CAPÍTULO 32: RODAS QUE CAIEM DO CÉU

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O garoto voltava para sua casa após um dia inteiro de experimentações no celeiro de sua família. Carregava dois baldes, um em cada mão, cheios de leite de vaca. Estava soando bastante, já que era inexperiente e disse para seu pai que não precisava de ajuda. No final, não precisou mesmo, mas ficou o dia todo naquilo.

Chegando em sua casa, seu velho estava o esperando na porta, sentado numa cadeira enquanto bebia um vinho feito pela sua bela esposa. O garoto colocou ambos os baldes no chão, para seu pai ver a quantidade de leite que tinha dentro.

— O que acha? — perguntou o jovem garoto.

— Hmmm — o homem de cabelo grisalho analisava — Ótimo garoto — ele sorriu enquanto levantava — Você cuidara muito bem do nosso território.

— Nosso... — sussurrou, feliz de já considerarem a fazenda da família como algo dele — Muito obrigado pai.

— De nada, Diego. Entre lá, sua mãe preparou algo especial para ti.

Após abraçar seu pai, ele correu para dentro de casa.

O pai voltou a sentar na cadeira, observando um movimento estranho naquela fazenda: sapos. A cada dois minutos ou menos, ele percebia um sapo pulando em seu campo de visão. Era algo de fato estranho.

...............

Após entrar, Diego sentou na mesa para comer seu prato com carne e arroz. Sua mãe o olhava, sorrindo enquanto observava seu filho se alimentando. O garoto achava aquilo estranho, mas continuava comendo mesmo assim.

O pai entrou na casa logo em seguida, e a mãe olhou para ele ainda mais sorridente.

— Não vai dizer para ele, Adonis? — disse a mulher.

O senhor arregalou seus olhos tentando lembrar do que ela estava falando, e quando lembrou, imediatamente se dirigiu ao garoto.

— Meu filho, amanhã vista suas melhores roupas. Teremos visita.

O garoto foi consumido por curiosidade.

— Quem vai vim?

— Você não vai acreditar — a mãe comunicou — o rei e a rainha gostaram do trabalho do seu pai aqui em nossas terras, e virão agradecer pessoalmente.

Diego franziu a testa e abriu um sorriso. Nem conseguia acreditar.

— Que legal — ele olhou para seu pai — parabéns.

— Não, isso é uma conquista nossa — Adonis afirmou — Todos nós trabalhamos duro junto dos outros trabalhadores aqui.

— Bem, mas mesmo assim...

— Não discorde de seu pai — ela disse com um doce sorriso — Será as únicas vezes que ele ira recompensa-lo antes de pegar pesado.

— Você me conhece tão bem — Adonis disse antes de beijar sua esposa.

Após a refeição, voltaram para os serviços do dia.

............

No dia seguinte, era possível ver a bela carruagem do rei Adam e da rainha Bela se aproximando. Diego ficou nervoso, com medo de estragar tudo diante a realeza. Seus pais, com belas roupas, estavam mantendo a calma.

Mas lentamente, o nervosismo ficou parecendo algo desnecessário. Adam e Bela começaram a acenar para os trabalhadores, com seus olhares encantadores e gentis. Há muitos nobres bem menores que o rei e a rainha que simplesmente ignorariam os seus súditos como se fossem nada, mas esses dois gostavam de socializar.

DINASTIA GRIMM: A PRESA DE LOBO MAU (Não Revisado)Onde histórias criam vida. Descubra agora