Capítulo 65

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A fúria que sentia lhe dava um foco, e com isso tinha um objetivo, pegou sua mão e agarrou a mão livre de Nicolau a que não segurava a estátua, o vampiro não aplicou resistência, com seu pingente em sua outra mão olhou para a peça de cerâmica, dei...

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A fúria que sentia lhe dava um foco, e com isso tinha um objetivo, pegou sua mão e agarrou a mão livre de Nicolau a que não segurava a estátua, o vampiro não aplicou resistência, com seu pingente em sua outra mão olhou para a peça de cerâmica, deixou o sentimento crescer em seu interior, os olhos da garota mudaram de cor, adquirindo uma tonalidade lilás. Ao mesmo tempo em que uma força invisível parecia percorrer o corpo do vampiro, fazendo a andorinha se partir em milhares de pedaços como se houvesse explodido de dentro para fora.

Nicolau se surpreendeu com aquela pequena demonstração, uma força invisível capaz de partir a estátua que da mesma forma que surgiu também desapareceu, levando consigo as forças da garota, que desabou no chão ofegante. Os pedaços de cerâmica que ainda ficaram em sua mão foram jogados no chão enquanto batia as mãos para limpá-la.

— Impressionante. De fato parece ter algumas habilidades escondidas, sua mãe nunca demonstrou tal poder, mas o quanto você consegue ver, ou sentir? — perguntou sem se importar com o estado da tocada.

Apesar de recuperar seus movimentos ainda estava presa ao poder dele, antes que a resposta viesse, o vampiro caminhou até a bolsa dela, a mesma que vira tirar o pingente, pegou a peça e a virou por completo sobre a cama derrubando tudo que tinha dentro, algo lhe chamou a atenção, jogando a bolsa no chão pegou uma caixa media e sorriu, reconhecendo serem cartas de tarô.

— Seria com isso que consegue canalizar suas visões? — Nicolau se virou para a moça que ainda respirava pesadamente.

Apesar daquele poder ter atraído a atenção do vampiro, o que realmente interessava a ele era a capacidade de ver as coisas, precisava saber se ela tinha o poder da visão além do alcance, uma habilidade única e rara que apenas poucos conseguem despertar, conhecido por alguns como "O verdadeiro olho".

A fraqueza de Rhiannon não era apenas pelo seu esforço, mas também pela presença do vampiro, que quanto mais ficava no quarto mais a enfraquecia, porém sabia que não conseguiria se manter focada, mas não podia revelar isso a ele, pois com certeza usaria isso a seu favor, sua sensibilidade havia aumentado ainda mais. Era como se o martelo em sua cabeça tivesse se transformado em uma marreta, seu corpo dava pequenos espasmos, como se a alertasse que ainda não estava livre do poder maldito daquela criatura.

Odiava se sentir impotente ainda mais vendo o vampiro mexer em suas coisas sem poder fazer nada, apenas observando-o fazer o que quiser enquanto jogava tudo sobre a cama, seus dentes trincaram não apenas de raiva, mas tentando evitar falar o que podia fazer, mas não tinha controle sobre suas ações.

— Visões é uma coisa muito abrangente, posso colocar que consigo ter alguns relances que não necessariamente seja o futuro, também consigo sentir um sobrenatural mesmo que não esteja em meu campo de visão, porém precisa estar em uma certa distância. — não adiantava lutar contra aquilo, não conseguia evitar falar as coisas.

Olhando a caixa com as cartas na mão de Nicolau continuou:

— As visões são espontâneas e confusas também, apenas canalizo esta força para as cartas, fazendo com que a comunicação tenha menos "interferências", é apenas um método para tentar refinar os detalhes e buscar coisas mais especificas.

Se levantando com dificuldade e sentindo lhe faltar as forças ao mesmo tempo em que as pernas tremiam, não o deixaria saber disso, caminhou lentamente até ele pegando a caixa de suas mãos, ao olhar para o baralho com certa reflexão, enquanto a ponta de seus dedos passavam pelos detalhes da superfície dela. Com os dedos trêmulos se questionou quanto tempo conseguiria fazer aquilo, viver daquela forma não estava nos planos dela, teria que fazer alguma coisa a respeito.

Nicolau observava tudo intrigado, cada palavra proferida trazia ainda mais determinação para seus planos, um sorriso surgiu em seus lábios, um brilho perigoso brotou em seus olhos fazendo a garota se arrepiar ao notar o quanto a aura dele estava se tornando ainda mais sombria, fria e perigosa. Caminhou até a janela do quarto dela, olhando para o lado de fora e notou Noah entrar com três garotas, ainda de costas para a garota disse:

— Rhiannon... Você me parece uma garota esperta, então entende em que situação se encontra então não perderei tempo explicando. O mundo esta passando por mudanças, e serei o vento que fará muitas delas acontecerem, para isso espero contar com sua "cooperação", se o fizer prometo libertá-la, mas caso queira tornar isso mais difícil e não cooperar ou me trair, sua morte será lenta e dolorosa, pois farei com que veja a morte de seus pais, e de todos que conhece é se importa, depois a transformarei no que sou. — usando sua velocidade parou a centímetros dela revelando suas presas para dar ênfase no que tinha acabado de falar.

A jovem era o tipo de vítima que Nicolau mais gostava de desfrutar, e sentiu um desejo crescer em seu interior de fazer isso, mas ela ainda poderia ser útil, apenas por isso não a drenou ali menos. Retraindo suas presas e alinhando sua roupa percebeu marcas no pescoço dela.

—Você já foi mordida? — perguntou já sabendo a resposta. — Então sabe qual é a sensação de ter presas cravadas em seu pescoço, enquanto seu sangue e tirado de seu corpo, a mistura de dor que se transforma em prazer e luxuria, inibindo todos os seus sentidos, desejando cada vez mais por aquilo... Se quiser posso proporcionar isso, mas posso fazer com que seja muito terrível e agonizante. — aquelas palavras causaram arrepio na garota.

Se falar mais nada, não esperou por uma resposta, ou palavra da parte dela, apenas caminhou até a porta, com a mão na maçaneta já com a mesma entre aberta, inclinou sua cabeça sutilmente para ela.

— Seus talentos serão requisitados no momento certo, mas até lá ficará aqui, espero que se comporte com uma boa garota, seria uma pena ter que fazer você se recordar como é ter presas em seu pescoço... — com estas palavras saiu porta a fora, deixando apenas aquela estranha sensação repugnante no pensamento da tocada que se deixou sentar na cama segurando o baralho.

 — com estas palavras saiu porta a fora, deixando apenas aquela estranha sensação repugnante no pensamento da tocada que se deixou sentar na cama segurando o baralho

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Pessoal aqui termina este capitulo, se gostou deixe seu voto e seu comentário, isso ajuda e incentiva a continuar trazendo o melhor para vocês.


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