CAPÍTULO 13: A ESPERANÇA ACABA AQUI

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O sol desaparecendo no horizonte sinalizava o começo da noite. Nas estradas que levavam para Sleepy Hollow havia pouco movimento, e Moira só conseguia ouvir as rodas daquela carroça fechada, enquanto ela mesma transitava, segurando as rédeas dos cavalos. Já Nicolas conseguia prestar atenção para bem mais coisas, como a movimentação nas moitas e o vento fresco que batia em seu rosto.

O Lenhador Goodman se mantém firme enquanto guiava a égua Vorpal, assim como Vanessa em seu próprio cavalo.

A barda Brígida olhava ao redor, um pouco assustada. Praticamente qualquer coisa acabava assustando ela, como se a qualquer momento algo fosse pular da moita. Ela não era a única, já que também tínhamos Ichabod Crane no meio de Moira e Nicolas, e ele também se assustava com cada mínimo som fora de padrão para ele.

Cerca de seis pessoas, todas defendendo a carroça fechada que prendia Baba Yaga, uma bruxa poderosa.

— Está me dando arrepios — Disse a barda Brígida, que estava em cima da carroça, olhando ao redor.

— Assustada com suas próprias canções? — Questionou Moira, sempre com os olhos na estrada.

— Até parece... — Brígida respondeu cruzando os braços — Eu sou bem crescida, ok? Até parece que existe algum Cavaleiro Sem Cabeça.

— Cavaleiro?! — Perguntou Ichabod, olhando ao redor em total alerta — Aonde?!

— Meu santo Deus — Moira revirou os olhos. Ela não aguentava imaginar ter alguém como Crane perto dela. “Provavelmente, um covarde” pensava ela.

— Segura aí — Disse Nicolas, dando uma lamparina para Ichabod, acalmando ele com o toque acolhedor da luz — Podemos parar? Estou precisando fazer xixi.

— Não estamos muito longe de Sleepy — Afirmou Moira.

— Você vai me beijar?

— O quê? Não!

— Então eu não vou mijar nas calças por você. Pare logo!

Moira respirou fundo, mas parou a carroça. Vanessa e Lenhador perceberam a parada repentina, e pararam juntos também.

— O que aconteceu? — Perguntou o Lenhador, descendo de Vorpal.

— Vlad Terceiro, é isso que aconteceu — Respondeu Moira com ironia.

— Vai pro caralho! — Disse Nicolas, antes de desaparecer entre as árvores para fazer suas necessidades.

Brígida desceu da carroça, e também foi urinar. Ichabod ficou agarrado na lamparina, enquanto o lenhador ficava de seu lado.

Enquanto isso, Moira foi para trás da carroça, verificar os encantamentos. No final, ela não conseguiu entender nenhum dos símbolos entalhados naquela madeira. Vanessa logo se aproximou, e mesmo evitando de primeira, logo Moira teve que aceitar sua ajuda:

— Os feitiços, ainda estão funcionando?

— Verei — Respondeu Vanessa, formando círculos de magia em sua mão.

Os símbolos entalhados começaram a brilhar, um azul-claro que banhou o rosto de Moira. Nada impressionante para a amazona, lógico, já havia visto esse tipo de análise várias vezes.

— Está tudo certo — Confirmou Vanessa — Só continue na mesma velocidade que estávamos.

Logo, Vanessa deu as costas.

— Espera — Disse Moira, impedindo a maga de ir — Eu só quero saber que porra foi aquela.

— Não sei se estou te entendendo.

DINASTIA GRIMM: A PRESA DE LOBO MAU (Não Revisado)Onde histórias criam vida. Descubra agora