Capítulo 4

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     Estou admirando uma obra de arte abstrata quando sinto alguém ao meu lado. Olho encontrando Daniel Choi. Ele está parado com às mãos para trás admirando a mesma tela que eu.

— A arte feita pelos humanos demonstrar a complexidade que o cérebro humano é capaz de expressar. — Ele analisa a imagem por alguns segundos. — O que você acha?

Suspiro devagar encarando a explosão de cores vibrantes a minha frente.

— Essa é a primeira tela de uma sequência e está baseada na forma abstrata de ser ver o cotidiano... Eu diria que toda obra de arte é complexa, mas divertido admirar ela enquanto procuramos o significado, do quê admirar já sabendo o que ela quer dizer.

Escuto sua breve risada e ele se vira para mim, copio seu gesto.

— Estamos nos vendo de novo, senhorita Lancaster.

Concordo.

— Por acaso está me seguindo?

Ele ergue às mãos em sinal de rendição.

— Dessa vez foi realmente uma coincidência.

Isso me faz ri. Ele deve ser uma pessoa realmente sincera já que desperta em mim boas emoções.

— O que acha de admiramos a sequência dessa obra? — Oferece.

— É claro.

São uma sequência de cinco quadros e em todos eles paramos por longos minutos para admirar. O Daniel é uma pessoa divertida e consegue me fazer ri com seus comentários sarcásticos sobre obras de artes. Não tenho dúvidas que trabalhar com ele vai ser uma experiência e tanto para mim.

Paramos perto de um bar improvisado e ele pega duas taças de vinho branco para nós. Ficamos frente a frente.

— Sobre a viagem... O que acha de fazermos no final desse mês?

Estamos no dia 15 e falta apenas 15 dias para esse mês acabar. Pelo que sei da minha agenda esse mês não estamos sobrecarregados e a Mônica pode lidar bem com os assuntos pendentes.

— Está perfeito para mim.

Ele sorri mostrando suas covinhas e eu sorrio de volta. Voltamos a caminhar para observar as outras obras de arte. Ele pede que eu escolha uma para ele pendurar no hall da entrada da casa que irei desenhar.

— Você não está falando sério, não é?— Pergunto.

— Estou falando sério. Vá em frente.

— Isso parece ser uma grande responsabilidade, não sei se sou capaz.

— Confio no seu bom gosto.

Entro em seu jogo para ver o quão longe ele está indo. Escolho a obra de arte que mais me chamou atenção: Uma estátua romana pintada completamente de azul.

O Daniel leva a mão ao queixo e analisa minha escolha.

— Por quê essa?

Olho para o lado esquerdo do salão onde o Edan está conversando com algumas pessoas e a Leslie está ao seu lado. Volto a olhar para a obra de arte.

— O olhar me deixa a questionar o quê ele está vendo para esboçar uma reação tão plepexa.

Ele não diz nada e apenas olha para a pintura.

— Muito bem, levarei essa.

Fico boquiaberta.

— Você realmente estava falando sério? — Pergunto.

Não CasadosOnde histórias criam vida. Descubra agora