Capítulo 58

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Tentando não demonstrar a dor que sentia, caminhou até o homem que ainda sangrava pelo pulso, uma pequena poça de sangue se formava logo abaixo, seu rosto já estava pálido, seus olhos pareciam vazios e distantes, como se fosse desmaiar a qualquer ...

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Tentando não demonstrar a dor que sentia, caminhou até o homem que ainda sangrava pelo pulso, uma pequena poça de sangue se formava logo abaixo, seu rosto já estava pálido, seus olhos pareciam vazios e distantes, como se fosse desmaiar a qualquer momento, mas se mantinha de pé. Colocando uma das mãos no ombro dele, atravessou seu peito com a outra segurando seu coração, enquanto sangue preenchia seu pulmão, o fazendo se afogar no líquido, sem poder gritar ou pedir ajudar.

Apertando o coração do humano, o arrancou do peito, o mesmo ainda batia em sua mão enquanto sangue esguichava das veias arrebentadas, imóvel e sem o órgão em seu peito, cuspiu sangue caindo de cara no chão. Imóvel o corpo foi envolvido pelo seu próprio sangue criando uma poça rubra, Lucinda tinha sua mão coberta pelo sangue dele, mas não se importava se sentia satisfeita, haviam escolhido a vampira errada para mexer.

— Uriel. — chamou o vampiro, enquanto ainda segurava o coração em sua mão. — Poderia tirar algumas destas barras da cela? — Ivanov não questionou o pedido arrancando algumas barras — Quero agradecer a hospitalidade...—não havia alegria alguma em seu tom de voz.

Sem que percebesse Anabelle se aproximou de Uriel enquanto o mesmo entregava as barras para Lucinda que cederam com muita facilidade com sua força sobre-humana. A ruiva apenas assistia tudo em silêncio, não era o momento certo para se apresentarem, Ivanov não sabia até onde Anabelle iria acompanhá-lo.

— Não sei o que vai fazer, mas não demore você esta precisando de um banho urgente! E roupas limpas. Vamos passar no hotel onde Anabelle está e depois seguiremos para um destino diferente... Se ela quiser nos seguir será bem-vinda, se não, iremos nos separar no hotel.

Segurando as barras de ferro largou o coração que rolou pelo chão, em seguida se virou para a ruiva. — Não imaginei que conseguiria uma vampira muda. — provocou Anabelle, as duas tinham quase a mesma altura, Lucinda ficou face a face com ela ignorando Uriel que estava próximo a ela. — Acho que não preciso dizer o que houve com o último que não me respondeu. — apontou com a cabeça para o corpo no chão.

Respirou profundamente se deixando preencher com aquele cheiro conhecido de seu perfume, aproximando seus lábios do ouvido dela, deixou as palavras saírem quase como um sussurro.

— Eu sei que foi você... — em seguida se afastou.

Se voltando para Ivanov, uma dor incomoda tentava insistentemente tirar o seu foco, mas resistia a isso apenas com determinação.

— Ela não é muda, se chama Anabelle Lancaster e teve um destino difícil...

— Anabelle... Destino difícil é? Interessante. — Lucinda repetiu as palavras em voz alta. — Um bonito nome, mas quer que me emocione agora ou depois? — riu de forma provocativa olhando de Uriel para a ruiva.

Deu as costas aos dois seguindo com calma até o corpo caído o erguendo pela gola a camisa, o suspendeu contra a parede, sua expressão era de indiferença, em um movimento rápido girou a barra perfurando o tronco do homem no meio da cavidade torácica, com a maior força que conseguia exercer naquele momento. A barra atravessou como uma agulha passando por um tecido o cravando na parede, em seguida usou sua força para arrancar a cabeça do sujeito, que esguichou sangue para todo o lado, segurando a mesma pelos cabelos, abriu a boca é puxou a língua para fora e pendurou todo o peço da cabeça pela língua que fora presa na parede ao lado do corpo com outra barra de ferro.

Ficou em silêncio por alguns instantes apreciando o que tinha acabado de fazer, aquilo não diminuía sua dor, ou frustração mais ao menos extravasou um pouco toda aquela raiva que estava sentindo, por mais que tentasse parecer não estar abalada com toda aquela situação Uriel sabia que havia mexido com ela mais do que queria admitir, mas não iria insistir para que falasse de seus sentimentos, era hora de partir, não poderiam correr o risco de serem encontrados por Nicolau.

— Creio que chegou a hora de partimos, já fiz o que tinha que fazer, vamos deixar alguma coisa para que o maldito veja, quando vier aqui. — finalizou Lucinda passando a mão nos cabelos incomodada com seu estado. — Preciso de um banho mesmo. — fez cara de nojo de si mesma.

Após isso os três saíram daquela construção, deixando o corpo do humano a mostra para qualquer um ver, mas ele não era o único, próximo a porta o humano usado como isca também estava morto, o impacto havia causado um traumatismo, que acabou o levando a morte. O céu noturno trazia lembranças é um aviso silencioso, algumas peças começavam a ser perdidas, peões precisariam ser sacrificado, para se aproximar do xeque-mate, mas quem faria o movimento arriscado primeiro?

— Consegue nos acompanhar? — perguntou Ivanov para Lucinda.

— Claro que sim. — respondeu se duvidar.

— Muito bem seguiremos para o hotel de Anabelle, lá poderá tomar um banho é vestir alguma coisa, pode nos guiar? — olhou para a ruiva perguntando.

Saindo em disparada, Anabelle saiu à frente, enquanto os outros dois a seguiam de perto, os três eram apenas sombras na noite, predadores perigosos, com um arsenal capaz de acabar com populações inteiras, fossem animais, ou humanos. Não demorou para que chegassem ao hotel, parando nas sombras das construções a ruiva se dirigiu diretamente a Lucinda.

— Espero que não se importe, mas tomei a liberdade de recolher todas suas coisas do Royal Crescente, alguma coisa me dizia que não iria voltar para lá, então trouxe seus pertences comigo. — Lucinda sorriu satisfeita com isso.

Não iria se sentir nada a vontade vestindo roupas que não fossem as suas, não que tinha alguma coisa contra as roupas da ruiva, mas apenas não fazia o estilo de Lucinda, no estado que a vampira se encontrava não queria perder mais tempo, assim que soube em qual quarto Anabelle ficava, os três passaram como vultos pela recepção adentrando rapidamente naquele pequeno cômodo. As luzes ainda estavam apagadas, Uriel foi até a janela verificar os arredores se estavam sendo seguidos.

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