu comentário, isso ajuda e incentiva a continuar trazendo o melhor para vocês.

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