CAPÍTULO 5: SERES PUROS E ADORÁVEIS, EU AMO FADAS

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Poucos param para ouvir, mas a barda ama o som dos pássaros. Ela considera o mais puro e natural exemplo de música. “Deus fez coisas maravilhas” pensa ela toda manhã quando é acordada com a canção dos pássaros. Muitos ficam nervosos, mas a barda não: ela ama acordar cedo, ela ama a brisa gelada e ama imaginar quantos quilômetros caminhará hoje; ela ama e diz adeus para o local na qual acampou, e ama o fato de possivelmente conhecerá um novo local para acampar amanhã. Resumindo, ela ama o mundo.

— Vamos! — Diz Brígida com empolgação.

A barda acabou acordando Moira, que estava dormindo com ela na tenda (Tenda essa que era da cavaleira, mas como a barda não trouxe uma, então teve que dividir). Moira tenta ignorar, mas logo a barda balança ela:

— Temos que ir andando, se quisermos achar bases de bruxas.

— Nem sabemos onde é — Diz Moira, com a voz trêmula — Do que adianta acordar cedo?

— Quando mais cedo acharmos, mais cedo iremos para casa.

Logo depois de dizer isso, a barda vai em direção da saída da tenda, para deixar a cavaleira se arrumar.

Ao sair, ela se depara com a bela luz que o sol estava provocando. Ela acabou expondo seu rosto, achando gostoso os raios de sol.

Olhando para frente, a barda percebeu algo curioso: Margareth White sentada em um tronco, enquanto estava cercada por pássaros. Ela acariciava um pássaro que estava em seu dedo, enquanto havia outros pelo seu ombro e no tronco. Os olhos de Brígida se enchem de brilho quando viu a maga tendo um contato tão próximo com os animais.

Quando a barda se aproximou, os pássaros acabaram indo todos embora, devido o medo que tinham em relação a desconhecidos. Após o voo das aves, Margareth logo deduziu que havia alguém atrás dela, e se virou para cumprimentar a barda:

— Bom dia, Ana.

— Meu Deus! — Disse Brígida, com muita empolgação — Eu já havia ouvido falar, mas vocês realmente conseguem fazer isso?

— “Vocês”? — Questionou.

— Você e sua mãe.

— Está perguntando sobre minha ligação com os animais? — Um olhar doce e gentil vinha de Margareth — Sim, herdei da família da minha mãe. Isso é tão natural para mim, que nunca busquei um motivo em específico.

— Talvez eles só gostem de música. Afinal, quem não gosta?

Margareth gostava de como a barda demonstrava uma pureza e ingenuidade em seu ser. Margareth, apesar de aparentar ser assim, ela se sentia diferente, se sentia suja e impura. Ela odeia como tudo está saindo do controle, não só dela, como de sua mãe e do seu pai. Ela odeia como - provavelmente - acabou ferindo Moira, fazendo Carmilla se afundar na inveja e ódio. Ela odeia como as pessoas saem do caminho certo, e massacram, estrupam, destroem, roubam e matam. Resumindo, ela odeia o mundo.

Mas, foi por isso que ela se focou em ser uma caçadora. Como princesa, o que ela faria? Se casar com um príncipe bonito e passar o resto de sua vida administrando o futuro de seus filhos? Esperar anos e anos para que seus pais morram para ela chegar no poder? Margareth só via um jeito de tentar melhorar o mundo agora: com suas próprias mãos flamejantes.

— Cadê o Nero, hein? — Perguntou Moira, saindo de sua tenda, já vestida completamente. Ela estava usando a capa que Brígida havia comprado.

— Ficou ótima — Disse Margareth, ignorando a pergunta.

— O Nero disse ontem que sairia correndo em direção ao mar no oeste — Respondeu Brígida — Caso encontrasse algo, ele voltaria para avisar.

DINASTIA GRIMM: A PRESA DE LOBO MAU (Não Revisado)Onde histórias criam vida. Descubra agora