Capítulo 16 - você é minha exceção

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 Durante o trabalho, tentei não me distrair muito, querendo focar cem por cento em minhas tarefas naquele dia. Eu sentia que Jônatas olhava em minha direção mais que o normal, mas decidi ignorá-lo. Nós veríamos naquela noite de qualquer forma.

No final do expediente, peguei o ônibus e voltei tranquila para casa. Aproveitei a tarde para estudar e depois, uma hora antes de eu sair, Magui apareceu para me ajudar.

Escolhemos juntas a roupa que eu ia usar naquele dia, uma saia jeans até metade dos joelhos e um body preto com alguns brilhos espalhados por sua extensão. Nos pés, coloquei um salto plataforma preto, concluí o look com minha bolsa de mesma cor. Magui fez uma maquiagem leve em meu rosto, mas que realçava meus olhos claros. Eu estava de arrasar, foi o que ela disse.

Recebi uma mensagem de Jônatas pedindo o número do apartamento, coisa que eu havia esquecido de avisar quando ele pediu meu endereço hoje mais cedo. Mandei a mensagem e poucos segundos depois escutei o interfone tocar.

— Já estou descendo — falei ao atender o telefone e então desliguei sem que ele tivesse chance de responder.

Me despedi de Magali e sai do apartamento, pegando o elevador para o térreo. No lado de fora, encontrei Jônatas apoiado em um carro popular prata. Ele sorriu quando me viu chegar, sorri de volta. O garoto estava vestindo uma calça jeans e uma blusa social, estava mais ajeitado do que eu era acostumada a ver, e até mais bonitinho.

— Oi — falei parando na frente dele.

— Você está linda.

— Obrigada!

Ele abriu a porta do carona para mim e eu entrei, logo depois ele deu a volta no carro e sentou no banco do motorista. Coloquei o cinto de segurança e esperei enquanto Jônatas fazia o mesmo e ligava o carro, dando partida para longe de meu apartamento.

— O restaurante é muito longe? — perguntei tentando puxar algum assunto para que não ficasse instaurado um silêncio dentro do carro.

Percebi Jônatas apertar o volante com mais força, ele parecia nervoso.

— Hã... não muito. Estamos quase chegando.

Concordei com a cabeça e virei para a janela, prestando atenção nos prédios e casas que passavam, ou melhor, nós passávamos por eles.

Como dito por Jônatas, alguns minutos depois ele estacionou o carro em uma área destinada a isso na frente de uma construção cheia de luzes. Quando saímos do carro, fomos em direção ao local, entrando no mesmo e sendo recebidos por uma lufada de ar quente.

Um atendente logo veio em nossa direção.

— Mesa para dois? — ele perguntou segurando um bloquinho.

Eu e Jônatas concordamos com a cabeça e então seguimos o garçom.

Sentamos em uma mesa um pouco afastada, mas que ficava ao lado da janela, o que nos dava uma bela vista do pequeno jardim ao lado do restaurante.

Peguei o cardápio e dei uma lida. Tudo parecia ser muito bom.

— Que tal dividirmos uma pizza? — sugeri a ele.

— Ótima idéia. De qual sabor?

— Frango?

— Perfeito — Jônatas levantou a mão chamando a atenção do garçom e então fez nosso pedido, uma pizza e duas cervejas.

— Vai conseguir dirigir depois de beber? — perguntei ao ver que ele também iria ingerir álcool naquela noite.

Ele concordou com a cabeça.

Maldito CEOOnde histórias criam vida. Descubra agora