Para a minha surpresa, minha mãe nem percebera que eu passei a noite fora, pois ela fez o mesmo. Dona Helena dormira na casa do novo namorado, o culpado por eu ter que ir dormir na casa de R no dia do evento de caridade. Eu estava feliz por ela, era até melhor do que ser interrogada como teria acontecido se ela tivesse dormido em casa. Achei melhor não contar o que aconteceu.
Passei o resto da tarde depois do trabalho estudando, pois perdera uma noite inteira presa no elevador, precisava recuperar a aula que não assisti. Depois de ter colocado os estudos em dia, entrei no grupo do whats que tinha com meus colegas de trabalho, o assunto do momento parecia ser eu e o senhor Russo.
"Se fosse eu presa lá com o senhor Russo não vou nem contar o que eu faria com ele" — mandou Tulipa.
Eu respondi apenas com alguns emojis de risada.
"Você é muito pervertida" — respondeu Amanda.
"Podem ter certeza que eu nunca mais ando de elevador
Estou traumatizada" — mandei brincando.
"Traumatizada com o que viu?
Me conta como era" — novamente Tulipa maliciando tudo.
Eu sabia do que ela estava falando, e sabia como era, mas meus colegas de trabalho não precisavam saber dessa informação. O que aconteceu no elevador fica no elevador, foi o que combinei com Romeo.
"Tulipa você é inacreditável" — Daniela mandou entrando na conversa.
"Gente, já falei que não aconteceu nada kkkk" — eu precisava que elas acreditassem nisso.
"A Tulipa está inventando histórias na cabeça dela" — Amanda mandou parecendo acreditar em mim.
"Vocês sabem que eu amo uma boa fanfic" — Tulipa se defendeu, fazendo com que todos nós mandássemos emojis de risada.
Me despedi das garotas decidida a ir dormir, havia sido um longo dia. Eu ainda estava cansada por ter dormido mal no elevador, precisava de uma boa noite de sono para me recuperar.
Acordei no outro dia renovada, embora com uma dor insistente nas costas. Recebi uma mensagem de Romeo avisando que eu não precisava ir trabalhar, mas mesmo assim eu quis. Não acontecera nada grave, eu tinha totais condições de aparecer na empresa, e foi o que eu fiz.
Chegando lá, comprimentei meus amigos como sempre e então fui até minha mesa. Preenchi alguns relatórios e aprovei documentos que me foram enviados por email. Tive uma pequena discussão com o pessoal do marketing, mas conseguimos chegar a um acordo bom para todos. Minhas funções aumentavam cada vez mais na empresa, e eu estava adorando.
Lembrei então de como Romeo me elogiou no elevador. Ele estava falando sério quando disse que gostava do meu otimismo? E principalmente, ele realmente me achava bonita? Depois do que ouvi no banheiro no evento de caridade, achei que aquelas garotas estivessem certas, que eu era apenas uma qualquer sem uma beleza exuberante. O que Romeo me falou no elevador não batia com a opinião delas. Acabei sorrindo enquanto pensava nele.
— Ei, Jenn — era Jônatas falando, ele vinha em minha direção.
— Sim?
— Eu... — ele cruzou os braços parecendo um pouco nervoso — Eu queria saber se você não quer ir comigo no jogo de sábado. Ouvi dizer que você torce para o Grêmio, e bem... eu tenho dois ingressos pro jogo.
Sorri empolgada. Eu tinha me esquecido completamente do jogo! E provavelmente os ingressos já estavam esgotados, ir com Jônatas era minha única oportunidade de assistir o jogo ao vivo.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Maldito CEO
RomanceSérie Malditos Galãs- Livro 1 Quando Jennifer Alves conseguiu um emprego na sede de uma das maiores indústrias farmacêuticas do Brasil, não imaginou que teria que lidar com um CEO bipolar, e muito menos que conheceria na mesma época um cara misterio...