CAPÍTULO 3: MUITOS SORRIEM, OUTROS FICAM DEPRIMENTES

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O campo aberto e verde apresentava o fim do território gélido da Espada De Diamante. Nossos aventureiros haviam parado em uma pequena vila anteriormente, na qual Moira comprou um cavalo.

Moira ofereceu o cavalo como montaria para Margareth, que estava tendo dificuldade de andar com sua túnica, já que a mesma tocava no chão. Por um momento, Margareth rejeitou educadamente, mas Moira insistiu muito, fazendo ela aceitar.

Após sair do vilarejo, Brígida apresentou um caminho que guiará eles até o próximo destino: no caso, um pé de feijão caído percorria metade do reino de Briar, de tão enorme que era. Seguindo o pé de feijão, eles provavelmente não se perderiam.

Brígida tocava seu alaúde, enquanto estava montada no enorme lobo Nero. Nicolas e Moira estavam acostumados a longas caminhadas e por isso iam andando mesmo. A cavaleira estava segurando as rédeas do cavalo, apenas guiando o mesmo, já que Margareth não sabia andar no animal.

— Nossa, olha o tamanho disso! — Disse Nero, que nem sequer conseguia ver o fim do pé de feijão no horizonte. Olhando para cima, a altura provavelmente era de uns vinte metros.

— O pé de feijão... — Disse Brígida, admirando a beleza do pé morto — Ainda me pergunto como foi para o João cortar essa coisa tão rápido.

— O que rolou com o João após toda essa treta com o gigante? — Questionou Nero, que logo foi respondido por Brígida.

— Ele obedeceu à mãe: arrumou um trabalho e formou uma grande riqueza por causa dos ovos de ouro — Ela diz enquanto levanta seu dedo indicador. Ela se sentia inteligente e importante quando contava suas histórias.

— Não eram cinco feijões, não? — Disse Nicolas — Onde estão os outros quatro?.

Brígida deu de ombros, não sabendo responder à pergunta de Nicolas.

O Lobo, a barda e o Ladino continuaram conversando sobre o pé de feijão. Margareth e Moira apenas ouviam e não queriam participar da conversa.

Moira virou sua cabeça, e olhou para Margareth de canto de olho enquanto continuava andando. Talvez fosse uma boa hora para elas conversarem, mas a cavaleira não queria ir direto ao ponto; Então, ela só deu início ao diálogo:

— Você está confortável? — Perguntou Moira.

— Ah?... — Gemeu Moira, que se questionou se a pergunta era direcionada a ela — Sim, estou. Muito obrigada! — Respondeu.

Moira tinha um olhar frio, quase como se estivesse cabisbaixa toda hora. Só esse olhar já era o suficiente para acabar com qualquer conversa no mesmo estante que iniciava. A maga queria conversar com ela, mas ainda se fazia aquela pergunta: “Será que ela me culpa pelo que aconteceu?”.

Enquanto isso, a cavaleira tinha vergonha de perguntar sobre, já que claramente, não queria pagar de boba perto da princesa. Mas logo, ambas tiveram coragem:

— Margare...

— Moira — Ambas falaram ao mesmo tempo, interrompendo uma a outra. Moira desviou o olhar, para esconder seu rosto corado.

— Pode falar — Disse Moira.

— Eu queria saber... Você me culpa pelo que aconteceu com a Carmilla?

O olho de Moira se arregalou. A cavaleira se perguntava: “Será que minha cara fechada a fez se sentir mal?”. Logo, Moira se virou para esclarecer tudo:

— NÃO... — Disse em um tom alto — Não — Disse novamente, corrigindo seu tom — Eu nunca faria isso. Ate porquê, você era a melhor amiga dela, não era? Penso que você merece ser considerada a irmã dela, não eu — Novamente, ficou cabisbaixa — E também, eu nem sei o que aconteceu direito. Só me falaram que ela se envolveu com bruxaria.

DINASTIA GRIMM: A PRESA DE LOBO MAU (Não Revisado)Onde histórias criam vida. Descubra agora