Nícolas Grent.Estávamos prestes a descobri todo o passado de Violetta, de seus pais, de sua verdadeira família.
Imagino que para ela não tem sido fácil, mas ela sempre manteve a calma e a coragem.- Vamos lá! - Entramos na casa do senhor King, determinados a descobri o passado dele.
Conversamos com ele com muita cautela, sobre esse assunto. Ele mesmo disse que ia conversar com Violetta, só que eu não ia deixar a minha namorada sozinha com ele, pois eu sabia muito bem, que ela é frágil e delicada.
O senhor nos convidou á entrar, colocando as cadeiras na nossa frente. Ainda bem que Ethan e Nathalie não vinheram, pois eles não tem paciência. Nathalie é irritante e não para quieta, enquanto Ethan é o que mais xinga do grupo.- Eu já estou começando a ficar nervosa com essa conversa. - Violetta disse, se sentando na cadeira e olhando para o senhor King.
- Bem, precisamos que você fique quieta e tente deixar-me falar primeiro, ok? - Ele perguntou muito formal.
- Toda ouvidos. - Escutei seu resmungo e a intenção dela era que ele fosse baixo, mas até King escutou.
- Eu...- Ele respirou fundo, lembrando daqueles passado, que parecia ser tão distante. - Eu tinha dezessete anos quando conheci a sua mãe. Ela era nova, linda, batalhadora e eu fiquei apaixonado por ela. - Ele deixou um sorriso escapar. - Num dia, a gente foi para uma boate e... aconteceu. Naquela vez a gente estava feliz por quê os nossos sentimentos eram recíprocos e um mês depois, ela apareceu em casa com um teste de gravidez. Meu sonho era ser pai e quando vi que ela não estava feliz com aquilo, sentei-me para conversar com ela. Sua mãe, Violetta, ela queria abortar o filho Violetta, ela queria abortar você! Mas eu não deixei. Disse á ela que eu ia pedi um dinheiro ao meu pai e que a gente ia construir uma família, mas ela não aceitou e fugiu. Passei dias sem vê-la, ela tinha sumido de mim. Descobri depois, que ela tinha abortado, mas não era isso.
Ela estava histérico, parecia tão frágil. Seu King não era mais um jovem sonhador, não! Ele era um idoso que já possuía cabelos brancos e grisalhos na cabeça. E ele tinha vagas lembranças do seu passado, daquele que deveria ser bom para ele, mas não era.
- Ela sumiu? Ela me deixou em um orfanato! - Violetta exclamou, não entendendo nada, assim como eu.
- Passou meses sem me ver - Ele respondeu. - Quando fui a sua procura, soube que tinha ido para a França com a família e que, não havia nenhum sinal de bebê com ela. Comecei a pesquisar por ela, e todos as informações, diziam que ela estava indo para a universidade de Oxford e não tinha bebê nenhum. - Ele olhou para Violetta, tão triste. - Anos depois, eu a encontrei. Ela parecia mais velha e bem mais robusta. Pedi que contasse toda a história para mim e ela me contou que havia levado você para um orfanato, pois os pais dela não queriam você.
- E por isso ela deixou Violetta lá? Nenhum mãe faz uma coisa dessa! - Me pronunciei pela primeira vez, desde que sentei aqui.
- Ela sofreu depressão pós-parto, Nícolas. E então, supliquei para que ela me indicasse o orfanato por quê eu queria ir atrás da minha filha...- Compreendi. Ele era o pai de Violetta. O pai que ela nunca teve. - Corri contra o tempo, com medo de que alguém adotasse você, mas de nada adiantou, quando cheguei lá e não encontrei a minha filha...- Senti a dor dele naquele momento.
Nunca imaginei que o passado de Violetta fosse tão enrolado assim. Me senti a pior pessoa do mundo. Lembrei-me de quando joguei na cara de Violetta, para que ela me contasse o que tanto a afligia.
E ela tinha medo desse passado tão conturbado. Ela tinha medo de colocar esse passado doloroso em palavras. E eu por anos, não conseguia aceitar o meu destino, que era aceitar que eu não tinha mais a minha mãe verdadeira, a não ser uma madrasta.- Eles adotaram você, Violetta! - Ele disse. - E esse foi o nome que a sua mãe deu para você. Ela me disse, antes de morrer, que escreveu em um bilhete, para ninguém mudar seu nome, por quê esse é o nome que a sua mãe deu para você. - Automaticamente, eu sorri.
- É o nome mais bonito que já vi em toda a minha vida...- Eu disse.
- E então, você estava feliz...- Continuou. - Sua mãe já não tinha condições de viver, minha filha. Morreu com tanto desgosto. Desgosto por ter uns pais que não a apoiaram e o que ela mais queria, era o seu perdão, que foi aquele que você deu. Ela morreu depois disso, deixando só a sua irmã, que eu não sei quem é o pai. Ela não me contou!
- Irmã? - Eu e Violetta perguntamos ao mesmo tempo.
- Sim. Annie!! - Ele gritou o nome da menininha.
Logo ela apareceu na sala, segurando umas bonequinhas.
- Oi! - Sua voz era bem fofinha.
- Lembra que eu contei sobre a sua irmã? - Annie assente. - Esta é Violetta, a sua irmã...- Violetta chorava, olhando para a irmã e o pai.
Todo aquele passado em minutos. Violetta descobriu que tinha um pai e uma irmã em uns minutos, mas não deixou se abalar. Abriu os braços e correu para abraçar a menininha, que sorriu amigável.
King aproximou delas, envolvendo os braços nas cinturas das filhas. Duas ruivas. Imaginei que a mãe de Violetta fosse muito bonita, pois ela era PERFEITA.
Fixei o olhar na parede, tentando não me incomodar com aquele momento, afinal, aquele era um momento de família.- Vem Nick! - Violetta me chamou.
Confuso, aproximei deles, completando o abraço. Logo nos afastamos.
- Sei que o seu passado é horrível, mas permita-me mudar isso! Quero passar meus últimos dias com vocês duas, com o meu genro...- Sim, genro. Ele agora era o meu sogro. - E os seus amigos.
- Claro que permito, pai- Aquela palavra foi o suficiente para nascer lágrimas nos olhos de King, que estava emocionado com a atitude da filha.
E então, o passado de Violetta estava desvendado. Seu pai estava do seu lado e a sua irmã. Ela estava feliz agora.
E eu não conseguia parar de admirar aquela pessoa que era tão forte. Tinha o rosto delicado, cheio de sardas, nariz empinado, sorriso no rosto e ainda sim, tinha um passado horrível ali, tentando deixá-la para baixo, mas ele não venceu.****
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" Já ouvi dizer, que ruíva tem o gênio forte e isso é verdade. Me apaixonei por seu sorriso Colgate, cabelo vermelho, nariz cheio de sardas, olhos azuis como o céu."
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A GAROTA DA JANELA
Novela JuvenilNicolas Grent, um garoto determinado que logo após atingir a maioridade, decide sair de casa a procurar de realizar o seu sonho. Ele sem muitas expectativas, apenas ele e ele mesmo. Logo após ter a chance de trabalhar em um dos estúdios de pinturas...