Capítulo 18

4.4K 367 33
                                    

Edan Baker

      Eu havia esquecido como fico imerso no trabalho quando estou lutando contra minha vontade de ficar perto da Jane, ligar para ela a todo momento e até mesmo sentir vontade de sequestrar ela para ficar apenas comigo.

Um sentimento irrefreável que estou canalizando no trabalho ajudando os operários com o trabalho braçal e instruído onde cada pequeno detalhe deve ficar. Voltar a trabalhar assim me lembra do começo quando eu e a Jane fazíamos projetos pequenos como sobrados, muito diferente desse shopping enorme com uma arquitetura e engenharia inovadora.

Estou hospedado em um hotel perto da contrução. Minha rotina tem sido acordar cedo para exercícios físicos e ir trabalhar. O dono do shopping está radiante e sentindo honrado por ter minha presença aqui.

Pela quantia que ele pagou acho que minha presença é mais que necessária.

Todos os dias peço o Dave para me atualizar sobre a Jane. Seu trabalho também está dobrado na construtora e no seu projeto solo. Às notícias sobre o trabalho espetacular que ela está fazendo saí em algumas revistas e sites questionando o porquê de estamos trabalhando em um projeto separados. Jane deu uma entrevista há alguns dias.

" ... Eu está trabalhando sozinha não significa que estou deixando de lado a construtora ou minha parceria com o meu marido. É uma oportunidade a qual eu sentir vontade de agarrar e não tive objeções. E não, não é o fim nem o começo do fim da L.Baker."

  É claro que recebi ligações de repórteres curiosos sobre o que eu pensava sobre isso, porém não vou me meter. A Jane tem todo o direito de trabalhar no que ela quiser, ela não é uma funcionária sem direitos, seu diploma não foi conquistado apenas para realizar coisas comigo. Essas semanas me fizeram enxergar alguns pontos de vistas dos quais eu estava sendo mesquinho e dominador.

Percebi que posso perder a Jane a qualquer momento desde que ela resolva ir. É atormentador e até mesmo me tira o sono a noite. Estarei pronto assim que ela chegar a sua decisão.

Com o shopping perto da inauguração, o Tony Wee, o empresário chinês dono do shopping me convida para um almoço em um restaurante a beira do mar. O que mais gosto do clima tropical de Singapura é que não preciso de ternos ou roupas formais, uma bermuda e uma blusa de algodão sempre caem bem.

Chego no restaurante pontualmente, a garçonete me leva até a sacada do restaurante onde tem a vista para o mar e onde apenas uma mesa para duas pessoas está posta. O Tony parece gostar de usufruir de todo dinheiro que tem já que sempre reserva uma parte do restaurante sempre que nos encontramos.

— Edan. — Ele levanta para apertar minha mão.

— Tony.

Ele é um homem da minha idade, elegante e de boa aparência. Pela ficha que o Dave levantou dele sabemos que ele é casado com a filha de um médico de renome e assumi os negócios imobiliários da família em torno da Ásia.

— O que acha desse restaurante? — Ele olha em volta — A vista é maravilhosas e a brisa é fresca, não é?

— Espetacular. Aposto que a comida também deve ser ótima.

Ele dá uma risada e gesticula para o garçom que nós traz o menu. Escolho um peixe frito com alguns acompanhamentos.

— Não posso deixar de dizer que me sinto honrado por ter você aqui até a inauguração do shopping. O visitei e simplesmente estou encantado com o trabalho. Com certeza será o maior shopping com beleza, elegância, sustentabilidade e funcional que toda Singapura fará questão de entrar todos os dias. — O sorriso presunçoso nos seus lábios deve deixar todos seus concorrentes irritados.

Não CasadosOnde histórias criam vida. Descubra agora