Capítulo 4 - uma boa transa

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 Passei o resto da semana entre o trabalho e a faculdade. Me aproximei mais do pessoal do meu andar, indo almoçar todos os dias com eles. Descobri várias coisas interessantes sobre as pessoas que trabalhavam na Indústrias Russo, inclusive sobre o próprio Senhor Russo.

Aparentemente o cara era um baita de um mulherengo, já havia ficado com quase todas as mulheres do nosso andar e de alguns mais acima. Disseram também que ele era lindo de morrer, o que só deixava a primeira afirmação mais óbvia, quem não abriria as pernas para um deus grego?

Quando a sexta-feira finalmente chegou, combinei com Magui de irmos novamente à nossa boate preferida. Tínhamos o costume de ir para lá todas as sextas quando nos conhecemos, mas com o tempo percebemos que estava ficando muito caro e monótono. Agora íamos uma ou duas vezes por mês, o que já era ótimo.

Naquela noite, coloquei um vestido colado vermelho vinho que era sustentado por duas finas alças, nos pés um salto alto preto de amarrar nos tornozelos. Meus cabelos loiros estavam presos em um rabo de cavalo firme.

Magui veio na minha casa e juntas fomos de motorista de aplicativo até a boate. Como era sexta, o lugar estava um pouco mais cheio do que nos dias de semana, mas não me importei, só queria beber e dançar.

Comprei uma bebida no bar, gim tônica. Não demorou muito para eu sentir os efeitos do álcool no meu organismo. Fui para a pista e comecei a dançar, rebolando no ritmo da música que estava tocando. Eu já não sabia mais onde Magui estava, provavelmente beijando alguém em algum canto da boate.

Depois de um tempo dançando, senti alguém se encostar atrás de mim. As mãos que seguraram minha cintura me eram familiares. Continuei rebolando deixando o cara excitado, até que ele sussurrou no meu ouvido.

— Te encontrei aqui de novo, seria o destino?

Meu corpo retesou na hora, era o mesmo cara da outra vez que vim aqui.

Me virei para encará-lo, mas novamente os efeitos do álcool com a pouca luz não me permitiram ver muita coisa. Fiquei na ponta dos pés e encostei meus lábios em sua orelha.

— Vai me abandonar de novo? — quase ronronei.

Ele escondeu o rosto na curva de meu pescoço e senti que estava sorrindo.

— Dessa vez não.

Segurei o rosto dele e o puxei na direção do meu, chocando nossas bocas. Não dei tempo de ele pensar duas vezes, pedi passagem com a língua e, quando ele cedeu, iniciei um beijo selvagem e desesperado. Ele retribuiu.

Suas mãos pousaram em minha bunda, me puxando para mais perto. Envolvi meus braços em seu pescoço e emaranhei meus dedos em seu cabelo, puxando de leve.

Conseguia sentir a ereção dele contra minha barriga, mostrando o quanto ele me queria. Eu não precisava dizer que o desconforto entre minhas pernas demonstrava a mesma urgência.

— O que eu quero fazer com você — falei no ouvido dele separando nossos lábios — Não é permitido em público.

O homem entendeu minha mensagem, pois agarrou meu pulso e me puxou em direção a uma das saídas da boate, a que levava até o estacionamento. O lugar era aberto, mas sem iluminação, o que resultou em eu não enxergar nada, mas o desconhecido sabia exatamente para onde ir.

Paramos em frente a um carro que eu não reconheci a marca, mas sabia que era luxuoso. O homem abriu a porta do banco de trás e eu entrei primeiro, sendo seguida por ele.

— Não vai mesmo me dizer seu nome? — perguntei me apoiando nos cotovelos esperando ele se acomodar sobre mim, nosso espaço lá era um pouco limitado.

Maldito CEOOnde histórias criam vida. Descubra agora