52 - Tenha paciência!

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NÍCOLAS GRENT.


Depois de finalmente acabar aquele falatório todo. Eu só queria ligar aquela câmera e acabar de uma vez por todos com aquela palhaçada.
Violetta teria que me contar essa história detalhadamente. Eu não dei permissão para que ela me espionasse naquela janela. Minha cabeça estava fervendo. Era tantas informações.

- Está tudo bem agora! - Violetta disse, se relacionando á Ethan e Nathalie. - Querem conversar os dois?

- Acho que não...- Nathalie interrompeu.

- Sim. Minha mãe quer falar com você depois. Vamos nós dois? - Perguntou e um sorriso nasceu nos lábios de Ethan.

- Pode ser...- Coçou a nuca.

- Vou ligar para os meus pais, para ver se chegaram bem. - Falei, pegando o meu celular e enviando uma mensagem rápida, depois ligando.

Meus pais saíram dali á horas, depois de toda a situação de Ethan.

- Eu vou voltar para casa. - Violetta disse, pegando a sua bolsa e vindo até mim. A beijei, e depois ela saiu.

- Relaxa cara! Vai dá tudo certo!

- Tomara...- Suspirei.

Ethan e Nathalie se despediram, indo embora os dois. Sei que eles precisavam de momentos á sós, pois toda essa confusão começou com um mal entendido entre eles dois.
Minha mãe atendeu.

- Oi mãe. - Falei, tão feliz por escutar a voz dela de novo.

- Ah, Nícolas! Eu disse para você ligar, filho. Esqueceu foi? - Ri da fala dela.

- Mais ou menos. A Nate e o Ethan foram embora agora. - Fixei o aparelho na orelha, enquanto tirava os sapatos. Meu pés estavam mais do que doloridos.

- E a Lett? - Minha mãe chamava a minha namorada de "Lett", embora eu ache que esse apelido não tem nada a ver com Violetta. Na verdade, não tem. - Você não falou nada sobre ela!?

- Na verdade mãe, eu tenho uma coisa para contar, mas por favor, não diga isso á ninguém, pois quero resolver isto o quanto antes! - Terminei de tirar os sapatos, colocando-os em um canto da sala.

Sem ter muito o que fazer, procurei na geladeira alguma coisa para comer, e só achei frutas. Tinha ali, maçãs, uvas, bananas, morangos e outros tipos.
Peguei uma vasilha e coloquei um pouco de cada dentro dela, subindo para o meu quarto.
Eu sou muito anti-social. Gosto de me esconder e talvez seria por isso que tem uma pessoa me espionando em meu próprio quarto!

- Conte! - Escutei sua voz.

- Ok. Sente-se, por que aí vem bomba! - Me joguei na cama. - Tem uma pessoa me espionando!

Silêncio. Acho que ela deveria está pensando alguma coisa.

- Oquê? Eu entendi certo? Tem uma pessoa te espionando?

- Sim. Já peguei essa pessoa me espionando algumas vezes...- Olhei para a câmera, que ainda estava lá, no mesmo lugar que eu havia deixado. - Eu sinto que tem. Quando eu vou ver quem é, só consigo ver um vulto. Ontem, eu vi esse mesmo vulto, vindo da casa perto da de Violetta. Violetta é a minha vizinha, mãe e ela tem um quarto á mais na casa dela, que é bem ao lado. Também, quando sumiu, a minha namorada me ligou logo em seguida. Só pode ser ela!

- Espera aí... tantas informações! - Ela diz e para pra pensar. - Será ela?

- É isso que eu estou tentando descobri, mãe. Eu odeio ser espionado e a senhora sabe disso! Tenho tanto medo que seja ela. Eu amo a minha garota e... Eu tenho que descobrir! - Me incorajei.

- Tenha paciência! - Exclamou. - Precisa pensar um pouco. Por que você não vai até a casa da Violetta e pergunta para ela mesma, se não é ela? Ela saberá responder!

Pensei um pouco. Como eu não havia pensado nisso antes? Eu tinha que conversar com ela. Urgente! Eu tinha que descobri tudo o que estava acontecendo. Violetta - só ela - seria capaz de me explicar tudo isso.
Tinha passado esses dias tão sobrecarregado, que não tive tempo para pensar nesta possibilidade. Se ela abrisse o jogo, ficaria tudo mais fácil para a gente. Queria tanto descobri e só assim, nós dois teríamos o final da nossa história.

- Eu vou lá agora mesmo! - Me levantei da cama, calçando meus chinelos. - Depois te ligo, mãe.

- Tá bom. - Desliguei.

Corri para a porta da saída. Tranquei a porta e em instantes, eu já estava na porta da casa dela. Guardei o celular no bolso, batendo na porta.
Para a minha surpresa, quem abriu foi a Annie. A menina era incrivelmente ruiva. Seus cabelos eram enormes, assim como da irmã. Ela tinha os olhinhos puxados igual os de Violetta e eles eram da mesma cor. Azuis.

- Oi. - Falei.

- Violetta está a sua espera. - Foi o que ela disse, antes de dar licença da porta e voltar para o sofá, onde ela estava desenhando uns homens-palito.

Suspeitei. Violetta sabia que eu estava indo para lá. Como?

- Ela está aonde? - Perguntei e a menina apontou para o lugar onde ela dançava.

Quando cheguei lá, avistei Violetta dançando balé. Ela se movia perfeitamente pelo cômodo, com a sua roupa da cor rosa.
Seus braços eram movidos para trás e para frente. Estava tão linda e ao mesmo tempo, muito concentrada no que ela fazia.

Era agora...

***

Seguinte...

" É agora ou nunca. Não minta para mim, basta tocar nesse quanto. Você sabe agora eu tentando, uhh. Você sabe que eu te amo."

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