Capítulo 18 - presa com o CEO

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    Me encolhi no canto do elevador enquanto observava Romeo tentar resolver nosso problema. Ele clicou no botão de emergência do elevador, mas nada aconteceu. Parecia que aquele não era mesmo o nosso dia de sorte.
    — Não tem nada que possamos fazer? — perguntei após alguns minutos de silêncio.
    Romeo puxou o topete para trás, parecendo frustrado, e negou com a cabeça.
    — Sem o suporte técnico, vamos ter que ficar aqui esperando.
    Peguei meu celular de dentro da bolsa, quem sabe se eu ligasse para a Daniela ela dava um jeito de nos tirar daqui. Mas o que eu me deparei foi estar sem sinal, eu já deveria ter imaginado que isso fosse acontecer. O destino realmente me odeia.
    — Não tem sinal dentro do elevador — ele falou o óbvio.
    Suspirei frustrada e larguei minha bolsa no chão, sentando em seguida.
    — Não gosta da minha companhia, Jennifer? — Romeo perguntou sentando ao meu lado no piso do elevador.
— O que? — perguntei confusa — Ah, não. Não é isso — esclareci ao perceber que o jeito que me comportei parecia que eu não gostava dele — Eu só… tenho coisas pra fazer, tipo ir pra faculdade, mas sabe-se lá quando vamos conseguir sair daqui — abracei meus joelhos e apoiei o queixo em um deles.
Romeo ficou encarando a porta e vários minutos se passaram, nada de o elevador se mexer.
— Ah essas horas já devem todos ter ido embora — ele falou quebrando o silêncio.
Olhei para ele, que olhou para mim também. Ficamos um tempo assim, apenas encarando um ao outro. Como fui me meter numa enrascada dessas? Ficar presa no elevador com meu chefe, meu deus. 
— Podemos conversar — ele sugeriu — Digo… para passar o tempo, já que provavelmente ficaremos trancados aqui até amanhã.
— Você está brincando né?
Ele negou com a cabeça.
Até amanhã? Meu deus isso só ficava pior. Como eu iria explicar o que aconteceu para a minha mãe, e o pessoal do trabalho. Iam achar que nos trancamos no elevador de propósito, para fazer algo que já dá pra se imaginar sem eu precisar falar todas as palavras.
— Como eu disse, vamos passar um bom tempo aqui. Acho melhor arrumarmos algo para nos distrair.
Encarei meu chefe e mordi meu lábio inferior. Ele estava certo. Ficar em silêncio só me estressaria mais ainda, fora todo o nervosismo por estar trancada em um elevador com Romeo Russo.
— Ok, você venceu. Sobre o que quer falar?
— Você.
— Sobre mim? — perguntei surpresa. Ele concordou.
— Vi na sua ficha que veio de São Paulo. Por que se mudou?
Certo, então íamos falar sobre minha vida.
— Bem… nada muito especial ou emocionante. Minha mãe foi transferida para cá, e eu decidi vir junto.
— E seu pai?
Romeo era direto até demais.
— Ele nos abandonou muito antes disso — respondi dando de ombros, não era como se eu precisasse do homem que infelizmente eu tinha que chamar de pai.
— Então veio para Porto Alegre com sua mãe para não deixá-la sozinha?
— Exatamente — concordei sorrindo fraco. Ele parecia compreender.
— Pretende voltar para São Paulo um dia?
Me permiti pensar por alguns segundos. A única coisa que eu tinha em São Paulo era minha família, mas não era o suficiente para eu querer voltar.
— Acho que não. Eu gosto daqui, e das pessoas também. Já finquei minhas raízes em poa, não faria sentido eu voltar.
A expressão de Romeo era estranha, mas ele me encarava intensamente. Eu pagaria para saber o que se passava na cabeça dele naquele exato momento.
— E você? Sempre morou em poa? — perguntei querendo saber sobre ele também.
O senhor Russo se recostou na lataria do elevador e desviou o olhar para frente.
— Nasci aqui, mas morei um bom tempo fora. Com dezoito me mudei para Nova Iorque e voltei faz menos de três anos.
Eu havia ouvido dizer que ele morava nos Estados Unidos, mas não sabia que fora por tanto tempo.
— O que te trouxe de volta ao Brasil? — perguntei curiosa.
— Várias coisas, mas principalmente o posto de Diretor Geral das Indústrias Russo. Meu pai achou que estava na hora de eu ocupar seu posto.
