19 - Parque de diversões.

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Nícolas Grent.

- Vamos só passar um gloss, ou algo do tipo. - Nathalie disse e correu para o quarto de Violetta, talvez para passar esse tal de gloss no rosto ou... que seja. Não sei bem o que é isso.

- É só um parque de diversões e não uma balada. - Ethan disse, se jogando no sofá da casa de Violetta.

Concordei com ele, por que ele não disse nenhuma mentira com esse comentário.
Me sentei também em um dos sofás, que eram dois.
Hoje á noite no parque, era só fingi que eu não gostava dele, por que ele estava de olho na Violetta e não, a gente - Eu e Violetta - Não tínhamos nada, apesar de saber que eu gosto dela.
E se ela vinhesse a escolher ele, eu não sei como o meu coração ficaria.

Por hora, era só esquecer que ele gostava dela e fingi que éramos bons e velhos amigos.
Eu poderia fazer esse esforço por Violetta e quem sabe curtir o parque em paz comigo mesmo.

- Demora do cão. - Ele xingou, se espreguiçando no sofá.

- Eu marquei para sete e que horas são agora? Sete e meia? Não vai dá nem tempo de curtir direito...- Falei, vendo aquele mesmo álbum de fotografia em cima do painel da TV.

- Exato. - Fez que sim, bocejando.

Fiquei em silêncio, querendo muito comer e cochilar também.
Fechei os olhos e só os abri, por que minha barriga reclamou, fazendo um barulho.

- Violetta! Nathalie! - Gritei, colocando a mão sob a boca.

- Aí meu ouvido, lesado. - reclamou, colocando as mãos na orelha e fazendo uma careta para mim.

Dei risada e depois olhei para ele com um olhar desconfiado...
Nós não éramos amigos para ter tanta intimidade assim e Ethan gostava de Violetta e como eu também gostava, rolava um triângulo amoroso entre nós três e só Violetta não sabia que ele existia?

Ethan deveria estar aprontando alguma coisa ou talvez ele tenha rendido e aceitado que eu e Violetta somos um casal tão lindo juntos.

- Eu nem gritei tão alto, ou gritei? - Perguntei, zombando dele.

Ele só resmungou, olhando para a escada, onde
provavelmente Nate e Violetta deveriam descer e irmos logo.
Minutos ou horas depois as meninas resolveram aparecer. Eu considerei horas, já que nós não estávamos fazendo nada pra distrair.

As duas chegaram até a gente, todas sorridentes.
Eu não estava sorrindo. A fome me deixou emburrado. Comida me deixa alegre e elas não estavam nos ajudando a ir logo pro parque e quem sabe comer alguma coisa lá.

- Vamos logo. - Minha voz estava emburrada e meu estômago parecia que não tinha nada dentro. Levantei do sofá com um pulo e saí para fora da casa dele.

- Eita fome. - Murmurei Nathalie, chutando uma pedrinha, assim que a gente desceu o condomínio, pegamos o elevador e já estamos do lado de fora.

- De quem é esse carro? - Perguntei pra Violetta.

- De Ethan. - Nathalie respondeu, passando na nossa frente.

- Por que acha que eu chamei o Ethan, Nícolas? - Violetta disse e gargalhou alto, atraindo atenção de algumas pessoas que passavam por ali.

Entramos no carro. Eu e Nathalie nos dois bancos de trás e Violetta foi no banco da frente, ao lado de Ethan.
Eu nem liguei muito para aquilo. Acho que só por que eu tava com fome mesmo.

[...]

Chegamos no parque e não pude deixar de ficar tão alegre, mas deixei isso de lado.
O parque estava incrivelmente iluminado e lotado e lindo.
Havia pequenas barraquinhas coloridas, onde vendiam aquelas pulseirinhas da cor verde e colares e essas joias.
Tinha também loja que vendia bonecas e brinquedos infantis, e com certeza, o que mais chamou a atenção das meninas, foi os brinquedos.

Tinha escorregador, barca, roda-gigante, pula-pulas, e bem perto da gente, tinha um homem ensinando uns garotinho jogaram um jogo semelhante á um jogo de apostas.
Nele, dentro de um quadrado, possui algumas coisas, objetos e dinheiro e o homem responsável pelo brinquedo, entrega para a pessoa que pagar sua ficha, um objeto semelhante á uma círculo ou algo do tipo, só que ele possui uma aura fina, preta.
Assim, você joga aquele objeto e se cair em cima da coisa que você deseja ganhar, como o dinheiro, se o círculo cair em cima e preencher o objeto, esse objeto ou dinheiro é seu! Entende?

- Não acredito! - Violetta pulou de alegria, olhando pra cada brinquedo. - Vamos na roda gigante, gente?

- Não. - discordei. - Primeiro vamos comer alguma coisa, estou morto de fome. - Passei a não involuntariamente pela barriga, simulando estar com fome.

Eles três concordaram e saímos á procura de alguma lanchonete ou barraca que vendêsse comida, e não foi muito difícil achar uma.
Quando encontramos, eu fui o primeiro a pedir um hambúrguer.

Quando comemos nossos lanches, paramos um pouco pra escolhermos qual seria o brinquedo em que íamos primeiro.

- Ai, gente. Vamos lá no trem fantasma. - Nathalie opinou, chamando nossa atenção. Acabei esquecendo de mencionar que tinha também um trem fantasma.

O brinquedo era mais afastado dos outros, por que tinha meio que um túnel com carrinhos.
E nossa, tinha carrinhos de bate-bate e até aquele negócio que mete o martelo no trem.

- Tô nessa. - Ethan disse, olhando para o tal brinquedo.

- Eu não. Tenho mó medo daquele escuro. Vou não. - Violetta discordou, me fazendo lembrar que ela tem medo de escuro, desde quando o avô dela morreu.

- Também não. - comentei.

- Faz assim, Nathalie e Ethan vai no trem fantasma e eu vou na roda gigante com a Violetta, certo? - Perguntei, olhando para cada um deles.

Violetta foi a primeira á concordar, com um sorriso radiante.
Nathalie também assentiu, com aquele sorriso que dizia "aproveita e fica com ela." Balancei a cabeça em negativa.
Ethan suspirou, e deu para perceber que ele queria dizer alguma coisa, até abriu a boca, mas não disse nada.

Ele deu de ombros e seguiu Nathalie.
Lá mais na frente, ele pesou na mão dela, depois dando um olhar de soslaio para Violetta e começar andar.

Olhei para Violetta também e estendi a mão para ela, que cobriu a minha com a pequena palma da sua.
Meu coração deu cambalhotas de alegria e um monte de borboletas inundaram meu estômago.

Ela sorriu e eu, mais bobo do nunca, inclinei a cabeça para o lado, estudando aquele sorriso radiante. Daria uma bela pintura.

***

Seguinte...

" Eu pontaria seu sorriso, ruiva. Pintaria essas sardas em seu nariz e beijaria todas elas depois, por que você sabe, que esse vermelho me fascina."

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