A barda andava sorrateiramente pela floresta aos arredores de Vincent junto do sapo Diego em seu ombro. Brígida olhava ao redor, buscando algo. O sapo também exprimia suas pálpebras naquela busca.
Brígida olhou para o seu braço, vendo a cicatriz que Nero fez nela. Não parecia está certa de querer estar ali, mas continuava, continuava porque precisa ser mais forte.
— Essa cicatriz é maneira — disse o sapo, confortando sua nova amiga.
— Obrigada — agradeceu com um sorriso doce — Precisamos continuar.
Andando e andando mais, eles acharam uma caverna. Chamou a atenção pelo sangue cerco que estava espalhado pelo lado de fora, fazendo um rastro para dentro. Brígida respirou fundo e pegou uma adaga na sua bolsa. Sua mão começou a tremer só de se imaginar usando aquilo aquilo.
Diego não desaprovava aquilo, já que andar na floresta era perigoso, mas não aguentava ver Brígida daquele jeito.
— Larga isso logo.
— Mas... mas pode ser perigoso lá.
— Perigoso é você arrancar seu próprio dedo. Pega o seu alaude logo, deixe o trabalho de durão para os durões.
Ela bufou. Queria fazer o que fosse necessário, mas não parecia ser a praia dela. Sua praia era a música. Ela largou a adaga e pegou seu alaude, preparando para lançar o som paralisador em qualquer criatura hostil.
Entrando na caverna, eles foram seguindo os rastros de sangue. No caminho, viram armaduras jogadas pelo chão, armaduras do culto, com enormes arranhões naquele aço e couro. Parecia estarem perto do que procuravam.
No fundo da caverna, encolhida no chão igual uma raposa com frio, estava Ramona, em seu vestido rasgado e imundo e com sua aparência humana. Quando percebeu a presença da barda, ela se encostou na parede, tentando manter distância.
— O que você quer de mim? — a princesa fera disse, precavida.
As mãos dela estavam vermelhas de sangue, assim como sua boca. Seus olhos atentos pareciam cansados, mas não fechavam devido à paranoia.
Brígida não conseguia olhar para a situação da garota, assustada com as características que disse. Parecia um animal selvagem. Já Diego, estava desolado.
— Ramona — o sapo a chamou — somos nós.
— Diego? Oh, Jesus, o que foi que eu fiz?
Diego saltou para perto da garota, que estava chorando de joelhos.
Ramona o olhou, com um olhar cansado e triste.
— Eu sei como quebrar o feitiço, Diego. Te transformar em humano novamente.
— É, eu sei também. Não se preocupe.
— Mas... olha para mim.
Ramona mostrou suas mãos e seu vestido cobertos de sujeira e sangue. Seus olhos estavam em lagrimas.
— Me transformei em algo repugnante, nojento. Eu cacei aqueles homens... matei eles... e despedacei eles, fiz isso porque acreditei que eles mereciam. Diego, é isso que você quer beijar? Algo como eu?
— Ramona... eu não vou mentir. Eu tó com medo, mas não de você. Medo de você deixar isso moldar você, medo de perder uma amiga... Perder o meu verdadeiro amor — fez o possível para dar um sorriso com sua face de sapo — Então se a perguntar é se eu beijaria Ramona Drummond, a resposta é mil vezes SIM!
Em meios as lagrimas, Ramona sorriu, feliz por ter aquele pequeno sapo ao seu lado, um verdadeiro companheiro que não a deixou de jeito nenhum.
Brigida também chorou de emoção.
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DINASTIA GRIMM: A PRESA DE LOBO MAU (Não Revisado)
Fantasy(Não Revisado. Entre no perfil para ler a versão revisada desse livro) Felizes, mas não para sempre... O mundo de Contos De Fadas possuem finais felizes, mas a felicidade é algo que precisa ser mantida mesmo após o fim dos contos. Para isso que exi...