Senti que ele não pretendia me contar os "outros motivos" de sua volta, então decidi não insistir. Não tínhamos intimidade o suficiente para eu encher o saco dele, afinal, acima de tudo Romeo era meu chefe.
— E você gosta do trabalho?
Ele concordou com a cabeça.
— Poderia ser pior, mas fiz grandes amizades aqui dentro que eu não trocaria por nada. 
Sorri pensando nos amigos que também fiz por causa do emprego que arrumei na empresa da família de Romeo. Eu também não os trocaria por nada.
— Você fica bonita sorrindo — ele comentou me fazendo arregalar os olhos surpresa. Coloquei uma mecha atrás da orelha e sorri envergonhada.
Como ele tinha coragem de falar esse tipo de coisa assim do nada, principalmente preso comigo em um elevador. Além de que ele era meu chefe! Isso foi totalmente inapropriado, assim como os emails que trocamos alguns dias atrás. Mas porque eu senti meu coração acelerar?
— Eu… bem…. Obrigada — me enrolei ao falar. O que estava acontecendo comigo? Desde quando eu era ruim em receber elogios?
Romeo se inclinou para perto de mim e estendeu o braço, colocando meu cabelo atrás da orelha, assim podendo ver melhor meu rosto. Eu provavelmente estava parecendo um pimentão de tão vermelha que me encontrava. O que ele estava fazendo comigo?
— Senhor Russo… — comecei a sussurrar, mas ele colocou um dedo sobre meus lábios. Um pedido de silêncio que concordei em seguir.
— Você deve saber que eu não me envolvo com funcionárias da empresa — ele falou e eu concordei com a cabeça, já havia escutado a história — Mas estamos presos em um elevador, passaremos muito tempo juntos e eu não vou conseguir aguentar tanto tempo sem fazer algo que eu estou querendo desde que te vi pela primeira vez aqui na empresa.
A essas horas minha respiração estava trancada e meus pulmões quase explodindo, mas consegui tomar fôlego para fazer a pergunta crucial.
— E o que seria?
Romeo aproximou o rosto do meu, eu conseguia sentir sua respiração contra meu rosto.
— Isso — ele não perdeu tempo e tocou os lábios nos meus, iniciando um beijo longo e calmo.
Deixei que sua língua entrasse em minha boca, aprofundando aquele beijo para algo mais urgente. Por algum motivo senti um sensação de dejavú, como se eu já tivesse provado lábios como os de Romeo antes. Mas aquilo era impossível, eu me lembraria se já tivesse beijado o senhor Russo antes.
Subi no colo dele, segurando seu rosto com minhas mãos, o puxando para mais perto. Romeo segurou em minhas coxas, as apertando de leve. Eu podia sentir um volume se formar embaixo de sua calça, estava roçando contra minha intimidade coberta apenas pela calcinha, já que naquele dia eu fora vestindo uma saia até os joelhos.
Nem passava pela minha cabeça o fato de estar beijando meu chefe. Era tanta loucura que eu já nem estava mais preocupada com isso.
Escutei Romeo rosnar entre nosso beijo e então ele levantou minha saia, subindo as mãos por minhas coxas desnudas, até chegar no centro de minhas pernas, local onde eu sentia um calor começar a se formar.
Gemi baixinho quando ele deslizou os dedos por sobre a calcinha, parecia querer me torturar com aquilo. A aquela altura do jogo eu já nem pensava mais nas consequências de meus atos, eu só queria que Romeo me fodesse.
Percebendo minha impaciência, ele afastou minha calcinha e tocou em minha intimidade, começando movimentos circulares sobre meu clitóris. Não consegui segurar o pequeno suspiro de satisfação que fugiu de meus lábios, aquilo era bom demais.
Romeo movimentou mais rápido seus dedos e, quando eu estava começando a sentir o orgasmo chegar, ele parou o que estava fazendo e introduziu o indicador e dedo médio em minha vagina. Começou com movimentos de vai e vem, causando um som abafado conforme ele aumentava a velocidade. Eu já não sabia mais o que estava fazendo quando apertei minhas coxas contra as dele e segurei com força seus ombros, deixando o orgasmo tomar conta de meu corpo. Um gemido agudo escapou de meus lábios antes de eu deitar a cabeça no ombro de Romeo.
— Hmm — murmurei fechando os olhos e deslizei uma de minhas mãos pelo peitoral dele. Romeo permaneceu imóvel, mas eu conseguia sentir sua ereção ainda ali.
