Seus olhos ficaram conectados por alguns instantes, o homem sorriu de forma tranquila, como alguém que reencontra uma pessoa muito querida, usava uma camiseta branca e uma jaqueta preta, quando abriu a boca para falar com a garota, Rhiannon se levantou em um único movimento, sem pensar duas vezes virou as costas e saiu. Correu pelas escadas seguindo direto para seu quarto deixando o homem sozinho na recepção, não se importou em saber se ele era perigoso, ou não.
Seu quarto ficava apenas duas portas de distancia, de onde a encarregada da pensão ficava, sem se preocupar se estaria atrapalhando, ou não bateu na porta com certa urgência, ela não abriu imediatamente, precisou bater mais algumas vezes, até que a mulher saiu com cara de sono, olho para a moça a sua frente.
― Desculpe de acordar, tem um novo hospede na recepção. ― Sem dizer mais nada correu para seu quarto sem esperar por qualquer resposta da senhora.
Uma vez em seu quarto, fechou a porta rapidamente a trancando, sentia seu coração acelerar, respirou fundo tentando se acalmar, enquanto sentava no chão encostada na parede, fechou os olhos e tentou analisar toda aquela situação... Ver aquela aura era uma novidade para ela, mas o que mais a assustou foi a intensidade estranha dos olhos daquele homem, aquilo a deixou inquieta.
Se levantou sentindo uma leve fraqueza, caminhou até a sua cama é se jogou nela, sabia que aquilo seria muito constrangedor para qualquer um, alguma coisa dentro dela estava estranho, como se tivesse adormecido e despertou ao ver aquele homem, mas o que seria? Como uma voz que sussurrava em seu ouvido, pedia para descer até a recepção é ver se ele ainda estava lá, teria que pedir desculpa por sua atitude.
Porém achou melhor ficar em seu quarto, ele não deixava de ser um estranho, caso o destino permitisse iria se desculpar em outro momento, fechando seus olhos, tentou controlar sua respiração, tranquilizando sua mente, até que sem percebesse caísse sono.
Na recepção o homem ficou surpreso com a atitude da garota, mas não a seguiu, caminhou ate a recepção, tirou a mochila das costas e colocou no chão, tocando um pequeno sino de metal que estava sobre o balcão, fazendo um pequeno som ecoar pelo cômodo, alguns instantes depois uma senhora de meia idade que aparentava estava quase na casa dos cinquenta anos, desceu as escadas arrastando os pés, fazendo a madeira dos degraus rangerem com seu peso.
Assim que se aproximou do homem falou:
― O que posso ajudar? ― a mulher sequer o olhou direito, era visível que ainda estava sonolenta, atravessou para o outro lado do balcão ficando de frente para ele.
― Espero que sim... Gostaria de um quarto, sei que não é uma boa hora, mas acabei de chegar agora, estou bastante cansado. ― tentou soar o mais simpático possível para a senhora.
― Não se preocupe com isso... Não é incomum isso acontecer por aqui. Muitos hospedes chegam nos mais diversos horários devido ao fuso-horario, sem contar que nossa pensão é uma das poucas com preços razoáveis. ― Apesar da voz rouca, a mulher não parecia realmente aborrecida, apenas com sono.
Se ajeitando dentro de seu grosso casaco, pegou um caderno preto de capa dura, abriu o mesmo diante seus olhos, folheando algumas folhas começou a preencher alguns dados, em seguida virou o caderno para o homem apontando uma linha, onde precisava assinar. Entregado a caneta para ele, deu um meio sorriso para ela é assim seu nome;
Lucian Daiki.
Assim que devolveu o caderno a senhora leu o nome dele, fechou o caderno o colocando de lado e olhando para ele nos olhos.
― Muito bem senhor Lucian. O seu quarto fica no primeiro andar, ao lado da jovem que avisou que tinha alguém na recepção, o numero do mesmo é doze, esta escrito bem grande na porta não tem como errar, aqui estão às chaves, o pagamento é adiantado. ― estendeu a mão para ele a espera do dinheiro.
Lucian pegou a carteira do bolso, retirando algumas notas, o valor estava no recibo que a senhora pediu para que ele assinasse com o nome, pegou a chave e sua mochila, seguindo para as escadas. Uma vez do lado de dentro do quarto trancou a porta, jogando a mochila no canto perto da cama deixou seu corpo cair como se fosse uma árvore sendo cortada caindo como um tronco de madeira, no quarto ao lado Rhiannon, também dormia agora mais tranquila, a noite passou rápido os primeiros raios to sol passavam pela cortina do seu quarto, atingindo seu rosto, a fazendo gemer, abrindo os olhos com relutância, focou no relógio na mesa de cabeceira, arregalou os olhos quando viu que já passava das oito da manhã, se levantou ainda cansada, seguiu para o banheiro, após se arrumar o melhor que deu, saiu trancando a porta do quarto enquanto pensava consigo mesmo.
"― Acho que vou para a biblioteca, fazer alguma coisa produtiva"― espreguiçava seu corpo que parecia ter sido arremessado contra a parede de tão duro que estava.
Este capitulo tem: 848 palavrasPessoal aqui termina este capitulo, se gostou deixe seu voto e seu comentário, isso ajuda e incentiva a continuar trazendo o melhor para vocês.
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THE ORIGINS - A sede de Sangue
FantasyO mal esta presente, em suas mais diversas formas. Muitos não a enxergam, ou apenas não querem ver. Acreditando que desta forma, ele deixará de existir. Uriel Ivanov, tem um desejo, uma meta perigosa que poderá levar ao seu fim, porém ele não se imp...