Capítulo 20

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Deixando o frasco sobre a pia, ainda se sentia presa, como se lhe faltasse o ar, mas sabia que já era noite e que todas as criaturas sombrias se libertavam, ainda de pijama se dirigiu ate as escadas que dava acesso ao parte de baixo da pensão,  sa...

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Deixando o frasco sobre a pia, ainda se sentia presa, como se lhe faltasse o ar, mas sabia que já era noite e que todas as criaturas sombrias se libertavam, ainda de pijama se dirigiu ate as escadas que dava acesso ao parte de baixo da pensão, sabia que não tinha nada que pudesse fazer, e por alguma razão decidiu se sentar em um dos degraus, ficando ali pensando naquele sonho.

A noite havia começado agitada, as chamas ainda consumiam a casarão rapidamente, aquilo não parecia ser um acidente, o vento e os esforços dos bombeiros faziam com que as chamas perdessem força, porem o cheiro forte de fumaça e cinzas preenchia todo o ar cerca de pelo menos dois quilômetros de distância, nem mesmo os vampiros conseguiram sentir algum cheiro com facilidade naquele momento.

Um dos três vultos era uma mulher de cabelos vermelhos, apesar de John saber que seu ex-aprendiz poderia está em perigo, decidiu apenas observar, a mulher por outro lado encarava aquele que tinha seu corpo em volto por um manto, o mesmo permanecia imóvel, o cheiro que emanava dele era um mistério, ela se perguntava se aquele cheiro pertencia a ele, ou se estava apenas confusa por conta de toda a fumaça.

Era verdade que os vampiros possuíam uma grande confiança em sua força e isso poderia ser seu grande calcanhar de Aquiles, o ser de manto se curvou levemente para a bela a mulher de cabelos vermelhos, como se fosse um gesto de respeito.

― Então és a senhorita Murray... Pensei que estivesse morta, é uma surpresa saber que está viva, ou o quanto viva se pode dizer que esteja em sua condição, ainda mais sendo o que és, creio que seus ancestrais devam está se revirando no túmulo, e amaldiçoando sua existência não é mesmo? ― Disse o vulto revelando se tratar de um homem.

Voltou sua postura original, ereta a mulher de cabelos de fogo logo se fez ouvir diante da colocação do vulto.

― Diga-me! Qual o motivo de estar me seguindo, como me conhece? ― Falou ela.

O rosto angelical poderia muito bem enganar sua idade, apesar da expressão, superior encostou-se a uma das paredes cruzando os braços, esboçando um sorriso o vulto deixou que todos os vissem.

― Não seja tão presunçosa! Acha mesmo que estou te seguindo? Acho que foi você que veio atrás de mim e não o contrário não acha? Apesar de saber quem você é ou melhor a que família pertence, meu interesse não está em uma renegada, pelo menos por enquanto.

Enquanto falava o vulto notou a presença de mais alguém, o carro que parou a alguns metros e o fato de ninguém sair apenas reforçou a ideia de que alguém os observava. Se quisesse passar despercebido precisava aprender muito, não só ele, mas o o humano que tentava miseravelmente esconder-se da visão dos presentes, mais esquecia que outros sentidos trabalhavam ali.

A pergunta que o vulto se fazia era se aquele jovem era apenas muito louco, ou só idiota, pois sua imprudência o teria matado mesmo escondido mais ao se revelar a ínfima chance de ser ignorado, se aproximou dos dois que conversavam, possuía uma pele queimada pelo sol, estava próximo a parede lateral que levava ao bar que havia estado durante a noite.

―Ingênuo! Você de fato me surpreende garoto, digo isso não de uma forma positiva, de querer bancar o corajoso e morrer como um idiota, bem de qualquer maneira não caberá a mim decidir seu destino, o que tinha para dizer já foi dito, nada mais e nada menos.

Sem mais nenhuma palavra, deu as costas aos dois a sua frente sem se importar se algum deles o seguiria ou não, disparou para as ruas e vielas, erguendo seu mando e revelando um par de botas de combate negras, sem diminuir ou sequer reduzir passou pelo veiculo preto de John sabendo que havia alguém dentro, seguiu caminho em varias direções sem nunca sentir alguma dúvida, parecia conhecer bem aquela região, seria difícil encontra-lo a não ser que ele quisesse isso.

Como uma nuvem que se dissipava no céu, o vulto sumiu nas sombras da noite, o tabuleiro começava a se encher de peças, entre peões, torres, cavalos, bispos rainhas e reis, todos estavam sendo colocados no jogo. Mesmo que muitos não soubessem disso, todos se moviam conforme a dança, fazendo os fios do destino guiarem uma historia que poderia se descrita apenas como épica... Algo grande estava vindo, e nem todos estariam prontos para isso.

 Algo grande estava vindo, e nem todos estariam prontos para isso

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Este capitulo tem:  755 palavras

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