Capítulo 07

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- Soube da nova reforma.

- As pessoas já estão experimentando e gostando.

- É claro que estão. - Revira os olhos. - A maioria das pessoas gosta de sexo querida.

- A senhora que o diga. - Implico maliciosa recebendo um tapa no braço.

- Olha o respeito menina. - Finge bravura porém sorri no fim. - Mas não digo que seja mentira.

- Claro que não. - Nego com a cabeça pegando a última travessa saindo da cozinha.

Assim que chego a mesa vejo os dois homens conversando enquanto a morena esta voltando assim como minha tia.

Loren e Christian Parker, também conhecidos como meus tios e tutores desde a morte dos meus pais. Ian puxou claramente meu tio em altura e corpo, apesar do mais velho continuar com seus grandes e formosos músculos que trabalhou durante toda vida para conquistar sua barriguinha já não é mais a trincada de anos atrás, com toda certeza isso se refere a cerveja de todo domingo que ele toma regularmente, porém nem ouso falar sobre isso que ele vira uma criança com o maior bico do mundo falando que ainda é lindo e coloca muito novinho no chinelo, o que não deixa de ser mentira.

- Achei que Jack viria.

- Os pais de Fillipo estão passando uns dias aqui.

- Isso explica o por que ele estava tenso esses dias. - Murmuro querendo rir, um homem daquele tamanho com toda certeza está com medo dos pais do namorado, Jesus.

Quando nos conhecemos ele era muito sozinho e não ligava pra isso, até gostava, porém eu e meu primo não e com o tempo excessivo que começamos a passar juntos foi inevitável não o atrair a essa família, ainda mais minha tia sendo aquela clássica acolhedora que quer abraçar a todos.

- O menino italiano fez muito bem a ele. - Falou emocionada, não disse, quer abraçar a todos.

- E a aposentadoria tio? - Me lança uma careta desgostosa.

- Não sei por que inventei isso.

- Por que a idade chegou meu bem. - Responde risonha. - E não é como se ficasse parado o dia inteiro.

- Isso nunca. - Queria não ter entendido que teve um fundo de segundas intenções ali.

- Uh, você chegou a ler o relatório psicológico daquele caso de alienação parental? - Nego com a cabeça e Jessica faz uma careta estranha. - Vai querer comer o fígado daquele pai de meia tigela dela, sinceramente, vai por mim.

- Significa que tenho muito mais vontade de terminar com isso logo. - Ela concorda porém não nos deixam prosseguir a conversa que tanto amamos.

- Não começem essa conversa que daqui a pouco nenhum de nós mais irá entender nada. - Reclama meu tio emburrado por que o homem odeia se sentir de fora.

- Podemos falar sobre compras.

- Engraçadinha.

- É sério, estamos precisando disso.

- Concordo, preciso renovar algumas peças. - Fala olhando para meu primo e por Deus, nunca vi sorriso mais cafajeste que esse.

- Vida de recém casados querida. - Dona Loren exclama pra mim. - Um dia saberá como é.

Meu rosto retorcido provavelmente não passou despercebido já que a conversa acaba e fica aquele silêncio constrangedor de quem não sabe o que dizer.

- Scott deu notícias?

- Nós falamos a alguns meses mas nada irrelevante. - Dou de ombros por que apesar de ter contato com ele não quero preocupar ninguém.

- Quando vai encontrar alguém minha menina? - Suspiro tentando não ficar chateada.

Minha tia é sonhadora e desde de que colocou seus olhos em mim fez de tudo para que eu fosse feliz, mas não entende meu lado nesse caso.

- Tia. - Repreendo cansada.

- Ainda com esses pensamentos?

- Não consigo ter outros, não ainda. - Não levanto o olhar por que com toda certeza irei ver sentimentos que não quero, por isso lanço um mínimo sorriso mudando de conversa. - Mas para alegrar seus dias tem o casal dez que não dou um ano para te darem netos.

O engasgo dos dois é perceptível fazendo-me cair na gargalhada enquanto minha tia começa todo o papo de que quer ter netos logo para ser uma avó jovem e conseguir falar a mesma língua que eles, entretanto noto os olhares do meu tio sobre mim, com uma preocupação sempre presente.

Lhe lanço um sorriso sincero querendo demonstrar que está tudo bem ou ao menos ficará recendo um olhar acolhedor de volta. Desde que minha família faleceu eles são tudo o que tenho, Christian foi o primeiro rosto que vi e se preocupava genuinamente comigo, com uma criança agora sozinha no mundo e não parou até me ver bem. Diria que ele me salvou de muita coisa, até da minha própria mente. Para todos eu sou apenas a filha da irmã adotiva de Loren que quando ficou só foi acolhida pela família Parker, entretanto vai muito além disso e simplesmente não gosto de falar ou comentar, é doloroso demais pensar em tudo que ocorreu.

Estou odiando essa aposta, até onde ela vai?

No dia em que dormi na casa do Connor ainda fiquei para o café da manhã conhecendo a Ana, que em suas palavras assim que David foi morar com Hayley ele a furtou para sua casa, a senhora apenas sorriu divertida.

Descobri que o primeiro andar é realmente uma garagem super grande e que o maldito tem a porra de quatro carros, QUATRO! Qual a necessidade disso? Nenhuma eu sei e ele também, mas disse que gosta e não tem com quem gastar dinheiro então gasta com ele mesmo. Admito que são carros lindos mas ainda não vejo necessidade alguma, porém é o dinheiro dele então que se foda.

Desde então o homem está mesmo empenhado na tarefa de nos conhecermos, está sendo natural e tenho descoberto muitas coisas sobre ele.

Sem nem tocar, não burla Benjamin se não vou ganhar e você estará ferrado.

Deveria estar o fazendo desistir e não insistir na aposta, mas fazer o que se preciso dele para jogar também, assim fica mais emocionante.

Depois de passar um bom tempo com minha família voltei para casa apenas com a vontade de tomar um banho e descansar, por isso enchi a banheira - coisa que não faço sempre - e agora estou aqui na água agora morna com os braços sobre um apoio de madeira maravilhoso que passa de um lado ao outro firmando nas bordas e evite da desastrada deixar o celular cair.

Que droga baby, sai para jantar fora e estou recusando olhares.

Oh que pena, se levante e vai embora antes de cair na tentação... não, não, fica ai e deixa isso acontecer que é melhor pra mim.

Posso visualizar seu rosto em descrença e emburrado como uma criança, entretanto sei que assim como eu está achando graça de tudo isso.

NEM PENSAR! Já estou dentro do carro e você que lute por que se não posso transar vai me aguentar falando em seus ouvidos.

Por que tenho a impressão que isso é uma promessa e eu me ferrei legal?

Querido Cafajeste - Série Poderosos e Irresistíveis 4Onde histórias criam vida. Descubra agora