CAPÍTULO 15: DANÇAS E EXECUÇÕES

31 0 10
                                    

Na enorme sala do trono, nossos heróis ficavam confortáveis. O chão um pouco espelhado agradava à maga Margareth White, junto das paredes com símbolos da realeza entalhados por todos os lados, em uma tonalidade dourada que demonstrava uma certa elegância. Logo ao seu lado, o lobo Nero estava deitado no chão, aproveitando que aquele chão era bastante gelado e refrescava ele.

Já havia se passado dois dias desde que Nero chegou na capital de Fábulas, e foi com quem Margareth passou boa parte de seu tempo. A maga ajudou ele a tomar banho e deu inúmeros pergaminhos para ele ler durante esses dias. Ele gostava de ler, apesar de ser leigo em inúmeros assuntos e desconhecer várias palavras do vocabulário humano, e por isso que Margareth sempre estava lá para ajudá-lo.

Entrando na sala, o príncipe Edgar puxava um espelho que tinha seu tamanho. Se aproximando de Margareth, ele parou.

— Está aqui, um Espelho Mágico — Disse Edgar.

— Obrigada, Ed.

Círculos de magia se formaram na mão da maga, e logo, seu reflexo no espelho sumiu, se transformando na visão de sua mãe, Branca De Neve. Com seu vestido vermelho, Branca sorriu ao ver sua filha bem.

— Oi, minha querida — O sorriso doce da Branca derreteu até o coração de Nero. Apesar de sinistra outrora, a rainha da Espada De Diamante tinha seu lado materno — Desculpe por não ter feito a ligação antes. Eu estava ocupada.

— Aconteceu alguma coisa? — Perguntou Margareth preocupada.

— Apenas alguns problemas com nosso gado, nada de mais. Diferente do reino na qual você está localizada. Como está Fábulas?

— houve protestos por toda a capital. Mas tudo está normalizando. Cinderela resolveu tudo.

— Eu adoro essa mulher. Nem eu conseguiria resolver um protesto de forma pacífica.

A conversa foi interrompida por um soldado, que cochichou algo no ouvido de Branca De Neve. A rainha logo voltou a falar com Margareth.

— Desculpe querida, mas terei que ir. Conversaremos mais tarde.

— Até mais, mãe.

O rosto de Branca logo é substituído pelo reflexo de Margareth, significando o fim daquela ligação mágica. Feliz por conversar com sua mãe, mas frustrada por ter sido por pouco tempo, Margareth se virou para Edgar, tentando disfarçar sua decepção com um sorriso.

— Você está bem? — Ela perguntou.

Edgar segurou a mão dela, tentando confortá-la.

— Sabe que ela não fez isso de propósito, né? — Disse o príncipe.

— Eu sei... Só que tinha tanta coisa para dizer. Nem tive a chance de dizer que quase morri!

— Acredito que isso não é uma boa coisa para dizer assim — Edgar sorriu — fale apenas que você se separou do grupo, e que felizmente encontrou um deles.

Funcionou, Margareth se sentia melhor graças ao príncipe.

— Você é bom demais, Edgar.

Ela encostou sua testa no ombro do príncipe, enquanto falava num tom melancólico. Margareth logo continuou:

— Você sempre foi bom comigo. Lembra de como nos conhecemos?

— Sim...

.......................

As lembranças vieram: o pequeno Edgar, com seus doze anos, observando a solitária Margareth no canto do salão do castelo de Florian e Branca De Neve. Nunca havia visto tal beleza, tão pouco se sentiu atraído por alguém de primeira. Seu rosto pálido e seu lábio vermelho mexiam com Edgar, nunca entendeu porque garotas tão atraentes sempre ficavam tão afastadas, coisa que só aprenderia alguns anos depois.

DINASTIA GRIMM: A PRESA DE LOBO MAU (Não Revisado)Onde histórias criam vida. Descubra agora