CAPÍTULO 12: CORRENTES QUE JULGAM LOBOS

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Observando o céu. A barda que pouco tempo estava pedindo esmolas em bares, estava agora numa jornada para prender uma bruxa ancestral. A forma como as coisas aconteciam era sempre empolgante para Brígida, apesar dos vários contratempos.

Ela tocava seu alaúde enquanto estava deitada em cima da carroça que prendia Baba Yaga. Irônico, Brígida lembrou de quando perdeu seus pais. A casa caindo em chamas enquanto seu pai fazia o possível para ela não morrer. Acabou que ele conseguiu salvar a vida dela, mas não sua própria. Mesmo após tudo o que ocorreu, ela não deixava de ser ela mesma: uma barba alegre, sorrindo enquanto o vento batia em sua pele. “Refrescante” pensou ela.

Moira estava com as rédeas dos cavalos em suas mãos, guiando eles na direção correta. A amazona estava calma dessa vez, finalmente se sentido digna de ser uma líder. Mantendo sempre a confiança de que tudo dará certo.

A caolha se lembrou de sua fase estranha dias antes de ir para Espada De Diamante e ter se juntado a Presa De Lobo Mau. Moira havia se envolvido com bebidas e prostitutas, se destruindo como só ela conseguia fazer com ela mesma. Isso durou bastante tempo, ainda se recuperando do evento horrendo que ocorreu com seu mestre. O mundo muitas vezes parecia não fazer sentido para Moira, e isso pode até ser verdade, mas, naquele exato momento, ela se via em um cargo relevante, na qual ela era útil novamente. Se desse errado, ela teria uma decaída novamente, e isso não podia ocorrer.

“Margareth...” pensava a amazona “espero que você esteja bem”

— Pelo visto, não haverá muita ação — Disse Nicolas, que está sentado logo ao lado da cavaleira. Vlad estava extremamente entediado, usando apenas sua percepção aguçada para eles não serem surpreendidos por algum inimigo — Tipo, ainda bem... Mas esperava um pouco mais de adrenalina.

— Ser caçador não envolve apenas batalhas épicas — Afirmou Moira, sempre mantendo o olhar firme e na direção da estrada.

— Fui treinado em técnicas ladinas. Eu poderia ser um mercenário ou uma espécie de Robin Hood, sei lá. Algo legal e interessante.

Moira percebeu o quanto ele estava entediado, ao ponto de simplesmente tagarelar sem propósito nenhum. Isso seria o suficiente para Moira obrigá-lo a calar a boca, mas o ladino havia provado que era um aliado de confiança, ao ponto de revelar um de seus segredos para motivá-la. A caolha acredita que Nicolas daria um líder muito melhor, já que se provou ser bem mais centrado em seus objetivos e existia uma experiência anterior a tudo aquilo. Mas, ele era extremamente preguiçoso, ao ponto de jogar a liderança (sem sequer questionar) para cima de Moira. Essa pressão toda nunca pareceu o ideal, mas aconteceu, e estava até então dando certo.

— Estamos próximos de Sleepy Hollow! — Disse o Lenhador, que se aproximou montado na egua Vorpal. Maximus Goodman acompanhava a carroça em sua própria montaria, enquanto guiava eles com seu conhecimento sobre o mapa.

— Sleepy Hollow? — Questionou Moira.

— Uma pequena vila logo após a fronteira de Fábulas — Disse Vanessa, se aproximando do outro lado da carroça com sua própria montaria. A maga que outrora provocou Moira estava conversando com a cavaleira como se o clima entre elas estivesse bom, sendo que, Moira não aguentava sequer ouvir sua voz — Se vermos ela, quer dizer que já estamos em Fábulas.

— Ok... — Disse Moira, fazendo o possível para não estender a conversa com ela.

— Quero dizer nada, mas aquele lugar é sinistro — Diz Brígida, com um sorriso malicioso.

— Não comece — Moira tentou impedir a maga de começar a tagarelar.

— Espera aí também, né! — Disse Vanessa — Como assim é “sinistro”?

DINASTIA GRIMM: A PRESA DE LOBO MAU (Não Revisado)Onde histórias criam vida. Descubra agora