Capítulo 56

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Jane Lancaster

   Me movo na cama sentindo a preguiça preencher meu corpo, minha boca também está seca. Me viro para o lado direito encostando minha cabeça e braço em algo quente e macio. Hum, calor. Estou com frio.
Aconchego ainda mais a essa fonte de calor fazendo meu corpo se sentir bem amparado e repleto de conforto.

Não demora muito para que eu comece a lembrar de coisas da noite passada.

A boca do Frank na minha enquanto estávamos dançando, suas mãos pelas minhas costas e as minhas arranhando seu pescoço e puxando seu cabelo para aprofundar o beijo...

Momentos depois nós dois entrando em um táxi tentando não nos devorar na frente do motorista.

" Vamos para um hotel" Lembro de dizer ofegante.

O sorriso do Frank foi repleto de receio, mas o fiz ter certeza da minha palavra quando o beijei profundamente. Depois disso paramos no hotel mais próximo e subimos até o quarto nos agarrando, beijando e tentando não tirar a roupa um do outro. Tivemos dificuldades para abrir a porta do quarto por estamos nos beijando e tentando tirar a roupa um do outro.

Abro meus olhos encontrando minha cabeça encostada em um peito forte e bronzeado totalmente desnudo.

Levanto às pressas da cama puxando o lençol da cama e me enrolando, passo a mão pelo meu cabelo totalmente despenteado lembrando do momento em que estávamos nus e o Frank beijou cada centímetro do meu corpo e logo depois me jogou sobre a cama fazendo um sexo oral que me fez ir ao paraíso e voltar...

Preciso de água. Minha garganta está seca. Onde tem água nesse quarto?

Estou incrédula e desorientada, não sei para onde ir e nem o que estou fazendo. Abro a frigobar encontrando várias garrafas de água; bebo a água vorazmente como se fosse estivesse há anos em um deserto.

Respiro fundo e me encosto em algum lugar do quarto passando a mão pelo meu cabelo desgrenhado.

Eu transei loucamente com Frank ontem a noite. Consigo me lembrar de tudo e de como eu parecia sedenta por ele...

Como irei olhar para a cara dele agora? Tenho que sair daqui o mais rápido possível antes que ele acorde. Droga! Nós estamos morando na mesma casa!

Estou preste a ter um ataque de desespero quando o vejo se espreguiçar na cama e me procurar com o braço, quando percebe que não estou se ergue me vendo bem a frente dele.

Tento sorri, mas devo ter feito uma careta. Olho para o espelho acima da cama vendo meu reflexo desastroso de uma cara amassada, maquiagem borrada e o rímel derretido, meu cabelo... Por Deus!

— Jane?

Olho para ele assustada por ouvir sua voz.

— Frank? — Devolvo a pergunta.

Ele olha ao redor vendo algumas das mobílias quebradas e um travesseiro completamente despenado.

Foi mais que uma noite selvagem, nós excedemos esse limite ontem durante toda a madrugada. Por falar nisso, que horas deve ser agora?

Saio arrastando o lençol até encontrar minha bolsa nessa bagunça de roupas, sapatos, coisas quebradas e penas do travesseiro. Encontro minha bolsa e celular. São 10 da manhã e tem três chamadas perdidas da minha mãe. Droga!

O Frank levanta da cama e vem na minha direção após vestir sua cueca preta. Tento conter meus ânimos e não olhar para a beleza que é ele, seu rosto mostra que ele também lembra de tudo e está tão sem graça como eu.

Não CasadosOnde histórias criam vida. Descubra agora