Capítulo 38 - Lombo?

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Fui até a Magestic que ficava no maior shopping da cidade. Eu já entrara naquela loja algumas vezes, mas nunca cheguei a comprar alguma peça de roupa, dado os preços exorbitantes.

A mulher que me ligou acabou me recebendo lá. Descobri que seu nome era Carla, e ela que cuidava de tudo por lá. Era uma ruiva extremamente simpática.

— Então, se para você está tudo certo, o emprego é seu.

— Fechado — Sorri apertando a mão dela.

Precisei passar por toda a burocracia, mas depois de assinar alguns papéis eu estava devidamente contratada.

— Se quiser começar hoje, estaria ótimo. Mas pode começar amanhã, se quiser tirar o dia para se organizar.

Concordei com um aceno de cabeça.

— Já que estou aqui, não vejo problemas em já começar.

— Certo. Eu preciso ir — falou colocando a bolsa no ombro — Se precisar de alguma ajuda, pode me ligar, mas acredito que tudo vai dar certo.

Ela já estava saindo quando lembrei de algo que precisava perguntar.

— Hm, Carla?

— Sim? — Ela se virou para mim.

Engoli em seco antes de falar.

— Eu comentei na minha entrevista que estava grávida — comecei. Ela concordou — Bem, queria saber como fica a questão da licença...

— Você vai receber tudo o que está nos seus direitos, e se precisar de mais alguns dias, é só conversar comigo.

Sorri contente. Aquele era o melhor emprego que eu poderia ter encontrado.

— Obrigada, digo, por me dar essa chance.

Ela negou sorrindo.

— Não precisa agradecer. Eu sei como é estar grávida e perder oportunidades de trabalho por causa disso. As pessoas acham que uma criança é trabalho só da mulher.

Assenti.

— E infelizmente não vai mudar tão cedo.

— Mas seguimos lutando.

Finalmente nos despedimos e a ruiva vai embora da loja, me deixando lá com as outras duas funcionárias.

Meu trabalho seria basicamente tomar conta de tudo enquanto a gerente não está, o que descobri que acontecia com frequência. Uma das funcionárias me contou que Luna, a tal gerente, viajava muito atrás de novas tendências e designers que lançassem novas coleções na loja. Foi por isso que precisaram contratar uma auxiliar, no caso eu.

Eu ficava o tempo inteiro no escritório, a maior parte dele apenas organizando papéis e respondendo e-mails. Era um trabalho simples, e que ficou facilitado por meu conhecimento na área de administração.

No fim do expediente, me despedi das garotas e as deixei para fechar a loja. Aproveitei que estava no shopping e fui até a praça de alimentação para jantar, já que estava escuro lá fora indicando ser tarde da noite.

Peguei uma bandeja e me servi em um restaurante chinês de comida à kilo. Eu adorava a comida de lá, principalmente o omelete de legumes.

Sentei sozinha em uma mesa e me deliciei com minha refeição, aproveitando os minutos fora de casa.

Na volta, chamei um uber que me deixou no protão de casa, e eu me apressei a entrar.

Me sentia sozinha naquela casa gigante, mesmo com a companhia de Otto. E agora sabendo do reaparecimento de Lucas, o medo tomava conta de mim, principalmente à noite.

Maldito CEOOnde histórias criam vida. Descubra agora