Nícolas Grent.— Você sabe fazer brigadeiro? Podemos maratonar o senhor dos anéis e enquanto isso, comemos brigadeiro e pipoca. O que me diz? — Perguntei propondo a Nathalie.
Ela pareceu pensar um pouco, depois, sorriu tímida e fez que sim com a cabeça.
Esses dias, ela mudou muito seu comportamento.
Quando a Nate chegou aqui, ela era tímida, mas depois que pegou amizade com Violetta, ela tem deixado essa timidez de lado.Cansado de esperar, por que estava demorando demais, resolvi ir tomar um banho. Sinceramente, o Rio de Janeiro não estava nem um pouco frio naquele dia.
O suor estava pingando bicas. Tirei a camisa e fui para o quarto, correndo. Abri a porta do quarto, me encarando no enorme espelho que havia apregado na parede.
Peguei só uma toalha do guarda-roupa e fui para o banheiro. Que sensação boa! Senti o calor ir embora rapidamente.
Tomei um banho, um pouco exagerado. Só sai do banho, por que tive medo da água acabar.
Já vi em algumas reportagens, que a água que tinha em nosso planeta - doce -, era pouca. Então, deveríamos economizar, para que nossos netos não sofressem quando crescer e foi por isso que eu saí do banho rapidamente.
Vesti um short moletom e uma camisa. Sabe como é que é. Nathalie estava lá em baixo, então, não quis descer para lá sem camisa, por que ela era bem tímida do meu lado, imagine sem camisa...
Me olhei no espelho. Sorrindo feito um bobo.De repente, senti uma queimação diferente. Minha pele arrepiou. Senti que alguém estava me observando. Comecei a ficar nervoso.
Minha janela está aberta, então, corri até ela e puxei as cortinas.
No movimento abrupto, só vi quando alguém se abaixou. Coloquei a cabeça para fora, vendo somente duas janelas.
Quem ousaria me espionar? Eu já tinha sentido isso, no primeiro dia em que estive aqui e agora isso de novo?Tem duas janelas á minha frente e lado. A de Violetta e outra janela de um vizinho. Será que Violetta está me espionando? Mas seria bem raro isso acontecer. Nós somos vizinhos, nos víamos todos os dias, e Violetta não ia querer me espionar, sabendo que eu gosto de ter um pouco de privacidade.
O mais provável que seja, é o vizinho. Eu já o vira. Parecia ser alguém novo.
Ele era um senhor bem velhinho que gostava de regar umas plantinhas que haviam na portaria do condomínio. Também, vi uma menininha, bem pequena. Seus cabelos eram vermelhos como os da Violetta e embora seja totalmente bizarro, elas são bem parecidas.
Fechei as cortinas, ficando de trás delas. Queria pegar a pessoa no flagra, mas aquilo não aconteceu.
A pessoa deve ter visto que eu havia a visto. Então, talvez não quis ser pêgo de novo.
Voltei para a sala, vendo Nathalie sentada, com uma vasilha de pipoca, um prato cheio de brigadeiro e um pote de sorvete de baunilha.
Ela realmente cozinhava muito mesmo.Sentei-me ao seu lado. Liguei a TV, começando a tal maratona.
Eu não quis chegar muito perto dela, até por que, não quis fazer com que ela pensasse que eu queria me aproveitar dela, ou algo do tipo.
Eu a respeito, e nunca tocaria - em nenhuma garota - sem o consentimento dela.Bem no meio do filme, resolvi falar alguma coisa com Nathalie, já que ela estava bem calada. Esse silêncio todo me deixava inquieto.
Percebi que ela não era de falar muito enquanto está assistindo.— Tem alguém me espionando!— exclamei, olhando para ver sua reação.
Nathalie ficou um pouco petrificada, mas logo voltou a pose habitual.
— Espionando? Quem? — perguntou, distante.
— Para ser sincero, ainda não sei. Só vi um vulto, quando eu fui abri as cortinas para ver. — coloquei um punhado de pipocas na boca.
— É estranho. — comentou, voltando a prestar atenção no filme.
— É. Talvez seja o velhinho, ou então, a ruivinha pequena do lado. — lembrei-me de Violetta. — Mas também pode ser Violetta...— deixei a frase no ar.
Nathalie só riu.
Eu ainda ia descobri quem era a pessoa da janela.
***
" O amor está me espionando na janela, mas como posso saber quem é? "
Próximo...
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A GAROTA DA JANELA
Teen FictionNicolas Grent, um garoto determinado que logo após atingir a maioridade, decide sair de casa a procurar de realizar o seu sonho. Ele sem muitas expectativas, apenas ele e ele mesmo. Logo após ter a chance de trabalhar em um dos estúdios de pinturas...