EPÍLOGO: COELHO BRANCO

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A mulher continuava na cruz, e quanto mais passava os dias, pouca diferença aparentemente fazia. Ela encontrou apenas o tédio naquela tentativa de suicídio.

Na sala, apenas o relógio de bolso no chão fazia companhia, e mesmo após ultrapassar trinta dias sem morrer, ela ainda não encontrou as respostas que queria. Pelo menos, a mulher conseguiu observar algumas coisas durante essa crucificação, trazendo algumas respostas satisfatórias.

De forma inesperada, um coelho vestido com um colete vermelho entrou na sala utilizando a porta. O tal Coelho seguiu andando, não se importando com a cruz e nem com a mulher crucificada, que por sua vez, olhava com curiosidade para o pequeno ser.

Ele seguiu até o relógio de bolso no chão, e pegou. Quando ele viu as horas, afirmou desesperado:

- Estou atrasado!

Então, ele começou a correr em círculos, confuso, já que não conhecia nada daquele lugar.

A mulher, mesmo não rindo, achava aquilo cômico.

Outra mulher entrou na sala, com uma coroa e vestido negro. O que sem dúvidas mais se destacava nela, era sua beleza, sem igual, com olhos verdes e cabelos negros bem cuidados. Ainda com um olhar curioso, a crucificada questionou:

- O que está fazendo aqui, Revan Grimhilde?

Sempre com um olhar sério, mas evitando ao máximo franzi a testa (sempre priorizando preservar sua beleza), Revan responde:

- Custaria algo caso me chamasse de mãe, Carmilla?

- Tem formas piores de ser chamada. Por exemplo: você é conhecida como "Rainha Má" pelos contadores de histórias.

Utilizando de sua magia, Carmilla retira os pregos que a prendia, e chega até o chão com sutileza ao flutuar. A capacidade de voar é raro, e aparentemente, Carmilla tinha essa habilidade.

- E por favor, não me chame de Carmilla - Acrescentou - Prefiro meu nome de batismo: Rosa Vermelha.

- Vejo que aceitou o nome que te dei - Logo, Rainha Má mudou de assunto - Como anda sua irmã, a Rosa Branca?

- Moira pelo visto se juntou a guilda. Após tudo o que ocorreu com o Barba Azul, aposto que ela manterá distância do Reino De Corona.

Raven Grimhilde finalmente alcança o coelho, e o coloca em seu braço. Desesperado, ele diz:

- Estou atrasado!

Logo, o desespero dele virá prazer, quando Raven acariciou sua mandíbula, como se fosse um gato. O coelho ficou bem mais confortável, esquecendo seu compromisso. Rosa era indiferente aos gostos de sua mãe, mas naquele caso, era diferente. O tal coelho além de possui uma anatomia diferente, também transmitia um tipo de energia diferente. Logo, questionamentos vieram de Vermelho:

- Esse coelho... O que ele é?

- Finalmente perguntou - Disse Revan - Ele faz parte da corte da nossa inimiga, a Rainha De Copas.

- Você havia dito que essa tal Rainha De Copas não possuía um reino. Você chamou ela de "esquizofrênica".

- Sim, eu me lembro perfeitamente o que eu disse, obrigada - Agradeceu ironicamente - E ela não tinha um reino, até semana passada. Eu não imaginava que ela conseguiria, eu acreditava que era impossível... Mas sim, ela possui um Jinn.

Carmilla se sentia indiferente a essa afirmação, mas sabia que isso era preocupando.

Os Jinn, ou como são mais conhecidos, Os Gênios: A capacidade de Deus numa lâmpada. São provavelmente os seres mais poderosos de todo o universo, e agora, chegaram de alguma forma no continente Grimm .

DINASTIA GRIMM: A PRESA DE LOBO MAU (Não Revisado)Onde histórias criam vida. Descubra agora