Capítulo 12

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  Edan Baker

    Logo após o resultado do exame a Jane desapareceu da minha vista e o meu maior medo é que ela tenha cometido uma loucura. Eu sei o quanto a Jane quer ser mãe, foi um tópico que sempre ficou aberto na nossa relação desde o primeiro mês de namoro, e agora surge algo tão assustador como esse resultado.
Não irei negar que por algumas horas eu tomei essa idéia como uma oportunidade de nós dois temos uma segunda chance. É o momento prefeito para temos mais de um filho e estou disposto a isso por amar a minha esposa e por ser ela a única mulher que imagino gerando um filho nosso.

Se não for a Jane a ser mãe de um filho meu, não será mais outra.

Como eu disse, eu cogitei isso por algumas horas antes de anoitecer e ela não chegar em casa. Já são oito da manhã e nenhuma notícia da Jane. Tanto eu como a Mônica estamos tentando localizá-la só que até agora nada. Ela passou a noite fora e minha cabeça não consegue parar de imaginar o pior.
  Durante a noite de ontem eu sair a sua procura nos lugares que ela procura quando está com a cabeça cheia e não a encontrei. Passei a noite em claro, e para não preocupar a minha sogra mentir dizendo que ela tinha saido para visitar um cliente na cidade vizinha.

  Estou sentado na borda da cama totalmente frustado e com o celular nas mãos ligando mais uma vez para o número dela que cai na caixa postal.

Onde diabos você está, Jane!?

Minha maior preocupação, o quê está me corroendo por dentro, é o medo de que algo tenha acontecido com ela. Nenhum dos nossos conhecidos a viram e a última pessoa com quem ela estava foi a Mônica antes de pegar um táxi e a dispensar.

Não posso ficar parado esperando ela chegar.

Levanto da cama e caminho a passos rápidos para a sala, quando estou descendo às escadas meu celular toca com uma chamada da Mônica. Atendo imediatamente.

Ela entrou em contato? — Atendo.

— Não, senhor. Estou ligando justamente para saber se ela chegou em casa...

  Justamente nesse momento enquanto estou descendo às escadas vejo a porta se abrir e a Jane entrar com a roupa de ontem e o cabelo um pouco bagunçado.

— Ela chegou. — Desligo o celular e desço o resto dos degraus.

A Jane se assusta ao me ver parado na sua frente, mas a única coisa que faço é ir até ela e a abraçar fortemente enquanto o alívio percorre todo o meu corpo.

— Graças a Deus! Não sabe como eu estava preocupado com você... — Me afasto quando sinto o cheiro forte de vinho que ela está exalando, olho para seu rosto analisando cada centímetro dele: — Onde você estava?

Ela passa a mão no cabelo suspirando devagar.

— Não quero conversar agora. Vou tomar um banho e comer algo.

Seguro seu braço quando ela começa a caminhar a fazendo parar e olhar para mim.

— O que foi? — Pergunta.

— Você está cheirando a vinho e não saiu com nenhum dos seus amigos. Então, onde você estava e com quem, Jane? — Pergunto com o máximo de calma que consigo juntar nesse momento.

Sua resposta é tirar seu braço da minha mão enquanto assume sua expressão impassível como se o que ela acabou de fazer fosse normal ou eu não tivesse perguntado nada.

— Você costumava chegar tarde e com cheiro de álcool e eu nunca perguntei onde ou com quem você estava e acho que tenho o mesmo direito que você. Agora, com sua licença...

Não CasadosOnde histórias criam vida. Descubra agora