Capítulo 03

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Movimento mais um pouco sobre o homem abaixo de mim chegando próximo ao meu limite, seus dedos ajudam a liberar meu orgasmo assim que ele consegue o seu e gemo com o prazer me inundando.

Me jogo na cama do seu lado ofegante, suada e momentaneamente relaxada com um negro gato e delicioso do meu lado, sem contar seus seis anos mais novo que eu, no auge dos seus vinte aninhos e amanhã vai se gabar para os colegas da faculdade que pegou uma mulher mais velha, mas eu não me importo por que no final nós dois saímos ganhando.

- Você é demais. - Diz após jogar a camisinha fora e se jogar do meu lado.

Eu uso DIU por que não sou a melhor pessoa para lembrar de tomar anticoncepcional oral, entretanto doenças sexualmente transmissíveis então aí e a camisinha é sempre minha boa e velha companheira, acompanhada de exames regulares. Desvantagens de se ter uma vida sexual muito ativa, precisa estar ligado sempre.

- Eu sei querido. - Nunca disse que modéstia faz parte de mim. - Você não foi nada mal.

Dou uma batidinha em seu ombro antes de me levantar da cama e procurar minhas roupas pelo chão a vestindo de volta.

- Não podemos ter outro round? - Pergunta colocando o braço abaixo da cabeça.

Paro somente de calcinha e blusa no meio do seu quarto que também é a sala do seu apartamento studio, bem universitário. Não gozei durante a transa, mas como não tenho vergonha de falar do que gosto e quero ele aprendeu direitinho me recompensando na segunda vez.

Observo o tanquinho iniciante brilhando pelo suor aparente, a pouca pelagem fina e negra no seu peito e abaixo do abdômen com seu membro em riste. Quando ele me pega o observando sorri de lado começando a se masturbar lentamente e me encarar faminto. Acho que posso ficar mais uma horinha aqui com toda certeza.

Meu corpo, minha vida, meu tempo e os uso com quem e como eu quiser.

●●●

Entro no elevador com meu copo em mãos partindo para o andar do nosso escritório. Estou cansada da noite passada, mas não tenho uma noite descente de sono a muito tempo pra dizer que foi somente por isso que não durmi bem, mas nada que um bom café não resolva.

- Bom dia chefa. - Ela só revira os olhos como sempre.

No início não era nem um pouco com a cara de Jéssica, fala sério, me infernizou muito. Porém foi só ver essa mulher nos tribunais que fiquei doida, me inspirou e ne inspira até hoje, somos uma excelente dupla.

- A marca no pescoço me faz crer que foi um ótimo dia... ou noite. - Rebate divertida sendo minha vez de revirar os olhos.

- Olha quem fala. - Ironizo indo pra minha sala, porém seu chamado me para.

- Vai trabalhar de noite?

- Segunda é dia. - Afirmo já entrando na minha sala.

Uma pilha de casos me espera como sempre, suspiro analisando o lugar vendo que cheguei longe. Hoje possuo minha própria sala num escritório com advogados bem reconhecidos, tendo uns que já trabalharam com juízes e promotores, isso inclui minha chefe, então sim, eu cheguei longe.

Passo boa parte do dia ocupada tendo reunião com um novo cliente e estudando alguns casos lembrando dos compromissos e audiências que tenho essa semana. Como toda segunda depois do expediente vou direto para o bar, quase que minha segunda casa. Entrar nessa com meu primo foi o negócio mais promissor que poderia fazer.

Ian é um cara inteligente e bem vivido digamos assim, voltando de uma viagem a trabalho ele me falou de um bar em que um dos caras o levou, a idéia era parecida com a que temos hoje, a diferença era que nesse tal bar a ala separada era quase que um clube de swing, entretanto isso tem muito na cidade.

Depois de amadurecermos as idéias, visitamos alguns outros lugares, todos relacionados ao sexo mas com pegadas compeltamente diferentes uma da outra, no fim meu primo jogou tudo pro alto largando o emprego em escritório tendo todo seu tempo focado exclusivamente em nosso negócio. Nos tornamos sócios e como ainda estava terminando a faculdade usei isso para colocar tudo que aprendi em jogo, como ele tinha uma grande noção administrativa nós conseguimos erguer a Open até que com certa facilidade, no ano seguinte já conseguimos ver o início retorno de todo nosso investimento e nunca mais parou.

Nós meio que recríamos um montante de ideias dos cubes de sexo em que estivemos, porém com algumas melhorias, tendo cuidado com as regras mas criando um lugar... livre, digamos assim. O bar é totalmente normal como qualquer outro que você encontra em Nova York, qualquer pessoa que andar pela rua e resolver entrar para tomar um drink não vai sequer imaginar o que se tem por trás se não for convidado a isso.

Temos quartos individuais hoje programados por um aplicativo próprio que a alguns meses pedi para Jay fazer, neles você faz sua reserva antecipadamente ou não e leva quem quiser sendo de comum acordo, dois, três, quatro pessoas, a vida é sua então se sinta livre para explora-lá. Porém tomamos um extremo cuidado ao associar os clientes, temos de políticos a pessoas comuns, sempre os investigamos para ter certeza que não haverá problemas.

Como vivemos em um mundo que confiar até mesmo na própria sombra é difícil temos nossos meios para evitar qualquer ação errada, qualquer tentativa de agressão ou extupro dentro das nossas dependências é inadmissível.

A primeira vez que isso ocorreu eu peguei o caso pro bono da mulher que foi dopada e antes mesmo dele conseguir tirar suas roupas já tínhamos a tirado do lugar com provas suficientes contra o maldito. Talvez a fama tenha pego por que é difícil algo parecido ocorrer por aqui.

- Olá queridos. - Cumprimento me jogando na cadeira vaga notando Ian atrás de sua mesa parecendo um maldito mafioso, faltando apenas o charuto e copo de whisky em mãos, e Jack na cadeira ao meu lado que fez um saquinho no ar comigo assim que ocupei o espaço.

O loiro trabalha conosco desde o início sendo o chefe da segurança, e sinceramente quando quer ele dá medo em qualquer pessoa. Hoje ele tem sua própria sala aqui mas teima em ficar sempre na entrada durante as noites, em suas palavras ele consegue ver quando alguém irá dar problemas, e acredite se quiser mas sempre que ele manda ficarem de olho em alguém uma merda acontece - ou tenta acontecer -, por menor que seja.

- Que cara é essa? - O moreno pergunta de cenho franzido.

- De quem foi fodida e trabalhou no dia seguinte. - Gargalhei com o loiro vendo a careta do outro que apesar de ser dono de um ambiente como esse ainda não é tão aberto assim para falar sobre nossas vidas sexuais.

- Acertou como sempre Jack.

- Pelo amor de Deus. - Resmunga. - Essa conversa agora não.

- Se passam os anos e nada muda. - Sentencio divertida por que atormentar a vida dele é meu dever a anos.

- Vamos ao trabalho que é melhor.

- Sim senhor. - Declaramos em uníssono.

Querido Cafajeste - Série Poderosos e Irresistíveis 4Onde histórias criam vida. Descubra agora