16 - Train Wreck.

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Nícolas Grent.

Cheguei em casa super cansado. Aquela diversão com Violetta tinha me deixado com as energias fracas.
Deitei no sofá, lembrando-me que quase desvendei os mistérios de Violetta.
Por um momento, quase pensei que ela era uma daquelas espiãs. Mas ela é tímida demais para aquilo.

Lembrei-me de cada sorriso que ela me deu. Cada momento que compartilhamos juntos. Lembrei-me de ver a delicadeza dela em questionar tudo que via pela frente.
Lembrei da forma como ela olhava para o horizonte, apaixonada por aquela beleza que existia no plano de fundo, os montes altos, as poucas árvores que existia ali, a altura em que estávamos.

Eu ainda ia me apaixonar por Violetta. E quando isso acontecer, não vou fazer nada, a não ser cuidar dela como se fosse a minha própria vida.
Violetta é uma garota diferente das outras. Carrega em si um passado distante, onde ela não quer ficar lembrando o tempo todo.
Dona de um sorriso lindo. Transforma momentos ruins em algo bom. Ela é capaz de mudar o humor da pessoa apenas com seu jeito próprio de animar as coisas.
Amadora de dança. Eu podia listar as qualidades de Violetta, mas jamais seria capaz de descrever o que tinha por de trás de seu passado.

Eu não sentia fome, então fixei o olhar nas paredes.
Aquele domingo tinha sido agitado, por parte dos passeios. Se tivesse outra chance, eu ia levar Violetta para algum lugar mais romântico.

Encostei a cabeça no braço do sofá, abrindo a boca de sono.

Olhei para o relógio que havia na parede e vi que eram exatamente seis horas da tarde. Sim, seis horas.

Eu e Violetta passamos muitas horas no Cristo Redentor, depois ainda fomos na cafeteria. Comemos coisas que eu seria incapaz de falar.

Sem querer, acabei dormindo.

[...]

- Umbreak the broken,
Unsay the spoken words {...}

Acordei na manhã de segunda com um baita susto. Não me lembrava de ter colocado o celular para despertar.
Train Wreck tocava no meu celular, sem parar.
Não me lembrava de ter colocado meu celular para dispertar e nem que era exatamente a música do James Arthur que tocaria. Ela era tão... deprimente.

Sem saber por onde, eu já estava no quarto. Só lembro que eu acordei no meio da madrugada, com muito sono. Praticamente, perambolei até chegar ao quarto, onde cai na cama e apaguei por completo. Sonãmbulo.

— Ai. Vou dormir mais um pouco. Prefiro faltar a primeira aula. — falei e rolei o rosto para o outro lado da cama.

Assustado, lembrei-me que eu não era mais um adolescente e sim uma pessoa que já estava trabalhando e que já estava quase atrasado para o trabalho.
Levantei da cama correndo e corri para o banho. Não demorei nem vinte minutos e saí de lá, já com minhas higienes completas.

Vesti a primeira roupa que encontrei no guarda- roupa e usei tudo o que as pessoas costumam usar para se arrumarem e corri para fora de casa.

Abri a porta e não pude acreditar, quando vi que a porta só estava encostada.
Eu era muito cara de pau. Que pessoa em sã consciência deixa uma porta aberta, sabendo que mora sozinho? E que moro em uma rua completamente lotada? Graças a Deus do céu, que moro em um condomínio. Nunca agradeci tanto.

Enquanto ia saindo, não me conformando, vi o velhinho de novo. Ele estava ao lado da garotinha ruiva, que me olhava com curiosidade.
Acenei para eles e corri para a frente do apartamento. Peguei o primeiro táxi que vi e partiu serviço.

Assim que cheguei lá, fui saudado de novo por Verônica. A mesma estava parada lá na porta com um sorriso enorme no rosto.
Me perguntei o que aquela mulher tinha, que não conseguia parar de sorrir para as outras pessoas.

— Bom dia. — disse e abaixei a cabeça, entrando com tudo.

Sinceramente, eu não estava com nem um pouco de entusiasmo para ficar conversando com mulherzinha, enquanto corro risco de perder o meu emprego.
Sem nada mais, entrei no corredor que dava para a minha sala, acenando para algumas pessoas que acenavam para mim.

Abri a porta da minha sala e entrei, pegando o computador e pesquisando a pasta em que estava as minhas atividades diárias.
Eu teria que ir na primeira pintura, que era para fazer a réplica de uma das pinturas.

{...

— Como é bom chegar em casa. — afirmei, jogando minha mochila em qualquer canto da minha casa.

Sem muita opção, acabei subindo as escadas, para tomar um banho preciso.

Eu realmente esperava que o clima no Rio de Janeiro melhorasse, caso contrário, as pessoas iam morrer daqui pra frente.
Desde os dias que cheguei aqui, nunca sequer vi um pingo de chuva.

O dia hoje tinha sido tão cansativo, que eu nem sei exatamente o que farei para jantar, já que hoje Nathalie não veio. Ainda não sei, mas tentarei ligar para ela, para saber o que aconteceu.
Minha vontade era deitar e dormir, se não sentisse fome.

Suspirando, coloquei a mesma música do James Arthur e fui para o banho, tentar acabar com o estresse.

***

Seguinte...

" Suspirando, percebi que minha vida não é nada sem você, life."

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