Capítulo 02

3.9K 441 50
                                    

- Me salva. - Benjamin pede surgindo do meu lado simplesmente do nada e quase deixo o drink cair pelo susto.

Praticamente todos já se foram, apenas o casal mais novo e improvável Melani e Jacey que continuam com a troca de carícias onde antes também estava sentada, mas como não sou obrigada a ficar de vela vim para o bar sabendo que logo eles iram subir para um dos quarto novos que o loiro reservou mais cedo para comemorarem.

- Inferno homem, o que você quer?

- Aquela morena ali. - Indica discretamente uma mulata linda numa mesa próxima. - Me seguiu a semana toda depois de uma transa e eu falei que entrei num relacionamento com alguém pra ela dar no pé, mas a mulher não acredita.

- Claro que não acredita, você é mais rodado que a roleta russa.

- Ai, essa doeu Dafne. - Coloca a mão sobre o coração fazendo uma cara de cachorro que caiu da mudança antes de sorrir maliciosamente. - Só gosto de distribuir prazer por onde passo.

Argh, Benjamin Connor é o tipo de homem que me atrai de longe sem o mísero esforço. Divertido, alegre, não está atrás de relacionamento como eu e não menos importante é um homem lindo de morrer.

Os cabelos castanhos sempre desalinhados dando um ar sensual junto aos olhos azuis mais escuros e se prestar atenção tem até um ponto mais acinzentado neles. Ombros largos e musculosos mas não como seu irmão que é mais forte, do contrário Ben é definido, não é magro e nem fortão porém com a quantidade certa de massa muscular, acredite, eu já vi.

Benjamin seria o tipo de cara que eu olharia numa boate e passaríamos uma noite quente de sexo fácil, porém como o conheci em outras circunstâncias eu me nego a provar desse homem e conviver com ele no dia seguinte, mesmo sabendo que não sentiriamos nada um pelo outro além do tesão isso não dá certo pra mim, mantenho os homens, principalmente meus casos a uma certa distância.

- O que quer que eu faça Benjamin?

- Sei lá, só me ajuda loirinha.

Loirinha, ele não sabe de nada. Olho pra trás novamente vendo o olhar desacreditado da mulher. Oh minha filha, vou te livrar de uma desilusão amorosa aqui.

- Beleza. - Ele arregala os olhos surpreso. - Vem pra minha frente.

- O que vai fazer? - Pergunta me obedecendo.

- Te ajudar. - Coloco a mão sobre seu ombro. - Agora abaixa o rosto na frente do meu e segura minha cintura como se fizesse isso sempre.

Seguiu a ordem novamente deixando sua respiração muito próxima a minha enquanto olhava para meus lábios.

Bobinho.

- O que você... - Não deixo ele terminar de falar e do mesmo jeito que aproximei o rosto como se fosse o beijar trouxe a mão livre comigo passando forte em seus lábios com o dedo os deixando ainda mais rosados e ele com cara de otário me vendo mexer a cabeça como se estivéssemos nos pegando.

- Prontinho. - Sussurrei dando uma piscadela. - Agora senta do meu lado de frente pra ela e faz a maior cara de um apaixonado safado.

Bati de leve em seu ombro pra ele sair recebendo seu olhar contrariado antes de sentar próximo, muito próximo.

- Fui enganado. - Murmura bravo. - Mas ela está bem chateada.

- De nada. - Rebato e volto a atenção para meu copo.

Tudo bem que por fora estou mantendo a pose como sempre mas por dentro a vontade de ter realmente o beijado ainda está aqui. O cara tem a boca rosadinha e carnuda, fala sério, até a mais santa das mulheres me entenderia se eu tivesse me aproveitado da situação.

Porém eu iria ficar excitada e procurar o primeiro cara desse bar pra abaixar meu fogo, porém hoje meus pensamentos estão distantes então não sei se quero isso, ou quem sabe mais tarde.

- Está indo embora, parece que deu certo. - Fala olhando pra trás de mim com um sorriso.

- Claro que deu certo. - Reviro os olhos, esse cara pega todas mas não entende nadinha de como nós funcionamos, ou entende e estava me usando.

Com toda certeza essa é a opção certa e eu já sabia disso.

- Benjamin você não aguentaria nem uma semana sem "distribuir prazer" por aí.

Digo antes de dar um gole no líquido com sabor de morango e o fundo de álcool, bem leve por que eu sou de lua, tem dia que bebo tudo de mais forte e encho a cara e outros que só drinks fracos são o suficiente.

- Olha quem fala. - Rebate sentando do meu lado e pedindo um whisky ao barman gatinho que flerte as vezes mas nunca passamos disso. - Você e eu somos iguais Dafne, os solteiros e cafajestes do grupos.

- Solteira sim, cafajeste como você não.

- Ah não?

- Não, diferente de você eu não iludo ninguém. - Ele revira os olhos.

- Elas que se iludem sozinhas, eu nunca prometo nada.

- Mas também não avisa que é só sexo.

- Fica subtendido, se estou pegando uma mulher que acabei de conhecer numa boate qualquer fica na cara que não quero romance e entendo que ela também não queira.

Teoricamente ele está certo por que penso assim também, mas não custa nada avisar que não quer nada sério. É isso que eu faço, deixo claro que é uma noite de sexo e ponto, se o cara ainda quiser - o que acontece na grande maioria das vezes - nós acabamos numa cama suados algumas horas depois.

Nem todas as vezes o final da noite é gratificante, antes em muitas delas eu acabava frustrada, hoje eu tenho um sensor maior na hora de procurar um cara que está atrás de prazer mas vai saber me satisfazer também, as vezes bem mais velhos outras bem mais novos que estão de parabéns.

- Se você deixasse o tesão de lado por um minuto e falasse primeiro não teria problemas como o de agora.

- O que tem de errado pegar quem eu quiser e quando eu quiser? - Pergunta com a sobrancelha alçada.

- Nada Benjamin, eu faço o mesmo mas o diferente e que você incocientemente engana as mulheres.

- Como caralhos eu faço isso? - Questiona terminando de beber o líquido que está no seu copo.

- Não avisando que é só sexo. - Ele bufa. - Aposto com você que se procurar uma mulher hoje e deixar tudo as claras que é somente sexo e se possível não dizer seu sobrenome ela nunca vai te procurar.

- Aposta?

- Aposto. - Digo convicta.

- Segunda as oito, se ela não me procurar durante esses dias vou beber de graça a noite toda por sua conta.

Tenho dois dias para mulher não o procurar mais e tenho minhas dúvidas se ele consegue fazer isso por que pelo qie observei o homem tem um faro péssimo dando sempre mole pra quem veio com interesse, sendo assim estendo a mão pra ele aceitando porém nos meus termos.

- Eu escolho.

Querido Cafajeste - Série Poderosos e Irresistíveis 4Onde histórias criam vida. Descubra agora