Capítulo 15 - encontro?

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 Acordei naquele dia mais disposta do que nunca, mesmo com o sonho conturbado que tive e agora não me lembrava mais como fora. Cheguei cedo no trabalho, mas dessa vez não tinha ninguém em minha casa para eu ser obrigada a sair antes. Eu só senti vontade de ir antes e fui.

Quando o elevador parou em meu andar, fui cantarolando até minha mesa e liguei o computador pronta para começar mais um dia de trabalho. Ouvi uma porta se abrir e, quando olhei para frente, vi que era da sala do Senhor Russo, ele estava saindo de lá. Quando ele me viu, veio na minha direção.

— Chegou cedo de novo — falou apoiando os braços na parte alta de minha mesa.

Concordei com a cabeça.

— Acordei mais cedo que o normal e acabei vindo para cá antes — não era mentira.

Romeo sorriu para mim, e eu sorri de volta.

— Eu... queria te agradecer por me deixar faltar ontem — falei contente — Foi uma noite meio estranha, eu precisava mesmo descansar.

Meu chefe arqueou as sobrancelhas.

— Aconteceu alguma coisa depois que te deixei em casa? — perguntou curioso.

Eu não sabia se contava ou não o que aconteceu, acabei decidindo que era melhor omitir alguns detalhes.

— Longa história — falei rindo fraco — Acabei não dormindo em casa.

Ele lançou um olhar estranho em minha direção. Demorei um pouco para perceber o quão errada minha frase ficou.

— Não... não é o que você está pensando — falei rápido demais gesticulando com as mãos — Eu fiquei presa para fora de casa — expliquei sentindo meu rosto ficar vermelho.

Romeo riu.

— Você não precisa se explicar, Senhorita Alves. Não me diz respeito onde passou a noite.

Era verdade, por que eu estava tão desesperada em convencê-lo que não saí para transar naquela noite? Como se essa informação fosse fazer alguma diferença para ele.

Sorri envergonhada.

— Desculpe.

— Que tal pegarmos um café? Acho que ambos estamos precisando de cafeína.

Aceitei a sugestão e me levantei o acompanhando até a máquina de café. Romeo pegou primeiro para mim, um café com leite, como pedi, e depois o típico café preto sem açúcar dele.

— Como consegue beber assim? É tão amargo — comentei o vendo beber um gole.

Romeo deu de ombros.

— Eu gosto. Não sou muito fã de açúcar.

— Percebe-se — acabei falando sem pensar.

— Como? — perguntou curioso.

Coloquei uma mecha de cabelo atrás da orelha e desviei o olhar para meu copo.

— Ah... nem sei porque falei isso — admiti rindo um pouco envergonhada.

Ele sorriu, mas não respondeu, não tinha o que falar.

Ficamos parados se encarando por alguns segundos, apenas bebendo nossos cafés. Eu pensei que ficaria mais desconfortável com isso, mas por incrível que pareça não me sentia assim.

— O que achou dos meus amigos? — perguntou quebrando o silêncio e em seguida bebendo um gole do seu café.

— Hm... — murmurei pensando por alguns segundos — John e Tomás parecem ser bem divertidos, embora um pouco "invasivos" demais. Douglas não me surpreendeu muito, já que aparentemente é igual quando aparece na televisão — Romeo me observava atento enquanto eu dava minha opinião.

Maldito CEOOnde histórias criam vida. Descubra agora