26 - Notícia ruim.

139 19 1
                                    


   Violetta Wilmam.


Feliz. Eu me sentia a garota mais feliz da vida. Ainda não estava acreditando que eu disse para Nícolas que eu gosto dele.
Ver naquele momento que seus olhos brilharam, eu acabei confessando. Mas eu já sabia que meus sentimentos era esses, então, não foi tempo perdido!

Ele me causava sensações desconhecidas. Era como de eu também pudesse me sentir como a Lanny; como se eu também pudesse ter o meu felizes para sempre.
E Verônica era um problema pra mim. Ela sempre demonstrou não gostar nenhum pouco da minha presença e claro que ficou óbvio que ela quer ter algo com o Nícolas.

Agora que eu o tinha, eu não poderia deixar que outra garota o roubasse de mim.
Então, com toda aquela felicidade no peito e um amor maior de todos, eu subi para o meu quarto e fui para o banho.
Eu estava completamente molhada, suja e grudenta. No banho, eu lavei os meus cabelos ruivos com o shampoo de morango.

Quando terminei, vesti um blusão daqueles grandes azul. O mesmo batia até mas minhas coxas e as mangas iam até os meus pulsos. Também, como ainda chovia e fazia um frio, eu vesti umas meias quentinhas nos meus pés.
Eu já estava bem aquecida daquele frio, só faltava Nícolas pra gente assistir o filme.

Caminhei até a cozinha, com um sorriso bobo no rosto. Me lembrei de Nícolas falando que estava apaixonado por mim. Lembrei de cada sorriso e brincadeira que fizemos na estrada.

Quando percebi que eu estava igual uma boba parada na cozinha, um sorriso bobo no rosto, cuidei de espantar aqueles pensamentos e fui preparar a comida para gente comer.

Fiz um brigadeiro e coloquei no congelador, enquanto Nícolas não chegava. Fiz também pipoca e vi que tinha um sorvete de baunilha na geladeira.
Não era uma ideia muito boa tomar sorvete num frio desse, mas, quem sabe, né.

Terminei tudo e fui para frente da TV, querendo achar algum filme bom pra gente assistir. Enquanto ia passando os canais, vi que estava passando A cinco passos de você na tela quente na Globo.

Nícolas chegou um tempo depois e não era aquela alegria de antes. Ele estava triste e fungando o nariz, parecia está chorando.
Meu peito se apertou, e minhas mãos soaram por vê-lo assim.
Antes Nícolas estava tão feliz, compartilhava comigo o mesmo sentimento, dissera que me amava, será que já teria mudado de ideia? Será que ele viu que eu tinha um passado horrível e seria difícil contar para ele, por que nem eu mesma tinha aprendido a superá-lo?

E ele só chorava eu só não sabia do por quê.
Nunca tinha visto Nícolas Grent dessa forma, chorando.

- Nícolas? - Chamei ele baixinho, percebendo que ele fungava. - O que aconteceu? - Me aproximei com cuidado, o abraçando bem devagar, para acalmá-lo.

Antes de responder, Nícolas ainda continuou me abraçando, como se a vida dele dependesse daquilo.

- Minha mãe, Violetta - Ele disse, sem muitos detalhes. - Ela tá doente, e eu não posso perdê-la, não de novo.

Pelo que Nícolas me falou, a mãe verdadeira dele havia morrido á alguns anos e que ele sofreu bastante.
Depois, ele ganhou uma madrasta, a qual ele odiava, mas agora ele já aprendeu a amá-la. Sei até como dói, poder se apegar com uma pessoa e poder vê-la sofrendo.
Já passei por isso, quando pequena. É uma dor grande demais. Perder a pessoa que você ama e depois aprender a viver sem aquela pessoa.

- O que ela tem? - Perguntei, ainda não entendendo. - Eita diacho! É uma coisa fatal, Nícolas? - Eu perguntava mais ele não me respondia. - Responde Nícolas!

Sacudi os ombros dele, tentando compreender direito o assunto, enquanto ele não conseguia controlar as lágrimas.
Nunca que eu já havia visto Nícolas daquele jeito. Ele parecia tão frágil, triste e solitário. Senti uma dor no peito, por vê-lo daquele jeito.

- É ruim, Violetta. Eu vou ter que viajar para vê-la. - Quase cai pra trás. - É um pedido do meu pai e eu tenho que ir. - Ficar dias sem Nícolas, eu não conseguia.

Soltei a sua mão, dando uns passos para trás. Ficar dias sem ele, é um tormento. Agora que a gente estava junto, não podíamos nos separar.
Agora que eu confessei meus sentimentos, eu pensei que ele fosse continuar aqui, comigo.

- Olha para mim. - Ele pediu, tocando a minha bochecha. Nosso plano era assistir o filme e ficarmos juntos, mas já não era aquilo. - Eu não quero ficar longe de você, mas eu preciso ir.

Olhei pra ele, tentando não ficar com raiva por ele ter que ir, ou mandá-lo ir ver a mãe dele.
Sua mãe era mais importante do que, porque Eu ainda não era nada dele, nada mesmo.
Não sabia o que seria daqui para frente e não sabia se ele queria me namorar.

- Eu sei que vai ser difícil para nós dois, mas vamos conseguir, Nícolas. - Toquei sua bochecha. - Você tem que ir para ver a sua mãe e eu vou ficar aqui, morrendo de saudades. Mas sua mãe é mais importante do que eu. Você precisa ir. Quando você chegar, a gente se comunica direito. - Tentei sorrir, mas deixei um sorriso triste.

- Não. Eu não vou sem você, Violetta. - Nícolas disse, me olhando nos olhos.

- Oi? - Perguntei, como se não tivesse acreditando. - Eu vou chegar lá sem conhecer ninguém. Vai que eles não gostam de mim.

Nícolas sorriu, aproximando seu rosto do meu. Ele me beijou suavemente. Um beijo doce e com várias misturas de sentimentos pairando entre o nosso beijo.

- Você vem comigo para São Paulo e nem adianta tentar dizer que não vai. - Beijou minha testa com carinho. - Você disse que o seu sonho é ir para São Paulo, então, eu posso te ajudar a realizá-lo. Você poderia ir comigo, né? Seria muito legal e agora que eu estou apaixonado por você, te manter por perto será o meu plano diário.

Sorri, querendo esconder as minhas bochechas coradas.
Senti a quentura bem daqui, e tive vontade de deixar colocar as mãos sob elas.

É meu sonho ir em São Paulo. Eu nunca fui lá e lembrar que eu vou realizar o meu sonho e ao lado do garoto que eu gosto, faz aquele momento ser mais especial ainda.

Nós dois deitamos no sofá, e ainda conseguimos assistir o final do filme, que foi bem triste. Óbvio que eu chorei horrores.
Bem tarde, eu já tava com sono e pedi Nícolas pra dormir comigo. Ele também não disse que não.

Eu deitei em seu peito meio boba ainda, por ficar assim tão próximo. Eu já observei ele dormindo. Depois, ele começou a fazer carinho na minha cabeça e eu fechei meus olhos.

- Eu vou cuidar de você, meu amor. - Ele disse, e como eu ainda não havia dormido, acabei escutando.

Deixei um sorriso escapar.

***

Seguinte...

" Eu vou cuidar de te amor. Te proteger desse mundo é o que eu mais quero. Meu amor, amor, amor. Tu é meu amor, minha vida."

A GAROTA DA JANELA Onde histórias criam vida. Descubra agora