Sem dizer nada, desci minhas mãos até o fecho de sua calça e a abri. Romeo percebeu o que eu pretendia fazer, talvez por isso tenha intervido.
— Eu não tenho camisinha — declarou.
— Relaxa — falei me afastando um pouco para olhá-lo nos olhos — Eu não estou no meu período fértil e todos os meus exames estão em dia.
Ele me olhou com as sobrancelhas arqueadas, mas não impediu que eu continuasse meu trabalho. O ajudei a abaixar um pouco a calça e a cueca, revelando seu amigo ereto e pulsante.
Afastei minha calcinha como Romeo havia feito antes e, com delicadeza, encaixei seu pênis em minha entrada, começando a sentar devagar com movimentos de sobe e desce.
Quando olhei para Romeo, ele estava de olhos fechados e mordia o lábio inferior, foi uma das coisas mais sexys que já vi em toda minha vida. Aquilo só me motivou a acelerar meus movimentos, o que me arrancou um suspiro de prazer.
As mãos de Romeo apertaram minhas coxas conforme chegávamos ao nosso clímax. Ele chegou antes que eu, soltando um gemido que abafou escondendo o rosto em meu ombro. Eu continuei por mais alguns segundos, até que alcancei meu segundo orgasmo naquele dia. Quando Romeo saiu de dentro de mim, uma mistura de nossos gozos escorreu por minha perna, evidenciando o quão intensa aquela transa fora.
Ainda em seu colo, encostei minha testa na dele e permanecemos daquela forma por alguns segundos, os dois ofegantes e satisfeitos. Não sei porque, mas sentia que tínhamos uma espécie de conexão.
E de repente voltei a sanidade e percebi que eu havia acabado de transar com o CEO da Indústrias Russo, vulgo meu chefe, em um elevador!
— Meu Deus! — falei saindo de cima dele e o assustando — Isso foi muito, muito errado.
— Eu não usaria essa palavra.
Lancei um olhar descrente na direção dele.
— A gente não podia ter feito isso.
Romeo ajeitou seu membro dentro da calça e olhou para mim. Ele não parecia muito preocupado.
— Quando saírmos desse elevador, esquecemos tudo que aconteceu. Assim fica bom pra você? — propôs de forma tranquila.
Concordei com a cabeça no mesmo segundo. Eu não queria ser taxada como a aproveitadora que transou com o chefe para tentar ser promovida. 
Romeo estendeu o braço e segurou minha mão, me puxando para mais perto dele. Ele envolveu meu corpo com o braço, e por impulso acabei deitando a cabeça em seu ombro.
— Eu tenho uma dúvida — falei após alguns minutos de silêncio.
— Sou todo ouvidos.
— Por que disse que queria me beijar desde que nos conhecemos? Digo… não aconteceu nada demais naquele dia — eu lembrava claramente da primeira vez que vi o senhor Russo. Imponente e exalando poder enquanto ia em direção a sua sala, e depois um pouco assustador ao me fazer um questionário de perguntas enquanto me encarava com seus gélidos e determinados olhos azuis.
Romeo pareceu pensar demais na resposta.
— Bem… quando te chamei na minha sala naquele dia, além de linda, você parecia ser determinada, como se soubesse o que quer. Sei que te deixei um pouco nervosa, mas é que eu estava admirado com seu otimismo e autoconfiança. Queria testá-la para ver se não era apenas encenação.
— E a que conclusão você chegou? — perguntei intrigada. Não sabia que aquele tipo de coisa havia passado pela cabeça dele enquanto me enchia de perguntas.
— Que você é incrível.
Senti um calor subir para meu rosto.
— Não pode estar falando sério — retruquei tirando a cabeça de seu ombro e desviei o rosto para o lado contrário dele. Romeo levou a mão ao meu rosto e me obrigou a encará-lo.
— Eu estou. No dia do evento de caridade você também se saiu muito bem. Eu gosto da sua sinceridade, e em como não se deixou abater pelos comentários idiotas que alguns homens fizeram para você. Fora que estava linda com aquele vestido, eu precisei me segurar muito para não beijá-la na limusine.
— Eu… — não sabia o que dizer depois de receber tamanho elogio. Sério, como que se reagia a isso? — Senhor Russo… — todas as palavras fugiram da minha mente.
— Por favor, me chame de Romeo — ele insistiu mais uma vez.
Engoli em seco e sorri para ele.
— Obrigada, Romeo.
Ele sorriu de volta.
— De nada.

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