Segunda temporada:Capítulo 41

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  Três anos depois.

Jane Lancaster:

   O Charlie está com 4 anos de idade, mas sua inteligência e desenvolvimento me surpreende. A forma como ele conversa comigo, consegue captar qualquer sentimento que tenha de errado comigo. Sem falar que ele puxou ao pai na altura, a cor dos olhos e até mesmo o estilo. Tudo que ele tem de mim é o temperamento. Ele é calmo e muito bem articulado.

O ajudo a vestir seu short jeans e uma camiseta branca. Ele não precisa muito de ajuda pra se vestir, mas não consigo abrir mão do meu bebê, quero continuar fazendo isso até o quanto eu puder.

— Mamãe, o papai vem me buscar que horas? — Pergunta, enquanto penteio seu cabelo castanho claro sedoso.

— Daqui a pouco. Está ansioso para passear na fazenda? — Pergunto.

Ele balança a cabeça com um sorriso.

— Tudo ficaria perfeito se viesse com a gente. Por quê você não vem, mamãe?

— Tenho algumas coisas do trabalho para concluir, Charlie. E como você sabe eu e seu pai não podemos sair da construtora simultaneamente.

Seus olhos azuis claros como os do pai me olham confusos.

— O quê é "simultaneamente?" — Ele pronuncia a palavra corretamente me arrancando um sorriso de orgulho.

Me afasto alguns centímetros para pegar o perfume dele.

— Significa ao mesmo tempo, meu amor.

Ele abre a boca em esclarecimento. Ouço o carro do Edan lá fora e pego a bolsa do Charlie. Meu filho desce às escadas correndo e eu vou atrás dele bem a tempo de ver ele abrindo a porta para o pai que o pega nos braços.

Os dois caem no sofá, o Edan beija todo o rosto do filho e bagunça seu cabelo.

Nesses três anos o Edan não mudou muita coisa quanto sua aparência, ele continua igual. Nós dois continuamos.

Também viramos amigos. Precisamos de um psicólogo para nos ajudar depois do divórcio e nos aproximar o suficiente para manter a educação e criação do  Charlie sem nenhuma ausência. Continuamos trabalhando juntos na construtora e a estamos expandido e isso requer um de nós dois viajando. Quando não sou eu, ele vai.

O Charlie adora tanto a casa nova para qual nos mudamos quanto o apartamento em que o pai mora. Segundo ele, ter duas casas é demais e ele tem brinquedos em dobro.

— Como você está, campeão? Pronto para cavalgar no seu pônei?

O Charlie exclama um sim alto e o Edan ri do entusiasmo do filho.

— Vou esperar no carro! — Exclama.

— Charlie, sua mãe quer um beijo. — Chamo sua atenção.

Ele vem até mim e eu me abaixo para receber o abraço apertado do meu filho. Fecho os olhos e acaricio suas costas.

— Ligue para mim. Vou sentir sua falta, meu porquinho.

— Vou voltar antes que se dê conta, mamãe e também vou trazer flores pra senhora. Eu te amo, tá? Obrigado por ter arrumado minha mala.

Ele beija meu rosto e vai para o carro deixando apenas eu e o Edan sozinhos. Eu admito que o clima ainda está estranho entre a gente. Sou ciente do fato de que o Edan não mudou sua perspectiva em ter a família de volta, mas não quero reviver tudo o que aconteceu há 4 anos atrás.

— Como você está, Jane? — Pergunta, observando meu rosto.

Sorrio de lábios fechados.

— Bem, obrigada.

Não CasadosOnde histórias criam vida. Descubra agora