Epílogo

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 Fechei os olhos com força, as contrações ficando cada vez mais intensas.

— Ele tá vindo, eu tô dizendo que ele tá vindo — esbravejei andando de um lado para o outro na sala de estar.

Otto me encarava confuso, as orelhas levantadas em alerta.

— Tem certeza? Você já me disse isso seis vezes e em todas não era nada — Romeo tentava argumentar comigo, mas não era ele quem estava literalmente parindo uma criança.

— Agora é pra valer, eu tô dizendo. Esse bebê vai nascer.

Romeo concordou com a cabeça e correu para o andar de cima.

Tentei fazer respirações curtas conforme esperava, mas aquilo em nada estava adiantando. A dor não se esvaia, e parecia piorar cada vez mais.

Em poucos segundos, Romeo apareceu com uma bolsa de tecido azul em uma das mãos, e a chave do carro na outra.

— Então vamos.

Fomos até a garagem e meu noivo me ajudou a entrar no seu carro. Partimos o mais rápido possível em direção ao hospital.

Já no edifício, Romeo avisou com pressa minha condição para as secretárias, que providenciaram uma cadeira de rodas.

— Vai dar tudo certo — meu noivo falou segurando minha mão me acompanhando enquanto eu era empurrada por uma enfermeira em direção à ala da ginecologia.

Fui levada para um quarto privado, onde o parto ocorreria. Optei pelo parto normal, pois tinha medo que a cesária pudesse trazer alguma complicação para mim e o bebê.

— Vou chamar a doutora — a enfermeira falou enquanto me ajudava a deitar na cama.

Concordei com a cabeça e esperei no quarto com Romeo. Ele acariciava meus cabelos e sussurrava palavras de conforto enquanto eu tentava me concentrar em minha respiração, e não no que sentia.

A médica apareceu minutos depois.

— Me desculpe pelo atraso, acabei de fazer um parto e precisei conversar com os

pais — se explicou.

— Tudo bem, doutora. Mas por favor, me diz que já tá na hora, pois sinto que vou explodir. — Apertei a mão de Romeo com mais força.

Ela sorriu para minha ansiedade e se sentou em um banquinho de frente para mim.

— Vou ver sua dilatação, tudo bem?

Concordei com a cabeça e deixei que abrisse minhas pernas.

— 5 cm, o bebê está vindo.

Sorri e desviei meu olhar para Romeo, que também tinha um sorriso no rosto.

— Vai dar tudo certo — Romeo voltou a repetir.

Eu assenti, sabia que sim.

A médica chamou uma enfermeira e pediu que Romeo se retirasse do quarto, o que ele concordou em fazer.

— Querida — a doutora me chamou — Você vai ter que fazer força. Quanto mais nos ajudar, mais rápido o bebê vem.

Tentei fazer o que ela pediu. Nas primeiras vezes doeu demais, mas consegui prosseguir. Foi chegando no fim que eu não tinha mais forças para continuar, estava esgotada.

— Só mais uma vez — a enfermeira incentivou — Só mais uma.

Balancei a cabeça e cerrei os dentes apertado fazendo toda a força possível. Alguns segundos depois, ouvi um choro de bebê, e todo meu corpo amoleceu.

Permaneci com os olhos fechados, tentando me recuperar, e só voltei a abri-los quando ouvi a porta do quarto se abrir.

Romeo apareceu assim que a enfermeira ajeitou os lençóis sobre meu corpo. Ele olhou para mim por alguns segundos, e então desviou o olhar para a doutora e a enfermeira no fundo da sala. Ele foi naquela direção e voltou para perto de mim com o bebê no colo.

Sorri cansada e observei enquanto meu noivo sentava na cama.

— Não é lindo? — sussurrou o colocando sobre meus braços.

Não consegui responder, pois lágrimas encharcaram meus olhos.

— Bem-vindo ao mundo, Nicholas.



Não tô acreditando que acabou....

Conversamos mais no próximo capítulo ->

Maldito CEOOnde histórias criam vida. Descubra agora