Capítulo 27 - Diana

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 Acordei com meu celular tocando incessantemente. Ainda sonolenta, o peguei de cima do bidê e atendi sem perder tempo em olhar o número.

— Alô?

— Querida, ainda está dormindo?

Demorei alguns segundos para perceber quem falava.

— Mãe?

— E quem mais seria? — ela ria do outro lado da linha. Preferi não responder essa pergunta.

— Porque me ligou?

— Queria saber como estão as coisas aí, você quase não me manda mensagem.

— Ah, sim... Tá tudo ok. Tchau mãe — fui desligar, mas ela me chamou.

— Jennifer Alves converse com a sua mãe.

— Ok, mãe — falei derrotada.

— Como está o emprego?

Congelei na hora. Ela não podia saber que fui demitida, não sem antes eu arrumar um estágio novo.

— Bem. Tudo normal — menti.

— Não estão te maltratando e exigindo que fique mais horas lá? Porque você sabe que pode recorrer contra isso.

— Está tudo bem, mãe. Sério — a tranquilizei — O pessoal é bem legal comigo — pelo menos nisso eu não estava mentindo.

— Que bom, filha! Assim fico menos preocupada.

— Mãe! Eu tenho vinte e dois anos — a repreendi — Pare de me tratar como uma criança.

— Certo, certo, filha. Mamãe tem que ir, beijinhos — e ela desligou.

— Mas... Essa mulher é impossível — reclamei bloqueando o celular.

Hoje começava mais um dia da minha vida de desempregada. Sim, eu estava fazendo drama, mas quem nunca né?

Demorei um pouco para ter força de vontade de sair da cama, mas, quando aconteceu, consegui trocar de roupa e ir para a cozinha preparar meu café da manhã. Comi uma tigela de cereal e me deitei no sofá para assistir televisão, o que viria a ocupar grande parte do meu dia, já que eu não tinha mais nada para fazer além de esperar que alguma empresa me chamasse para entrevista.



	Estava terminando de arrumar minha mala para a viagem que faria naquele dia, passaria a semana em São Paulo à trabalho

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Estava terminando de arrumar minha mala para a viagem que faria naquele dia, passaria a semana em São Paulo à trabalho. Eu já estava acostumado com aquele tipo de viagem rápida, já fizera muitas ao longo dos anos que venho sendo o diretor executivo da Indústrias Russo. Meu pai me deixou essa grande responsabilidade e eu a agarrei com força, não queria decepcioná-lo.

Meu telefone brilhou ao lado da mala que estava sobre a cama, era uma mensagem de Natasha. Ela tinha me ligado há alguns dias pedindo que nos encontrássemos, eu claramente recusei. Não entendia porque ela queria me encontrar depois de quatro anos, depois do que ela fez comigo. Eu não iria cair em qualquer historinha que ela viesse a inventar.

Maldito CEOOnde histórias criam vida. Descubra agora