Capítulo 61

1.6K 150 85
                                    

Jane Lancaster

     — Já ficamos tempo suficiente aqui, eu preciso ir. A festa do Charlie é amanhã —Digo, contendo o sorriso enquanto o Frank tenta me prender na cama.

— Hum, amanhã também é o dia D.

Olho para o Frank com o cenho franzido.

Ele sorri e passa a mão pelo meu cabelo.

— Seu período está previsto pra chegar amanhã, não é?

Sinto um frio na espinha. Não é medo ou receio, é só uma pequena dose de adrenalina. Eu não acho que esteja grávida, o médico me disse que seria difícil, até mesmo impossível, de ter outro filho.

Esse é um tópico que preciso falar com o Frank, ele com certeza quer filhos e se eu não puder dar a ele tenho receio que o mesmo se sinta preso a mim.

Pego meus sapatos enquanto ele está sentado atrás de mim, agarrado a minha cintura.

— Ela pode atrasar, Frank. Minha mestruação nunca foi regular, tenha isso em mente e não fique muito animado.

Sinto seus lábios no meu ombro direito.

— Caso aconteça de você não está quero que saiba que isso não muda nada entre nós, ainda serei um louco por Jane Lancaster.

Sorrio e me viro na sua direção, beijando seus lábios. O beijo por alguns minutos antes me levantar pra valer e procurar minha bolsa. Dei uma passada no hotel do Frank depois que sair do estúdio, fui levar uma decoradora para colocar minhas idéias pra fora. Não aconteceu nada além de uns amassos, eu preciso ir para casa e tratar de terminar a organização do aniversário do Charlie que será super colorido e diversificado.

— Vou ligar para você mais tarde, ok? Preciso resolver alguns problemas do meu trabalho na embaixada daqui.

Pego minha bolsa, ouvindo meu celular vibrar.

— Problemas? — Questiono.

Ele suspira.

— Assuntos burocráticos da embaixada alemã, são coisas chatas e cheias de papéis. Não é um grande problema, mas gosto de chamar assim — Pisca.

Não evito a risada e pego o celular vendo uma notificação de mensagem do Edan. Paro de sorri imediatamente.

// Podemos nos encontrar, por favor?//

O Frank levanta e vem até mim, eu sorrio para ele enquanto o mesmo se coloca a minha frente, acaricia meu cabelo e beija minha testa.

— Seu rosto ficou sombrio por alguns segundos...

— Sim, surgiu algo. Falarei mais sobre depois que resolver — Fico nas pontas dos pés e dou um selinho — Até mais, Frank.

Saio do seu quarto ajeitando meu cabelo e entro no elevador. Pressiono o botão do térreo e respondo ao Edan perguntando do se trata e onde podemos nos encontrar.

Ele marca em um lugar inusitado, mas não desconfio de nada já que é um lugar público.

Verifico às horas para ter certeza de que vou chegar ao destino a tempo.

Eu poderia mentir dizendo que não sentir nada com essa mensagem do Edan, mas não irei negar. Eu sentir. Senti um temor e uma preocupação que sempre sentirei sempre que ouvir seu nome.

Entro no meu carro e dirijo até a balsa onde ele marcou o encontro. Eu sei que o Edan ama esse lugar e onde suas idéias fluem ou onde vai quando quer pensar em algo. Foi aqui que ele veio várias vezes enquanto estávamos noivos para aliviar a pressão do trabalho.

Não CasadosOnde histórias criam vida. Descubra agora