Capítulo 6

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   Não consigo nem mesmo olhar para o rosto do Edan, não é a primeira vez que ele tenta algo comigo desde que nos separamos fisicamente, mas sempre que acontece não consigo dizer a raiva que sinto. Não sou um brinquedo dele e muito menos estou aberta a ter uma recaída. Mesmo que ainda sejamos casados perante a lei, nosso casamento só vai até aí.

Desço durante a madrugada para pegar um pouco de ar pelo jardim já que não consigo dormir. Sofro de insônia e às vezes eu não consigo dormir nem a base de medicamentos. Fecho o robe da minha camisola de algodão quando o vento frio toca minha pele. Observo a água na piscina oscila com o vento enquanto meus pensamentos parecem está em transe.

Gosto de ficar sozinha com meus próprios pensamentos, antes eu gostava de compartilhar eles com o Edan, era algo que eu fazia frequentemente. Tudo mudou desde que soube que o garoto que eu me apaixonei no ensino médio e que escolhi para minha vida não passava de um homem fraco para tentações e desleal.

Meu celular vibra na minha mão com uma mensagem do médico Daniel Choi. Desbloqueio a tela verificando a hora, já passa das duas da manhã.

Deve está dormindo, estou mandando essa mensagem só para avisar que estou disponível a hora que achar melhor para a viagem. Não precisa se preocupar em alugar um quarto de hotel, tenho uma casa grande o suficiente.

Ele acha mesmo que eu vou aceitar essa oferta? Dormir na sua casa? Isso está fora de cogitação. Disco o número dele e levo o celular até o ouvido. Ele atende no segundo toque.

— Podemos viajar na próxima semana, então. E obrigada pelo convite, mas vou ficar mais confortável em um hotel.

Ouço uma breve risada.

— Você quem sabe, mas saiba que foi um convite genuíno e sem segundas intenções.

— Não duvido disso, Dr.Choi. Mas realmente não gosto de favores.

— Vejo que você é uma pessoa do eneotipo 2: Pessoas orgulhosas que não gostam de receber ajuda.

Suspiro

— Não sou orgulhosa, só não gosto de ter pessoas falando sobre eu ter aceitado dormir na casa de um homem. Pelo que sei a Coréia é muito conservadora, por quê está me propondo dormir na sua casa?

Ele ri.

— Somos bons anfitriões também, senhorita Lancaster. E desculpe, não pensei nessa primeira parte já que fazem mais de onze anos que sair do meu país. Aliás, o que faz acordada essa hora? Insônia?

Me sento sobre uma das espreguiçadeira ainda observando a calmaria da água na piscina.

— Não é como se eu fosse a única acordada a essas horas.

— Estou de patrão e duvido que uma Arquiteta trabalhe essa hora.

Deixo um risada escapulir. Ele é uma pessoa realmente diferente.

— Estou indo dormir agora. Bom trabalho, Dr. Choi.

— Se tiver dificuldade para dormir posso te indicar uma forma de relaxamento, e de graça.

Desligo o celular após me despedir dele e me deito na espreguiçadeira olhando para o céu estrelado. Às vezes me pergunto como seria minha vida se eu nunca tivesse conhecido o Edan ou casado com ele.

Suspiro. Continuo olhando para o céu procurando minha própria forma de relaxamento, não me importo de acordar aqui mais uma vez, faço isso constantemente.

Acordo sentindo um sol ameno nos meus olhos, abro os mesmo com dificuldade e sinto meu corpo dolorido, me ergo deixando um bocejo sair dos meus lábios bem a tempo de ver o Edan vindo na minha direção. Ele está com um conjunto de moletom, e caminha na minha direção até está sentado ao meu lado. Ele estende uma caneca com café quente para mim e eu a pego.

Não CasadosOnde histórias criam vida. Descubra agora