Capítulo 2 - prazer... sozinha!!!

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 Depois de passar aquela tarde estudando, tomei um bom banho e fui me trocar para ir à festa com Magui. Vesti uma saia colada preta e um cropped azul marinho tomara que caia, nos pés coloquei um salto não muito alto preto. Era o estilo de roupa que eu usava quando ia para aquele lugar.

Ouvi a campainha tocar assim que terminei de me maquiar, minha mãe foi atender. A voz alta de Magui chegou aos meus ouvidos, e olha que eu estava com a porta do quarto fechada. Aquela garota falava muito alto, por isso era péssima em fofocar.

Quando saí do quarto, vi minha amiga conversando com minha mãe. Magui era preta de pele clara e usava tranças no cabelo, era uma das garotas mais lindas da faculdade sem sombra de dúvidas. Ela cursava agronomia na PUCRS e gostava de se chamar de "mãe de planta". Naquela noite estava usando um vestido colado amarelo queimado que ficava maravilhoso em seu corpo magro.

Assim que me viu, ela correu na minha direção e me abraçou.

— Olha se não é o amor da minha vida — brincou.

Eu ri.

— Oi, xuxu.

— Pronta para rebolar a raba até o chão? — perguntou ao se afastar.

Minha mãe olhou feio em nossa direção.

— Deixa disso, tia Helena. Você sabe que somos duas santas.

Revirei os olhos com a fala da minha amiga e a puxei pelo braço.

— Vamos antes que ela me tranque no quarto.

— Não é uma má ideia — a mais velha respondeu, nos fazendo correr para fora do apartamento.

Já no táxi que Magui chamou, começamos a conversar durante o caminho até a boate.

— Quando sua mãe vai entender que você já tem vinte dois anos? Não é mais uma criança — minha amiga argumentou.

— É difícil para ela se separar de mim, sempre fomos só nós duas — expliquei.

Meu pai nos abandonou quando eu tinha apenas cinco anos, mal me lembro dele. Minha mãe ficou muito arrasada, jogou fora tudo na nossa casa que remetia a aquele homem. Daquele dia em diante ela passou a se apegar muito à mim, e eu à ela. Foi por isso que aceitei sem reclamar quando ela disse que sairíamos de São Paulo, pois eu sabia que ela não conseguiria viver longe de mim.

— Mas uma hora isso vai acontecer, e vocês duas tem que estar preparadas para isso.

Eu não concordei nem discordei, pois sabia que aquele momento demoraria a chegar.

Logo o táxi parou em frente ao nosso destino, que não ficava muito longe de onde eu morava.

Fomos até a entrada da boate. Ela ficava entre dois prédios, mas ocupava um bom espaço. Sua fachada era bem iluminada, com a escrita "Blue Night" em neon no topo da porta de entrada. Ainda na calçada demos de cara com dois seguranças que pediram nossas identidades. Confirmado que éramos maiores de idade, nos deixaram entrar no local.

A luz lá dentro era escassa, não nos deixando ver as outras pessoas com muitos detalhes, o dava uma aura diferente ao lugar. O meio era um grande espaço aberto, mas nas beiradas se encontravam sofás e pequenas mesas onde o pessoal poderia relaxar e conversar com os amigos, e mais ao fundo o bar. Eu e Magui fomos direto na pista de dança em que já havia várias pessoas curtindo a música funk que estava tocando no momento. Não demorou muito para que começassemos a dançar assim como o resto.

Depois de um tempo, Magui já estava enganchada em um cara o beijando enquanto eu dançava ali por perto para não perdê-la de vista. Decidi me afastar por alguns minutos para ir buscar uma bebida e quando voltei a garota continuava lá na mesma situação. Eu apenas ri e bebi meu drink, vodka com energético.

Maldito CEOOnde histórias criam vida. Descubra agora