49 - Estamos do seu lado.

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Ethan Hunt - Especial.

Que injustiça. Me puseram aqui sem antes me perguntar o que estava acontecendo. Estava tão crente, que, Nathalie voltaria a ser minha de novo. E merda... Eu matei aquele cara.
Matei! Merda, matei! A culpa me invadia.
Queria tanto a minha mente sã de novo, mas ela já não existia. Foi embora assim que eu vi que havia matado aquele homem. Será que seria um homem honesto? Não. Ele não era. Estava bêbado. Tinha tentado tocar na minha garota.

Visitas. Estava recebendo muitas visitas todos esses dias que estive aqui. Nate é a que aparece mais poucas vezes. Se bem lembro, ela veio aqui só duas vezes e isso me machuca.
Estava distraído, quando um policial- que era bem bondoso por sinal -, veio até a minha cela.

- É horrível está aqui. Sei que não fez isso, cara. Queria tirar você daqui, mas não posso. - Pior, ele se sentia mesmo muito mal por me ver ali.

- Não é nada, cara. Você tem sido tão honesto comigo. - Dei um sorriso para ele, querendo que ele lhe passasse gratidão. - Nenhum deles é tão gentil como você.

- Na verdade, eu tento. Estou aqui há mais de dois anos e ver que há inocentes aqui, isso me destrói, Ethan. Sou cristão e ver essa injustiça, me dar uma dor no peito.

- Você é bom. - Falei, me levantando do chão.

- Não sou não. Jesus, quando uma pessoa o chamou de bom, ele não aceitou. Imagine eu. Quem eu sou? Sou só um humano, que peca. E Ele, não, Ele é o mestre.

Nunca parei para ver o quão maravilhoso Jesus era. Na verdade, nunca fui fã dessas coisas de culto, mas Deus existe. Ele tinha usado aquele homem honesto, para pregar a palavra dEle para mim. É. Ele existia sim.

- Como Ele era? - Me referi a Jesus.

- Honesto, conselheiro, o Rei dos reis, o filho de Deus. Ele curou inúmeras pessoas. Alejados, cegos, paralíticos, mulheres com fluxo de sangue... E muito mais...- Assenti, interessado naquele assunto.

- Espero que Ele te abençoe muito na sua vida. Sabe que é uma pessoa muito boa, por quê foi o único que não triscou a mão em mim, quando cheguei aqui. - Senti vontade de chorar. Alguns chegaram a me bater ali e por isso eu estava meio dolorido.

- Bem, a família dele quer conversar com você. - Tremi por inteiro. - Relaxa! São humildes.

- Como sabe disso? - Perguntei, temendo o pior.

- Deus me deu o dom de ver isso. Até logo, cara. Sei que com essa visita, sua vida aqui vai mudar muito. Confie. - E assim, ele foi embora, me deixando na sala junto com uma mulher.

A mulher era velha. Mas não muito. Do lado dela, estava duas crianças, que estavam abraçados a mãe.

- Sente-se meu rapaz. - Não esperava tanta gentileza vindo da família dele.

- Bom, quero que saiba que eu nunca estive na intenção de matá-lo. Eu só estava protegendo a minha namorada, ele tentou toca-la e eu não consegui deixar aquilo barato. Ele tentou... com a minha namorada moça e eu...- Ela levantou a mão para cima, como se quisesse que eu fizesse silêncio.

- Antes de qualquer coisa, te devo milhares de agradecimentos. Você nos salvou dele, Ethan. Você salvou a mim e os meus filhos. Serei eternamente grata a você por isso. - Com os olhos marejados, olhei para ela.

- O quê?

- Você salvou a minha família. - Ela estendeu a mão para mim. Olhei para as criancinhas, que me deram um sorriso. - Por anos, ele vem batendo em mim. Ele era uma pessoa boa, Ethan. Cuidava da gente, ajudava a por a comida na casa, mas depois de alguns anos, ele começou a beber. Bebia todas as noites e chegava em casa, me batia, além de bater nos meus filhos. Eu não aguentava mais aquilo, Ethan. Ele atacava os meus filhos, mas em forma de protegê-los, eu entrava no meio. Ele me batia, me agredia. Depois, vindo querendo o perdão, e eu sempre o perdoava. - Lágrimas desciam pelo seu rosto, molhando as bochechas. - Eu não aguentava aquilo mais. Uma vez, eu furei o seu dedo com uma faca. Ele me bateu tanto, que nem conseguia levantar da cama, para cuidar dos meus filhos.

Imaginei tanto aquela situação. O sofrimento, a dor. Por um momento, não me senti tanto um lixo. Se eu não saísse mais daqui, pelo menos eu estaria lá dentro, sabendo que eu tinha livrado uma família da agressão.
Tinha livrado. E talvez eu não me culpasse mais assim. Me sentiria livre. Quando o tempo passasse, eu sairia dali, me sentindo a pessoa mais forte do mundo.

- Eu não queria mata-lo...-

- Saiba, que amanhã, no julgamento, darei i meu testemunho. Vou falar tudo o que sei, e sei que você não irá sair preso dessa. Estamos do seu lado.

Agradecido. Lembrei do homem policial. Ele disse que era para mim confiar. E ele estava certo. Tinha tudo haver com essa visita.

- Estou tão agradecido. Tive medo de vocês me julgarem e me prenderem aqui. Porque não sabia o passado de vocês. - Falei, relaxando os ombros.

- Vamos tirar você daqui. - Ela prometeu e eu confiei. - Estou livre. Quer dizer, estamos livres!

Ri dela.

- Acabou a visita. - Aquele mesmo policial anunciou.

Dei um abraço na mulher, dando um sorriso para as criancinhas logo em seguida.

- Que sorriso é esse? - Ele perguntou.

- Se Deus quiser, eu vou sair daqui.

- Esqueci de dizer, mas você tem outra visita. Acho que vai gostar. - Ele sorriu e saiu, antes, apontando o queixo para um lugar específico já porta.

Virei o rosto e vi a garota mais linda do mundo.  Minha Nate estava ali. Vestia um vestido - e aquela era a primeira vez que eu a via de vestido -, preto. Tão linda.

Ela me olhou. Estava sorrindo. Aproximei bem devagar, com medo de chegar perto demais.

- Oi. - Ela disse.

****

Seguinte...

" Somos lindos juntos, você não precisa pensar que somos assim. Somos invencíveis. "

N/A: vim mostrar para vocês o amor de Deus. Ele existe sim, é o dono do universo.
Você pode estar passando por uma situação difícil, mas apenas creia! Fale com Ele, e Ele te ouvirá.
Você é especial aos olhos dEle, é incrível.
Não desista!

Fiquem com Deus e até o próximo...♡

A GAROTA DA JANELA Onde histórias criam vida. Descubra agora