CAPÍTULO 11: CONTO DO PRIMEIRO AMOR

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A capital do Reino De Fábulas estava pegando fogo. As ruas cheias de pessoas, várias erguendo placas com escrituras nelas.

“Não mate nossas florestas”
“assassinos!”
“A mãe-natureza sempre cobrará!”

Entre outros exemplos de frases escritas. Enquanto acontecia ataques de manifestantes por toda a capital, perto do castelo era mais controlado, já que se concentrou um bloqueio de soldados bem armados: com escudos, armaduras e espadas.

No meio daquele amontoado de pessoas, estavam três de nossos heróis utilizando capuzes. Margareth White, princesa do Reino Espada De Diamante, estava vendo pela primeira vez um protesto. Lógico, antigamente existiam execuções, mas os tempos mudaram em Fábulas, e nesse reino elegante, pena de morte não vale para manifestações. Aquilo era impensável para Margareth, vandalismo e violência contra a realeza ofendia ela, e via tudo aquilo como desnecessário.

Já Edgar O'Malley, príncipe de Fábulas, achava esse caso muito mais complexo. Tudo girava em volta da preservação, não só de animais, como de outras espécies racionais. O avanço rápido das cidades está consumindo muito das florestas e Edgar sabia muito bem como seu pai não se importava com as vidas que moraram por lá, e era bastante seletivo quanto as espécies. Mas o povo se cansou de morte desnecessária em nome da monarquia, e Edgar também.

Já para Redwill Briar, princesa do reino de Briar e cavaleira, ela via novamente a história se repetindo. Alguns anos antes de seu nascimento (nascimento esse que ocorreu dezoito anos atrás), as fadas do Reino de Briar sofreram devido a um vírus que simplesmente exterminou noventa e sete por cento de sua população, e seu avô pouco se importou. Poucas fadas vivem agora. Por sorte, a Fada mais poderosa (Celestia, conhecida como A Fada Do Dente) apoia a Dinastia Grimm, mas boa parte agora se aliou com Ezequiel Malévola e seu culto. Era triste ver tudo em desordem novamente, ainda mais para uma cavaleira que decidiu mantê-la. Ela entendia perfeitamente a indignação, mas não apoiava esse tipo de ação.

Eram opiniões bem divergentes, mas juntos, eles caminharam até o castelo, enquanto passavam pelo povo enfurecido. Homens e mulheres gritavam, enquanto provocavam os cavaleiros com xingamentos. Os soldados devotos até o fim a corte de Henry e Cinderela continuavam firmes com escudos levantados. Quando Edgar, Margareth e Redwill se aproximaram, os guardas abrem uma pequena passagem entre os escudos, permitindo que passassem. A maga se surpreende com a atenção dos cavaleiros, que reconheceram Edgar mesmo estando encapuzado e no meio de uma multidão.

Os três subiram a bela escadaria do castelo, e logo na frente da entrada (observando a manifestação), se depararam com uma senhora de cabelos grisalhos e corpo esguio, com um belo vestido castanho. Suas sobrancelhas são levantadas e sua expressão é de curiosidade genuína, mas sempre com nariz empinado, demonstrando uma certa superioridade.

Quando se aproximaram, Edgar tirou seu capuz, e então as sobrancelhas dela desceram e seus olhos reviraram.

— Então é você — Disse a senhora —Meu querido, já disse para não andar no meio desses animais.

— A senhora diz muitas coisas, minha vó — Afirmou Edgar, enquanto beijava a mão dela. Lógico, ele não gostou da forma como ela se referiu aos seus súditos, mas ele compreendia ela como uma mulher de seu tempo. Ele se virou para conversar com às duas princesas — Margareth, conheça a madrasta de minha mãe, Lady Tremaine.

Ambas se curvaram, apesar de Redwill não gostar disso. Tremaine sempre apresentou ser alguém arrogante e amarga. No passado, fez de Cinderela uma empregada para servir ela e suas outras duas filhas. Mesmo após tudo que fez, ela foi perdoada e agora vive no castelo. Redwill nunca entendeu como Edgar consegue respeitar ela.

DINASTIA GRIMM: A PRESA DE LOBO MAU (Não Revisado)Onde histórias criam vida. Descubra agora