Em um passado um pouco distante, ela pressionava sua mão em seu olho recém cortado. O corte profundo ia de sua testa até sua bochecha, e seu vestido estava ensanguentado. Tentava suportar a dor, enquanto as lágrimas caiam de seu olho restante. Logo em sua frente, um homem morto no chão, na qual era o motivo de seu choro, mas não pela sua morte... E sim pela desilusão que ele havia causado.
Outra mulher observava aquele cenário de horror na qual a caolha havia se envolvido. Sua armadura dourada assim como seu longo cabelo era o destaque naquele castelo gótico. Com total desdém, a loira olhava no fundo do único olho da mulher ensanguentada, e disse:
— Considere isso uma lição, “condessa”. Nunca deixe seu julgamento ser guiado pelos sentimentos, pequena Moira.
Agora, no atual momento, ela entra no bar com um empurrão na porta, abrindo caminho para seguir até perto da bancada. Todos os vagabundos e bêbados olharam para a cavaleira caolha, e apesar de seu traje ensanguentado, ninguém ousou mexer com ela. Talvez fosse pelas suas partes de armadura, que apresentavam detalhes em dourado, característica das armaduras de amazonas do Reino De Corona (que por sua vez, tem ferreiros que só perdem em qualidade para os anões da Espada De Diamante). Ou, talvez fosse pela sua feição, já que Moira não fez nem questão de esconder sua raiva naquele momento.
A cavaleira se sentou, e tentando manter a calma, ela fez seu pedido:
— Hidromel, no maior copo que tiver.
Raiva e a sensação de perder o controle, Moira já estava cansada de sentir essas coisas. Ela pensou que seria diferente com esse grupo, de que ela conseguiria manter tudo sob controle, mas agora, ela só queria esquecer o provável fracasso que acabara de ocorrer, engolindo o máximo de hidromel que conseguiria.
Ela começou a virar o primeiro copo, engolindo apenas metade dele. O gosto doce do mel e a sensação que o álcool lhe causava era bom para ela, por um momento se sentia no paraíso... Até que a barda Brígida se aproximou para lembrá-la de suas novas responsabilidades como líder:
— Enquanto você fica aí se destruindo, eu vou ver se consigo algumas moedas — Disse Brígida, que após conversar com Moira, seguiu para o meio do bar com seu alaúde — Quem quer ouvir uma canção!? — Gritou a barda, que foi respondida com os gritos de empolgação dos bêbados.
Após revirar seu único olho, Moira voltou a beber.
— Você fica muito gostosa virando esse copo — Disse Nicolas, que de forma repentina, aparece sentado em um banco ao lado de Moira, surpreendendo ela.
Como resposta para a afirmação inconveniente de Vlad Terceiro, a cavaleira jogou o resto do hidromel na cabeça dele, mexendo o copo para cair todas as gotas. Ela se virou novamente para o balcão, sinalizando para o taverneiro encher o copo novamente.
— Valeu a tentativa — Afirmou Vlad, enquanto se limpava. Logo, ele mudou de assunto, informando a líder — Eu levei o moleque para o Prático. Pena que ele foi o único sobrevivente.
— E aquela puta da Yaga?
— Por sorte, os outros grupos de caçadores estão aqui, e os magos estão arrumando um jeito de Baba Yaga não soltar nenhum feitiço. Mas essa vila não tem estrutura para prender alguém como ela.
— Eu poderia quebrar cada pedaço dela com as minhas mãos — Disse Moira, extremamente irritada.
— Olha Moira, eu sei que você está irritada, mas você precisa manter a calma. Nero não é do tipo que falha quando está em missão, e sua preocupação vai além de Margareth. Você é nossa líder, e é uma vergonha esta recebendo conselhos de mim — Afirmou, com um sorriso sarcástico.
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DINASTIA GRIMM: A PRESA DE LOBO MAU (Não Revisado)
Fantasy(Não Revisado. Entre no perfil para ler a versão revisada desse livro) Felizes, mas não para sempre... O mundo de Contos De Fadas possuem finais felizes, mas a felicidade é algo que precisa ser mantida mesmo após o fim dos contos. Para isso que exi...